Efeitos do altrenogest sobre o ambiente uterino e desenvolvimento embrionário na fase inicial da gestação de fêmeas suínas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-11062019-150507/ |
Resumo: | A progesterona desempenha uma função de extrema importância para o desenvolvimento embrionário inicial, por meio da regulação do ambiente uterino no período prévio à adesão dos embriões ao endométrio. Nesse contexto o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da suplementação com progesterona ou progestágeno durante a fase inicial da gestação sobre o ambiente uterino e desenvolvimento embrionário de suínos, bem como seus efeitos no desempenho da leitegada nascida. Foram realizados dois experimentos. No experimento 1 utilizou-se 40 porcas e 28 marrãs que no 6º dia de gestação foram distribuídas em um dos três grupos experimentais: fêmeas suplementadas com 20 mg de altrenogest (Regumate®) do 6º ao 12º dia de gestação (RU; n = 23); fêmeas suplementadas com 2,15 mg/kg de progesterona de longa ação (Sincrogest®), injeção única no 6º dia de gestação (PG; n = 24); fêmeas não suplementadas (CON; n = 21). Esse experimento foi delineado de maneira inteiramente casualizada em um arranjo fatorial, sendo que a categoria (marrã ou porca) foi considerada fator 1 e os grupos (CON, RU e PG) fator 2. 18 fêmeas foram eutanasiadas no 13º dia de gestação, e 50 fêmeas no 28º dia de gestação. Foram analisados: taxa de prenhez, taxa de ovulação, sobrevivência embrionária, tamanho e peso de embriões e útero, volume e peso de corpos lúteos, volume das vesículas embrionárias, dosagem sérica de progesterona e 17β- estradiol, morfometrias glandular e de epitélio luminal do uterino. No experimento 2 foram utilizadas 75 matrizes, que no 6º dia de gestação foram alocadas de maneira interiramente casualisada em um dois grupos: fêmeas suplementadas com 20 mg de altrenogest (Matrix®) do 6º ao 12º dia de gestação (ALT; n = 36); fêmeas não suplementadas (CTR; n = 36). Analisadas: taxa de prenhez, período gestacional, peso médio e homogeneidade da leitegada, número de leitões mumificados, natimortos e nascidos vivos, quantidade de leitões nascidos com menos de 800 gramas. Não houve influência dos tratamentos sobre a taxa de prenhez e a sobrevivência embrionária foi prejudicada apenas para marrãs do grupo RU. Para o desenvolvimento embrionário os resultados divergiram entre as categorias, as marrãs do grupo CON apresentaram embriões maiores e mais pesados quando comparados aos grupos suplementados, bem como vesículas embrionárias maiores. Para as porcas o grupo RU apresentou embriões maiores e mais pesados. De maneira geral as suplementações com progesterona ou progestágeno estimularam o crescimento do epitélio glandular aos 13 dias de gestação, mas não tiveram efeito sobre epitélio luminal. Já aos 28 dias de gestação o efeito da estimulação foi apenas observado para marrãs do grupo PG. Os tratamentos estimularam também o crescimento dos corpos lúteos que foram maiores e mais pesados para os grupos suplementados. Em relação ao desempenho da leitegada, analisado no experimento 2, não houve efeito de tratamento para nenhuma das variáveis analisadas. A suplementação de progesterona/progestágeno a partir do 6º dia de gestação estimulou o crescimento do epitélio glandular uterino e afetou o desenvolvimento embrionário inicial, mas não exerceu efeito significativo sobre o desempenho da leitegada. |
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Efeitos do altrenogest sobre o ambiente uterino e desenvolvimento embrionário na fase inicial da gestação de fêmeas suínasEffects of altrenogest on uterine environment and embryo development during early gestation of pigsAltrenogestAltrenogestEmbriõesEmbryosPigsProgesteronaProgesteroneSuínosÚteroUterusA progesterona desempenha uma função de extrema importância para o desenvolvimento embrionário inicial, por meio da regulação do ambiente uterino no período prévio à adesão dos embriões ao endométrio. Nesse contexto o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da suplementação com progesterona ou progestágeno durante a fase inicial da gestação sobre o ambiente uterino e desenvolvimento embrionário de suínos, bem como seus efeitos no desempenho da leitegada nascida. Foram realizados dois experimentos. No experimento 1 utilizou-se 40 porcas e 28 marrãs que no 6º dia de gestação foram distribuídas em um dos três grupos experimentais: fêmeas suplementadas com 20 mg de altrenogest (Regumate®) do 6º ao 12º dia de gestação (RU; n = 23); fêmeas suplementadas com 2,15 mg/kg de progesterona de longa ação (Sincrogest®), injeção única no 6º dia de gestação (PG; n = 24); fêmeas não suplementadas (CON; n = 21). Esse experimento foi delineado de maneira inteiramente casualizada em um arranjo fatorial, sendo que a categoria (marrã ou porca) foi considerada fator 1 e os grupos (CON, RU e PG) fator 2. 