Avaliação das concentrações séricas de adiponectina e sua correlação com obesidade e endocardiose de valva mitral em cães

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Fabrício Lorenzini Aranha
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-26032013-102524/
Resumo: A obesidade é definida como acúmulo excessivo de gordura corpórea, derivada de um desequilíbrio crônico entre energia ingerida e gasta. Neste desequilíbrio estão relacionados fatores como estilo de vida (dieta e atividade física), alterações neuro-endócrinas e fatores hereditários (MARQUES-LOPES et al., 2004). A obesidade não acomete apenas seres humanos, tornando-se um elemento importante de estudos e pesquisas, inclusive em animais de companhia como cães e gatos. O diagnóstico da obesidade geralmente é feito por inspeção direta. Cães e gatos devem ter costelas facilmente palpáveis com configuração de ampulheta, quando vistos de cima. Incapacidade de palpar as costelas e presença de depósitos de gordura facilmente palpáveis na base da cauda, sobre os quadris ou na área inguinal sugerem obesidade. Condições ideais de gordura corporal giram em torno de 15% a 20% para cães (LEWIS et al., 1987). O tecido adiposo é conhecido como um local de armazenamento de energia e síntese de vários hormônios, dentre eles, destaca-se a adiponectina, proteína responsável pela correlação entre obesidade associada à ateroesclerose (ISHIOKA et al., 2006). Expressa exclusivamente em adipócitos, sua concentração plasmática diminui com o aumento da gordura corporal (ISHIOKA et al., 2006). Vários estudos têm sugerido também que a adiponectina tenha seus efeitos como uma molécula anti-aterogênica e anti-inflamatória, demonstrando ser um fator de proteção para doenças cardiovasculares (OUCHI et al., 1999; OUCHI et al., 2000), porém valores circulantes de adiponectina devem ser interpretados com cautela. Sabe-se que a obesidade em seres humanos está relacionada ao aumento da morbidade e da letalidade por doenças cardiovasculares (ATKINS, 1991; GRUNDY; ABATE, 2004; WOFFORD; HALL, 2004), portanto a mensuração deste polipeptídeo pode auxiliar a demonstrar se pacientes obesos e/ou cardiopatas estão expostos a um maior ou menor risco do desenvolvimento de eventos cardiovasculares. Assim, considerando que os diversos estudos com adiponectina em humanos obesos associado à doenças cardiovasculares são controversos, e os poucos relatos, relativos ao tema, publicados na medicina veterinária, objetivou-se avaliar a concentração sérica de adiponectina em cães: normais, obesos, com doença valvar crônica da mitral e em obesos com insuficiência valvar mitral concomitante, por meio de técnicas laboratoriais de radioimunoensaio (RIE) e enzyme linked immuno sorbent assay (ELISA), verificando se existe correlação entre níveis séricos diminuídos da adiponectina na obesidade e no paciente com insuficiência valvar crônica de mitral. Para isto, selecionaram-se 53 cães de raças, sexo e idades variadas, divididos nos quatro grupos de estudo. Realizou-se avaliação clínica e complementares, além da mensuração das concentrações séricas da adiponectina. O grupo de cães obesos associados à insuficiência valvar crônica mitral apresentou tendência a diminuição nas médias das concentrações circulantes da adiponectina pela técnica de radioimunoensaio, quando comparado aos outros grupos de estudo.
