Ação preventiva de fármacos antiácidos e potenciais biomarcadores para úlcera abomasal decorrente do uso de fenilbutazona em ovinos adultos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morgado, Aline Alberti
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-18062018-162112/
Resumo: Úlceras abomasais acarretam diminuição do bem-estar e da produção de leite e carne, porém informações quanto a sua etiopatogenia, diagnóstico, prevenção e tratamento ainda são insuficientes, em especial quando acometem ruminantes adultos. Os protocolos utilizados para prevenção e tratamento desta enfermidade são extrapolados dos determinados para a lesão estomacal em monogástricos, havendo ainda incertezas sobre o efeito dos princípios ativos, doses e vias de administração mais adequados para ruminantes. Com o intuito de testar a capacidade da ranitidina e do omeprazol prevenirem o aparecimento de úlcera abomasal realizou-se administração dos antiácidos concomitantemente ao uso de fenilbutazona por sete dias (4,4 mg/kg, duas vezes ao dia, pela via intravenosa). Oito ovinos hígidos e canulados em abomaso foram distribuídos em dois quadrados latinos 4x4 e tratados com 2 mg de ranitidina/kg de peso vivo, pela via intravenosa, a cada doze horas; 0,4 mg/kg de omeprazol, pela via intravenosa, uma vez ao dia; 4 mg/kg de omeprazol em pasta, via oral, uma vez ao dia; ou nenhum medicamento antiácido (controle). Omeprazol administrado pela via intravenosa desencadeou flebite e maior número de animais apresentou lesões na mucosa abomasal. Omeprazol em pasta não foi eficaz na prevenção de úlcera do tipo 1a. Embora sem diferença entre os grupos, a ranitidina revelou o menor número de animais com lesões confirmadas pelo exame histológico; no entanto, este antagonista H2 ocasionou aumento da frequência cardíaca. O pH e a acidez do conteúdo abomasal, as concentrações séricas do pepsinogênio e da lisozima, bem como a pesquisa de sangue oculto fecal não se mostraram válidos para o diagnóstico da úlcera de abomaso do tipo 1a em ovinos adultos.
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