Taxonomia e filogenia de Aratinga Spix, 1824 (Aves: Psittacidae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferraroni, Anna
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-11032016-145926/
Resumo: O gênero Aratinga Spix, 1824 tradicionalmente inclui 21 espécies de periquitos neotropicais que ocorrem desde o Centro até o extremo Sul da América, caracterizados por cauda comprida, pontiaguda e plumagem predominantemente verde. Vários autores têm questionado o monofiletismo do gênero primariamente com base nos resultados de estudos moleculares. Silveira et al. (2005) e Remsen et al. (2013) foram os primeiros a sugerir uma divisão do gênero baseada na análise de plumagem. No presente estudo apresentamos pela primeira vez uma revisão taxonômica completa e uma hipótese filogenética para o gênero Aratinga sensu Peters (1937) com base em caracteres osteológicos e de plumagem. Além disso, as hipóteses filogenéticas com base na morfologia foram comparadas com os resultados dos estudos moleculares. Após a revisão taxonômica, 37 taxóns, em contraste com as 21 espécies anteriormente reconhecidas, foram considerados espécies filogenéticas sem ambiguidade e usados como táxons terminais na análise filogenética. O gênero Aratinga sensu Peters (1937), com base na morfologia, foi dividido em quatro gêneros distintos, Aratinga, Eupsittula, Thectocercus e Psittacara. A análise com base em caracteres unicamente osteológicos não conseguiu recuperar as relações entre os quatro gêneros propostos após a revisão taxonômica, enquanto a análise com caracteres de plumagem resultou em uma resolução um pouco melhor, recuperando o monofiletismo de Eupsittula. Por fim, a combinação de conjuntos de dados melhorou a resolução, recuperando o monofiletismo de Thectocercus e Eupsittula e confirmando a relação próxima de C. carolinensis com o gênero Aratinga. No geral, tal como sugerido pela revisão taxonômica e por estudos moleculares, os caracteres morfológicos não suportam o monofiletismo do gênero.
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