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Cães e gatos devem ter costelas facilmente palpáveis com configuração de ampulheta, quando vistos de cima. Incapacidade de palpar as costelas e presença de depósitos de gordura facilmente palpáveis na base da cauda, sobre os quadris ou na área inguinal sugerem obesidade. Condições ideais de gordura corporal giram em torno de 15% a 20% para cães (LEWIS et al., 1987). O tecido adiposo é conhecido como um local de armazenamento de energia e síntese de vários hormônios, dentre eles, destaca-se a adiponectina, proteína responsável pela correlação entre obesidade associada à ateroesclerose (ISHIOKA et al., 2006). Expressa exclusivamente em adipócitos, sua concentração plasmática diminui com o aumento da gordura corporal (ISHIOKA et al., 2006). Vários estudos têm sugerido também que a adiponectina tenha seus efeitos como uma molécula anti-aterogênica e anti-inflamatória, demonstrando ser um fator de proteção para doenças cardiovasculares (OUCHI et al., 1999; OUCHI et al., 2000), porém valores circulantes de adiponectina devem ser interpretados com cautela. Sabe-se que a obesidade em seres humanos está relacionada ao aumento da morbidade e da letalidade por doenças cardiovasculares (ATKINS, 1991; GRUNDY; ABATE, 2004; WOFFORD; HALL, 2004), portanto a mensuração deste polipeptídeo pode auxiliar a demonstrar se pacientes obesos e/ou cardiopatas estão expostos a um maior ou menor risco do desenvolvimento de eventos cardiovasculares. Assim, considerando que os diversos estudos com adiponectina em humanos obesos associado à doenças cardiovasculares são controversos, e os poucos relatos, relativos ao tema, publicados na medicina veterinária, objetivou-se avaliar a concentração sérica de adiponectina em cães: normais, obesos, com doença valvar crônica da mitral e em obesos com insuficiência valvar mitral concomitante, por meio de técnicas laboratoriais de radioimunoensaio (RIE) e enzyme linked immuno sorbent assay (ELISA), verificando se existe correlação entre níveis séricos diminuídos da adiponectina na obesidade e no paciente com insuficiência valvar crônica de mitral. Para isto, selecionaram-se 53 cães de raças, sexo e idades variadas, divididos nos quatro grupos de estudo. Realizou-se avaliação clínica e complementares, além da mensuração das concentrações séricas da adiponectina. O grupo de cães obesos associados à insuficiência valvar crônica mitral apresentou tendência a diminuição nas médias das concentrações circulantes da adiponectina pela técnica de radioimunoensaio, quando comparado aos outros grupos de estudo.Obesity is defined as excessive accumulation of body fat, derived from a chronic imbalance between food intake and energy expended. This imbalance is related factors such as lifestyle (diet and physical activity), neuroendocrine disorders, and hereditary factors (MARQUES-LOPES et al., 2004). Obesity is not only affecting humans, making it an important element of studies and research, including pets such as dogs and cats. The obesity is usually done by direct inspection. Dogs and cats must be easily palpable ribs with hourglass configuration when viewed from above. Inability to palpate the ribs and the presence of fat deposits easily palpable at the base of the tail, on the hips or in the inguinal area suggest obesity. Ideally body fat are around 15% to 20% clothing (LEWIS et al., 1987). Adipose tissue is known as a local energy storage and synthesis of several hormones, among them, there is adiponectin, a protein responsible for the correlation between obesity associated with atherosclerosis (ISHIOKA et al., 2006). Exclusively expressed in adipocytes, its plasmatic concentration decreased with increase in body fat (ISHIOKA et al., 2006). Several studies have also suggested that adiponectin has its effect as a molecule anti-atherogenic and anti-inflammatory, proving to be a protective factor for cardiovascular disease (OUCHI et al., 1999, OUCHI et al., 2000), although values of circulating adiponectin should be interpreted with caution. It is known that obesity in humans is associated with increased morbidity and mortality from cardiovascular disease (ATKINS, 1991; GRUNDY, SLAUGHTER, 2004; WOFFORD; HALL, 2004), so measurement of the polypeptide can help show whether patients obese and / or heart are exposed to a greater or lesser risk of developing cardiovascular events. Thus, considering that several studies of adiponectin in obese humans associated with cardiovascular disease are controversial, and few published reports in veterinary medicine, aimed to evaluate the serum adiponectin in dogs: normal, overweight, with chronic mitral valve disease and In obese patients with concomitant mitral valve insufficiency using laboratory techniques for radioimmunoassay (RIA) and enzyme linked immuno sorbent assay (ELISA), checking whether a correlation exists between low serum adiponectin in obesity and in patients with chronic mitral valve insufficiency. For this, we selected 53 breeds, sex and ages were divided into four study groups. We carried out clinical evaluation and complementary addition to the measurement of serum adiponectin. The group of obese dogs associated with chronic mitral valve regurgitation tended to decrease in mean circulating concentrations of adiponectin by radioimmunoassay, when compared to other study groups.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLarsson, Maria Helena Matiko AkaoMachado, Fabrício Lorenzini Aranha2012-08-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-26032013-102524/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:35Zoai:teses.usp.br:tde-26032013-102524Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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