Atividade dos compostos fenólicos antioxidantes da romã (Púnica granatum, L.) -- avaliação in vivo e em culturas de células

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jardini, Fernanda Archilla
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-31052010-150831/
Resumo: Os radicais livres são formados constantemente em nosso organismo, e em quantidades controladas desempenham alguns papéis fisiológicos. Entretanto, sua presença em quantidades acima daquelas aceitáveis passa a ser um fator de risco para funcionamento adequado do organismo. Muitas doenças crônicas degenerativas têm sua origem no desequilíbrio do estado redox. Apesar de possuir um sistema de proteção antioxidante endógeno, o organismo pode ser beneficiado pela presença de compostos antioxidantes exógenos, como os compostos fenólicos encontrados em alguns alimentos. A romã (Punica granatum, L) é uma fruta que apresenta elevados conteúdos destes compostos. Foram obtidos os extratos e as frações de ácidos fenólicos da polpa e das sementes da fruta, e avaliou-se a capacidade antioxidante através de três métodos in vitro: o de co-oxidação de substratos (β- caroteno e ácido linoléico), o do radical DPPH• e o ORAC. Em todos os testes foram obtidos resultados que indicaram uma elevada atividade antioxidante, principalmente para a fração de ácidos fenólicos livres (AFL) da polpa. Frente a estes dados, a fração foi submetida a um ensaio de transporte celular, o qual foi possível verificar que os diferentes ácidos fenólicos ali encontrados foram capazes de atravessar a membrana celular. A fração AFL da polpa propiciou uma redução na produção de espécies reativas intracelulares e efeitos sobre a proliferação e a viabilidade em células das linhagens Caco-2, HeLa e MDCK. Por fim, o ensaio in vivo avaliou, sob condições fisiológicas normais, o efeito do extrato aquoso e da fração AFL sobre a oxidação lipídica e na atividade do sistema enzimático de defesa antioxidante. O tecido cerebral apresentou uma redução significativa nos níveis de lipoperoxidação. A atividade das enzimas superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase apresentou resultados bastante díspares e sugerem que as respostas não seguem um padrão único e podem variar de acordo com o órgão analisado, respondendo com o aumento ou a diminuição da atividade enzimática de acordo com suas funções fisiológicas.
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A romã (Punica granatum, L) é uma fruta que apresenta elevados conteúdos destes compostos. Foram obtidos os extratos e as frações de ácidos fenólicos da polpa e das sementes da fruta, e avaliou-se a capacidade antioxidante através de três métodos in vitro: o de co-oxidação de substratos (β- caroteno e ácido linoléico), o do radical DPPH• e o ORAC. Em todos os testes foram obtidos resultados que indicaram uma elevada atividade antioxidante, principalmente para a fração de ácidos fenólicos livres (AFL) da polpa. Frente a estes dados, a fração foi submetida a um ensaio de transporte celular, o qual foi possível verificar que os diferentes ácidos fenólicos ali encontrados foram capazes de atravessar a membrana celular. A fração AFL da polpa propiciou uma redução na produção de espécies reativas intracelulares e efeitos sobre a proliferação e a viabilidade em células das linhagens Caco-2, HeLa e MDCK. Por fim, o ensaio in vivo avaliou, sob condições fisiológicas normais, o efeito do extrato aquoso e da fração AFL sobre a oxidação lipídica e na atividade do sistema enzimático de defesa antioxidante. O tecido cerebral apresentou uma redução significativa nos níveis de lipoperoxidação. A atividade das enzimas superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase apresentou resultados bastante díspares e sugerem que as respostas não seguem um padrão único e podem variar de acordo com o órgão analisado, respondendo com o aumento ou a diminuição da atividade enzimática de acordo com suas funções fisiológicas.Free radicals are continuosly formed in our organism, and under suitable amounts they play physiological roles. However, when there´s a higher presence in their levels than the acceptable ones, they turn into a risk factor to the adequate work of the organism. Most of the degenerative illness are originated from the redox state desequilibrium. Although the organism has an endogenous antioxidant defence system, it may be beneficiated by the presence of antioxidant compounds of exogenous origen, as the phenolic compounds that are found in some kinds of food. The pomegranate (Punica grantum, L.) is a high phenolic compound fruit. The extracts and phenolic fractions both from the pulp and seeds of the fruit were obtained and their antioxidant activity was obtained using three in vitro methods: the co-oxidation of substrates (β-carotene and linoleic acid), the DPPH• radical and the ORAC. For all of them the results have showed a great antioxidant activity, higher than those of the free phenolics acids´fraction (FPA) of the pulp. Face to these data, the fraction was taken to a cellular transport assay, which was possible to verify that the different phenolic acids present at FPA were able to cross the cellular membrane. The FPA pulp´s fraction provocated a down in production of the the intracelular reactive species and had effects into the cellular proliferation and viability of the Caco-2, HeLa and MDCK cells. Finally, the in vivo tryout was made using rats submitted to normal physiologic conditions and the effects of the aquous extract and FPA fraction over the lipidic oxidation and the activity of the enzymatic system of antioxidant defence were avaliated. The brain tissue showed a significant reduction about the lipoperoxidation levels. The results about the activity of the enzymes superoxide dismutase, catalase and glutathione peroxidase were so different between themselves, which suggests that the enzymes don´t follow an only standard of response, and the reply can vary in accordance with the analyzed organ. The increase or the reduction of the enzymatic activity can occur by the physiologic conditions that the organ is able to do.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMancini Filho, JorgeJardini, Fernanda Archilla2010-05-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-31052010-150831/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:07Zoai:teses.usp.br:tde-31052010-150831Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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