18 fêmeas foram eutanasiadas no 13º dia de gestação, e 50 fêmeas no 28º dia de gestação. Foram analisados: taxa de prenhez, taxa de ovulação, sobrevivência embrionária, tamanho e peso de embriões e útero, volume e peso de corpos lúteos, volume das vesículas embrionárias, dosagem sérica de progesterona e 17β- estradiol, morfometrias glandular e de epitélio luminal do uterino. No experimento 2 foram utilizadas 75 matrizes, que no 6º dia de gestação foram alocadas de maneira interiramente casualisada em um dois grupos: fêmeas suplementadas com 20 mg de altrenogest (Matrix®) do 6º ao 12º dia de gestação (ALT; n = 36); fêmeas não suplementadas (CTR; n = 36). Analisadas: taxa de prenhez, período gestacional, peso médio e homogeneidade da leitegada, número de leitões mumificados, natimortos e nascidos vivos, quantidade de leitões nascidos com menos de 800 gramas. Não houve influência dos tratamentos sobre a taxa de prenhez e a sobrevivência embrionária foi prejudicada apenas para marrãs do grupo RU. Para o desenvolvimento embrionário os resultados divergiram entre as categorias, as marrãs do grupo CON apresentaram embriões maiores e mais pesados quando comparados aos grupos suplementados, bem como vesículas embrionárias maiores. Para as porcas o grupo RU apresentou embriões maiores e mais pesados. De maneira geral as suplementações com progesterona ou progestágeno estimularam o crescimento do epitélio glandular aos 13 dias de gestação, mas não tiveram efeito sobre epitélio luminal. Já aos 28 dias de gestação o efeito da estimulação foi apenas observado para marrãs do grupo PG. Os tratamentos estimularam também o crescimento dos corpos lúteos que foram maiores e mais pesados para os grupos suplementados. Em relação ao desempenho da leitegada, analisado no experimento 2, não houve efeito de tratamento para nenhuma das variáveis analisadas. A suplementação de progesterona/progestágeno a partir do 6º dia de gestação estimulou o crescimento do epitélio glandular uterino e afetou o desenvolvimento embrionário inicial, mas não exerceu efeito significativo sobre o desempenho da leitegada.Progesterone plays a role of extreme importance for early embryonic development by regulating the uterine environment in the period prior to the adhesion of the embryos to the endometrium. In this context, the objective of the present study was to evaluate the effects of progesterone or progestogen supplementation during early gestation on the uterine environment and embryo development of pigs, as well as their effects on litter performance. Two experiments were carried out. In the experiment 1, 40 sows and 28 gilts were used, which were distributed in one of the three experimental groups: females supplemented with 20 mg altrenogest (Regumate®) from the 6th to the 12thh day of gestation (RU; n = 23); females supplemented with 2.15 mg / kg long acting progesterone (Sincrogest®), single injection at 6th day of gestation (PG; n = 24); females not supplemented (CON; n = 21). This experiment was completely randomized in a factorial arrangement, with the category (gilt or sow) being considered as factor 1 and the groups (CON, RU and PG) factor 2. 18 females were euthanized on the 13th day of gestation, and 50 females on the 28th day of gestation. Pregnancy rate, ovulation rate, embryo survival, embryo and uterus size and weight, volume and weight of corpora lutea, volume of embryonic vesicles, serum progesterone and 17β-estradiol concentrations, morphometric of uterine glandular epithelium and uterine luminal epithelium. In the experiment 2, 75 sows were used, which at the 6th day of gestation were allocated in a randomized manner in one of two groups: females supplemented with 20 mg of altrenogest (Matrix®) from 6 to 12 days of gestation (ALT; = 36); females not supplemented (CTR; n = 36). The variables analyzed were: pregnancy rate, gestation length, average of litter weight, within-litter variation, number of mummified, stillborn and live born piglets, number of piglets born with less than 800 grams. There was no influence of treatments on the pregnancy rate and embryo survival was impaired only for gilts in the RU group. For embryonic development the results differed among the categories, the gilts of the CON group had larger and heavier embryos