Formação de georrelevos antrópicos na Amazônia: estudo de caso na rodovia Belém-Brasília (BR-010), Estado do Pará

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa, Estevão José da Silva
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-23032016-132316/
Resumo: O trabalho analisou as formas do georrelevo antrópico na Amazônia brasileira, tendo como área de estudo parte do Corredor Norte da rodovia Belém-Brasília (BR-010), Estado do Pará. O tema tem sido menos enfatizado quando se fala de impactos ambientais na região. Alinhase com os pressupostos da Antropogeomorfologia, a exemplo de Fels (1955), Goudie (1993, 2004) e Rodrigues (2004, 2005); e à noção de espaço-paisagem, conforme Giblin (1978) e Santos ([1971] 2008). As formas do georrelevo antrópico foram entendidas como um fator da paisagem, integrado aos demais, de acordo com Kugler (1976) e Abreu (1985). A área de estudo faz parte da velha fronteira de recursos da Amazônia oriental, definida por Veríssimo et al. (1992). Por isso, nesta área a natureza encontra-se fortemente impactada por atividades humanas, sobretudo a pecuária, indústria madeireira, mineração e agronegócio. A formação do georrelevo antrópico foi entendida a partir de três fases: pré-perturbação, perturbação ativa e pós-perturbação sobre os sistemas morfogenéticos. A fase de perturbação ativa está relacionada com o desflorestamento, obras rodoviárias, e as demais atividades ao longo da rodovia. As morfologias de alteração do relevo incluem cortes de estrada, aterros, caixas de empréstimo, depósitos tecnogênicos, e outras formas de georrelevo antrópico ocasionadas por efeitos indiretos, a exemplo de ravinas, depósitos de tálus e bacias de aluvionamento. A litologia é um fator especial, principalmente as lateritas maturas e os horizontes caulinitizados, que condicionam fenômenos de erosão diferencial. Além das modalidades de intervenção antrópica, deve-se levar em consideração os elevados índices de pluviosidade e atividade biológica, típicas das regiões do trópico úmido, provocando um intemperismo intenso.
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