O uso do suporte telefônico como estratégia para incremento do nível de atividade física de pacientes com diabetes mellitus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zanetti, Gabriel Guidorizzi
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-26092013-195816/
Resumo: Trata-se de um estudo de intervenção, com o objetivo de verificar os efeitos do uso do suporte telefônico como estratégia para incrementar a prática de atividade física de pessoas com diabetes mellitus. O estudo foi realizado em um Núcleo de Saúde da Família, de uma cidade do interior do estado de São Paulo, em 2012. A amostra foi constituída por 26 pacientes que foram alocados em dois grupos, G1 e G2. O G1 participou de um grupo de educação em diabetes com encontros semanais, durante dois meses, e recebeu acompanhamento por suporte telefônico por quatro meses. O G2 participou apenas do acompanhamento por suporte telefônico. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário contendo variáveis sociodemográficas e clínicas, um formulário para o registro do controle metabólico e o Questionário Internacional de Atividade Física - IPAQ. Os dados foram coletados no início e no final da intervenção. Para análise, utilizou-se estatística descritiva, teste t-Student, o modelo de efeitos mistos e o teste de McNemar. Os resultados mostraram que os pacientes tinham idade entre 45 e 92 anos, 77,0% eram mulheres, 42,0% viúvo, 46,0% aposentado, 4,34 anos de estudo e renda familiar mensal de R$ 2188,91. A média do tempo de diagnóstico e tratamento do diabetes foi igual para ambos os grupos sendo de 11,62 anos para o G1 e 7,19 anos para o G2. Quanto ao nível de atividade física, verificou-se que após a intervenção nenhum paciente foi classificado como sedentário, sendo que no início 11,5% estavam nesse nível. Para o G1, 61,5% dos pacientes foram classificados como ativos após a intervenção, superando em 15,0% os resultados antes da intervenção. Para o G2, observou-se que 84,6% dos pacientes foram classificados como ativos após a intervenção, sobrepondo em 31,0% os resultados antes da intervenção. Em relação à frequência e o tempo de atividade física, os pacientes do G1 adotaram um dia a mais de caminhada na semana após a intervenção totalizando quatro dias. Houve aumento na duração da atividade física moderada durante a semana, apresentando incremento de 82 minutos na comparação antes e após intervenção. Para o G2 verificou-se incremento de dois dias a mais de caminhada durante a semana, totalizando seis dias. No que se refere às variáveis clínicas relacionadas ao controle metabólico, o G1 apresentou redução dos valores de pressão arterial sistólica, glicemia de jejum, lipoproteína de baixa densidade, colesterol total e hemoglobina glicada e incremento nos valores de lipoproteína de alta densidade e índice de massa corpórea. Para as variáveis circunferência abdominal, pressão arterial diastólica e triglicerídeo, obtiveram-se reduções estatisticamente significantes (p<=0,01). No G2 observou-se redução nos valores de circunferência abdominal, pressão arterial diastólica, glicemia de jejum, lipoproteína de baixa densidade e triglicerídeos e incremento nos valores de índice de massa corpórea, pressão arterial sistólica, lipoproteína de alta densidade, colesterol total e hemoglobina glicada. O uso do suporte telefônico como estratégia de intervenção mostrou-se uma ferramenta importante para estimular o aumento do nível de atividade física de pessoas com diabetes mellitus.
