Desenvolvimento do placentônio em búfalos (Bubalus bubalis bubalisLinnaeus, 1758)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2000 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-06082007-092614/ |
Resumo: | A placenta de ruminantes possui uma estrutura macroscópica uniforme, baseada em áreas especializadas de aposição e proliferação das membranas materno-fetais: os placentônios. Mostrando um papel fundamental para o desenvolvimento da prenhez, estasestruturas tem sido muito estudadas em várias espécies domésticas de interesse comercial. Particularmente no búfalo, entretanto, não há dados consistentes quanto à sua capacidade funcional desta estrutura , ou até mesmo, a arquitetura dos vilosem um placentônio individual e sua troca eficaz de metabólitos que caracteriza o processo de placentação. Um estudo macroscópico prévio da placenta do búfalo (Bubalus bubalis bubalis) mostrou que o número de placentônios é de 92 aproximadamentedurante a prenhez, mas a morfologia microscópica e o desenvolvimento de tais estruturas não foram estudadas em todas as fases da prenhez. Neste trabalho, estudou-se os placentônios de búfalos prenhez nos meses 4-5, 7-8, 9-10, os quais forammorfologicamente caracterizados. Os espécimes foram seccionados e fixados por imersão em paraformoldeído à 4% ou em glutaraldeído à 2,5% em tampão fosfato tamponado 0,1M para microscopia de luz e eletrônica, respectivamente. Após 24 horas, osplacentônios foram recortados e processados para inclusão em paraplast, historesina ou em resina Spurr. As secções foram coradas por HE, Azul de Toluidina, Tricrômicos de Gomori e Mallory, Azul de Metileno com Fucsina Básica e submetidos àreação de PAS. Em todos períodos da prenhez encontrou-se placentônios de diferentes tipos e tamanhos, com uma estrutura macroscópica similar à do placentônio bovino, porém mais achatado. Aparentemente, durante o progresso da prenhez, osplacentônios mantiveram a mesma morfologia macroscópica mas com dimensões aumentadas. À microscopia de luz, a interface entre o trofoblasto e o epitélio uterino é extremamente irregular, formando uma árvore fetal vilosa que se conecta com o epitélio materno. O trofoblasto consiste em uma camada simples de células individuais onde células binucleadas estão interpostas com as células trofoblásticas. O eixo da árvore vilosa é formado fundamentalmente por tecido conjuntivofrouxo, considerando que o eixo interno das pregas epiteliais apresentam um tecido conjuntivo rico em fibras colágenas. Quando comparadas às fases precoces de prenhez, as árvores vilosas dos meses 9-10, são mais ramificadas e a aposição dainterface materno-fetal é mais próxima. Ainda, na junção materno-fetal no final da prenhez, encontrou-se regiões de hematomas e eritrofagocitose o que sugere transferência de ferro para o feto. À microscopia eletrônica de transmissão pudemosobservar uma intensa vascularização do vilo fetal, as células binucleadas apresentaram REG (retículo endoplasmático granular) e Complexo de Golgi bem desenvolvidos, indicando comprometimento com síntese protéica e vesículas eram abundantes. Ascélulas epiteliais trofoblásticas mostraram-se unidas por complexos juncionais, principalmente desmossomas, núcleos de contorno esférico e até dois nucléolos bastante evidentes. Superfícies celulares com microvilos também foram observadas. |
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Desenvolvimento do placentônio em búfalos (Bubalus bubalis bubalisLinnaeus, 1758)Development of the placenton in water buffalo (Bubalus bubalis bubalis Linnaeus, 1758)AnatomiaAnatomyBúfalosBuffaloesMicroscopiaMicroscopyPlacentaPlacentaRuminantesRuminantsA placenta de ruminantes possui uma estrutura macroscópica uniforme, baseada em áreas especializadas de aposição e proliferação das membranas materno-fetais: os placentônios. Mostrando um papel fundamental para o desenvolvimento da prenhez, estasestruturas tem sido muito estudadas em várias espécies domésticas de interesse comercial. Particularmente no búfalo, entretanto, não há dados consistentes quanto à sua capacidade funcional desta estrutura , ou até mesmo, a arquitetura dos vilosem um placentônio individual e sua troca eficaz de metabólitos que caracteriza o processo de placentação. Um estudo macroscópico prévio da placenta do búfalo (Bubalus bubalis bubalis) mostrou que o número de placentônios é de 92 aproximadamentedurante a prenhez, mas a morfologia microscópica e o desenvolvimento de tais estruturas não foram estudadas em todas as fases da prenhez. Neste trabalho, estudou-se os placentônios de búfalos prenhez nos meses 4-5, 7-8, 9-10, os quais forammorfologicamente caracterizados. Os espécimes foram seccionados e fixados por imersão em paraformoldeído à 4% ou em glutaraldeído à 2,5% em tampão fosfato tamponado 0,1M para microscopia de luz e eletrônica, respectivamente. Após 24 horas, osplacentônios foram recortados e processados para inclusão em paraplast, historesina ou em resina Spurr. As secções foram coradas por HE, Azul de Toluidina, Tricrômicos de Gomori e