when compared to the supplemented groups, as well as larger embryonic vesicles. For the sows the RU group presented larger and heavier embryos. In general, progesterone or progestogen supplementation stimulated the growth of the glandular epithelium at 13 days of gestation, but had no effect on luminal epithelium. However, on day 28 of gestation the stimulatory effect was only observed for gilts of the PG group. Treatments also stimulated the growth of corpora lutea that were larger and heavier for the supplemented groups (RU and PG). Regarding the performance of the litter, analyzed in experiment 2, there was no treatment effect for any of the variables analyzed. In conclusion, Progesterone / progestogen supplementation from day 6 of gestation affected the uterine glandular epithelium area, and early embryonic development, but did not have a significant effect on the litter performance.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAndrade, André Furugen Cesar deMuro, Bruno Bracco Donatelli2018-12-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-11062019-150507/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-08-20T23:16:35Zoai:teses.usp.br:tde-11062019-150507Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-08-20T23:16:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A progesterona desempenha uma função de extrema importância para o desenvolvimento embrionário inicial, por meio da regulação do ambiente uterino no período prévio à adesão dos embriões ao endométrio. Nesse contexto o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da suplementação com progesterona ou progestágeno durante a fase inicial da gestação sobre o ambiente uterino e desenvolvimento embrionário de suínos, bem como seus efeitos no desempenho da leitegada nascida. Foram realizados dois experimentos. No experimento 1 utilizou-se 40 porcas e 28 marrãs que no 6º dia de gestação foram distribuídas em um dos três grupos experimentais: fêmeas suplementadas com 20 mg de altrenogest (Regumate®) do 6º ao 12º dia de gestação (RU; n = 23); fêmeas suplementadas com 2,15 mg/kg de progesterona de longa ação (Sincrogest®), injeção única no 6º dia de gestação (PG; n = 24); fêmeas não suplementadas (CON; n = 21). Esse experimento foi delineado de maneira inteiramente casualizada em um arranjo fatorial, sendo que a categoria (marrã ou porca) foi considerada fator 1 e os grupos (CON, RU e PG) fator 2. 18 fêmeas foram eutanasiadas no 13º dia de gestação, e 50 fêmeas no 28º dia de gestação. Foram analisados: taxa de prenhez, taxa de ovulação, sobrevivência embrionária, tamanho e peso de embriões e útero, volume e peso de corpos lúteos, volume das vesículas embrionárias, dosagem sérica de progesterona e 17β- estradiol, morfometrias glandular e de epitélio luminal do uterino. No experimento 2 foram utilizadas 75 matrizes, que no 6º dia de gestação foram alocadas de maneira interiramente casualisada em um dois grupos: fêmeas suplementadas com 20 mg de altrenogest (Matrix®) do 6º ao 12º dia de gestação (ALT; n = 36); fêmeas não suplementadas (CTR; n = 36). Analisadas: taxa de prenhez, período gestacional, peso médio e homogeneidade da leitegada, número de leitões mumificados, natimortos e nascidos vivos, quantidade de leitões nascidos com menos de 800 gramas. Não houve influência dos tratamentos sobre a taxa de prenhez e a sobrevivência embrionária foi prejudicada apenas para marrãs do grupo RU. Para o desenvolvimento embrionário os resultados divergiram entre as categorias, as marrãs do grupo CON apresentaram embriões maiores e mais pesados quando comparados aos grupos suplementados, bem como vesículas embrionárias maiores. Para as porcas o grupo RU apresentou embriões maiores e mais pesados. De maneira geral as suplementações com progesterona ou progestágeno estimularam o crescimento do epitélio glandular aos 13 dias de gestação, mas não tiveram efeito sobre epitélio luminal. Já aos 28 dias de gestação o efeito da estimulação foi apenas observado para marrãs do grupo PG. Os tratamentos estimularam também o crescimento dos corpos lúteos que foram maiores e mais pesados para os grupos suplementados. Em relação ao desempenho da leitegada, analisado no experimento 2, não houve efeito de tratamento para nenhuma das variáveis analisadas. A suplementação de progesterona/progestágeno a partir do 6º dia de gestação estimulou o crescimento do epitélio glandular uterino e afetou o desenvolvimento embrionário inicial, mas não exerceu efeito significativo sobre o desempenho da leitegada. |
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