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O G2 participou apenas do acompanhamento por suporte telefônico. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário contendo variáveis sociodemográficas e clínicas, um formulário para o registro do controle metabólico e o Questionário Internacional de Atividade Física - IPAQ. Os dados foram coletados no início e no final da intervenção. Para análise, utilizou-se estatística descritiva, teste t-Student, o modelo de efeitos mistos e o teste de McNemar. Os resultados mostraram que os pacientes tinham idade entre 45 e 92 anos, 77,0% eram mulheres, 42,0% viúvo, 46,0% aposentado, 4,34 anos de estudo e renda familiar mensal de R$ 2188,91. A média do tempo de diagnóstico e tratamento do diabetes foi igual para ambos os grupos sendo de 11,62 anos para o G1 e 7,19 anos para o G2. Quanto ao nível de atividade física, verificou-se que após a intervenção nenhum paciente foi classificado como sedentário, sendo que no início 11,5% estavam nesse nível. Para o G1, 61,5% dos pacientes foram classificados como ativos após a intervenção, superando em 15,0% os resultados antes da intervenção. Para o G2, observou-se que 84,6% dos pacientes foram classificados como ativos após a intervenção, sobrepondo em 31,0% os resultados antes da intervenção. Em relação à frequência e o tempo de atividade física, os pacientes do G1 adotaram um dia a mais de caminhada na semana após a intervenção totalizando quatro dias. Houve aumento na duração da atividade física moderada durante a semana, apresentando incremento de 82 minutos na comparação antes e após intervenção. Para o G2 verificou-se incremento de dois dias a mais de caminhada durante a semana, totalizando seis dias. No que se refere às variáveis clínicas relacionadas ao controle metabólico, o G1 apresentou redução dos valores de pressão arterial sistólica, glicemia de jejum, lipoproteína de baixa densidade, colesterol total e hemoglobina glicada e incremento nos valores de lipoproteína de alta densidade e índice de massa corpórea. Para as variáveis circunferência abdominal, pressão arterial diastólica e triglicerídeo, obtiveram-se reduções estatisticamente significantes (p<=0,01). No G2 observou-se redução nos valores de circunferência abdominal, pressão arterial diastólica, glicemia de jejum, lipoproteína de baixa densidade e triglicerídeos e incremento nos valores de índice de massa corpórea, pressão arterial sistólica, lipoproteína de alta densidade, colesterol total e hemoglobina glicada. O uso do suporte telefônico como estratégia de intervenção mostrou-se uma ferramenta importante para estimular o aumento do nível de atividade física de pessoas com diabetes mellitus.This intervention study aimed to verify the effects of the use of telephone support as a strategy to increase physical activity in people with diabetes mellitus. The study was conducted in a Family Health Unit of a city in the state of São Paulo, in 2012. The sample consisted of 26 patients who were divided into two groups, G1 and G2. The G1 attended a diabetes education group with weekly meetings for two months, and received follow-up telephone support for four months. The G2 only received follow-up telephone support. For data collection, a questionnaire containing sociodemographic and clinical variables, a form for the registration of metabolic control and the International Physical Activity Questionnaire - IPAQ were used. Data were collected at the beginning and end of the intervention. For analysis, descriptive statistics, t-Student test, mixed-effects model and McNemar test were used. The results showed that of the patients aged between 45 and 92 years, 77.0% were women, 42.0% widowed, 46.0% retired, with 4.34 years of study, and R$2,188.91 of monthly family income. The average for length of time between diagnosis and treatment of diabetes was similar for both groups, 11.62 years for G1 and 7.19 years for G2. Regarding the level of physical activity, it was found that no patient was classified as sedentary after the intervention, and 11.5% were sedentary in the beginning of the study. For G1, 61.5% of patients were classified as active after the intervention, exceeding in 15.0% the results before the intervention. For G2, it was observed that 84.6% of patients were classified as active after the intervention, overlapping in 31.0% the results before the intervention. Regarding the frequency and duration of physical activity, patients in G1 adopted one more day of walking in the week after the intervention, totaling four days. There was an increase in the duration of moderate physical activity during the week, showing an increase of 82 minutes as compared with before and after intervention. For G2 there was an increase of more two days of walking during the week, totaling six days. With regard to clinical variables related to metabolic control, the G1 showed lower values of systolic blood pressure, fasting glucose, low density lipoprotein, total cholesterol and glycated hemoglobin and higher values of high density lipoprotein and body mass index.For the variables waist circumference, diastolic blood pressure and triglycerides were obtained statistically significant reductions (p<=0.01). In the G2 there were lower values of waist circumference, diastolic blood pressure, fasting glucose, low-density lipoprotein and triglycerides and higher values of body mass index, systolic blood pressure, high density lipoprotein, total cholesterol and glycated hemoglobin. The use of telephone support as an intervention strategy proved to be an important tool to encourage increased levels of physical activity for people with diabetes mellitus.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTeixeira, Carla Regina de SouzaZanetti, Gabriel Guidorizzi2013-08-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-26092013-195816/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:37Zoai:teses.usp.br:tde-26092013-195816Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:37Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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