Mallory, Azul de Metileno com Fucsina Básica e submetidos àreação de PAS. Em todos períodos da prenhez encontrou-se placentônios de diferentes tipos e tamanhos, com uma estrutura macroscópica similar à do placentônio bovino, porém mais achatado. Aparentemente, durante o progresso da prenhez, osplacentônios mantiveram a mesma morfologia macroscópica mas com dimensões aumentadas. À microscopia de luz, a interface entre o trofoblasto e o epitélio uterino é extremamente irregular, formando uma árvore fetal vilosa que se conecta com o epitélio materno. O trofoblasto consiste em uma camada simples de células individuais onde células binucleadas estão interpostas com as células trofoblásticas. O eixo da árvore vilosa é formado fundamentalmente por tecido conjuntivofrouxo, considerando que o eixo interno das pregas epiteliais apresentam um tecido conjuntivo rico em fibras colágenas. Quando comparadas às fases precoces de prenhez, as árvores vilosas dos meses 9-10, são mais ramificadas e a aposição dainterface materno-fetal é mais próxima. Ainda, na junção materno-fetal no final da prenhez, encontrou-se regiões de hematomas e eritrofagocitose o que sugere transferência de ferro para o feto. À microscopia eletrônica de transmissão pudemosobservar uma intensa vascularização do vilo fetal, as células binucleadas apresentaram REG (retículo endoplasmático granular) e Complexo de Golgi bem desenvolvidos, indicando comprometimento com síntese protéica e vesículas eram abundantes. Ascélulas epiteliais trofoblásticas mostraram-se unidas por complexos juncionais, principalmente desmossomas, núcleos de contorno esférico e até dois nucléolos bastante evidentes. Superfícies celulares com microvilos também foram observadas.The ruminant placenta has an uniform gross structure based on specialized areas of feto-maternal membrane apposition and proliferation: the placentons. By exerting a fundamental role for the development of the pregnancy, these structures have been very well studied in several domestic species of commercial interest. Particularly in the buffalo, however, there is no consistent data with relationship the functional capabilities of this structure or even, the villus architeture in the individual placenton and their metabolic exchange efficacy that characterize the placentation process. One previous macroscopy study on the placenta of buffalo (Bubalus bubalis bubalis) has shown that the number of the placentons is 92 aproximately during pregnancy, but the fine morphology and development of such structures were not studied in all phases of pregnancy. So, in this work, the placentons of pregnant buffaloes on months 4-5, 7-8 and 9-10 were morphologically characterized. The specimens were sectioned and fixed by immersion in either a 4 % paraformaldehyde or in 2.5 % glutaraldehyde in 0.1 M phosphate buffer for light and electron microscopy, respectively. After 24 h, the placentons were cut and processed for embedding in paraplast, historesin or Spurr\'s resin. Sections were stained by HE, Toluidine Blue, Gomori\'s and Mallory\'s trichromes, Methilene Blue and Basic Fucsin and submitted to PAS reaction. In all periods of the pregnancy, we found placentons of different shapes and sizes, with a gross structure similar to the bovine placenton, but more flattened. Apparently, during the progress of the pregnancy, the placentons maintained the same gross morphology but with increased dimensions. At light microscopy, the interface between the trophoblast and the uterine epithelium is extremely irregular forming a fetal villous tree that indents the endometrium. The trophoblast consists of a simple layer of individual cells where binucleated cells are interposed into the remaining trophoblast cells. The axis of the villous tree is fundamentally formed by loose connective tissue, whereas the internal axis of the epithelial folds presented a connective tissue rich in collagen fibers. When compared to early phases of the pregnancy, the villus tree on months 9-10 is much more branched and the materno-fetal interface closely appositioned. Still, in the feto-maternal junction in late pregnancy were found regions of hematomes and erythrophagocytosis. Ultrastructurally, we also observed: the intense vascularization of the fetal villous, binucleated cells presenting a much developed GER (granular endoplasmic reticulum) and Golgi complex, indicating intense secretory activity. The trophoblastic cells showed junctions (desmossomes), euchromatic nuclei and 2 evident nucleoli. The trophoblast and the uterine epithelium were close associated by interdigitated microvilli.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMiglino, Maria AngélicaPereira, Flávia Thomaz Verechia2000-04-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-06082007-092614/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:51Zoai:teses.usp.br:tde-06082007-092614Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:51Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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