Características da fadiga de pacientes com insuficiência cardíaca
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-13062008-105232/ |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A fadiga é freqüente em pessoas com insuficiência cardíaca e limita a manutenção de um estilo de vida compatível com senso desejável de autonomia e independência. O controle das limitações funcionais é prioridade no cuidado à pessoa com insuficiência cardíaca, mas não há estudos sobre fadiga em amostras de pacientes brasileiros. OBJETIVO: Caracterizar a fadiga em pacientes com insuficiência cardíaca e comparar sua freqüência e intensidade com voluntários sem doença. MÉTODO: Estudo descritivo-exploratório, com 300 pacientes ambulatoriais. (masculino=68,3%, idade média de 54,8(±11,5) anos, escolaridade média de 6,0(±4,1) anos; Classe Funcional I= 44,7%) e 64 voluntários sem doença, acompanhantes de pacientes ambulatoriais (masculino=34,4%, idade média de 33,3(±10,7) anos, escolaridade média de 10,2(±3,2) anos). Foi aplicado instrumento com as escalas de fadiga (Dutch Fatigue Scale - DUFS) de fadiga ao esforço (Dutch Exertion Fatigue Scale - DEFS), o Inventário de Depressão de Beck (IDB), instrumento de avaliação da atividade física (International Physical Activity Questionnaire) e itens para avaliação da dispnéia, tabagismo e terapia medicamentosa. As escalas DUFS e DEFS foram adaptadas para o Brasil e mostraram propriedades psicométricas adequadas (consistência interna, pelo alfa de Cronbach, na DUFS=0,848 e na DEFS=0,922 e solução fatorial que reproduziu suas estruturas originais). O IDB mostrou consistência interna adequada (alfa de Cronbach=0,873). Testes não paramétricos foram aplicados para analisar a associação entre fadiga e fadiga ao esforço (intensidade de fadiga - escore total DUFS; intensidade de fadiga ao esforço - escore total DEFS; freqüência de fadiga substancial - DUFS >=14,5; freqüência de fadiga substancial ao esforço - DEFS>=12,5) com variáveis selecionadas. RESULTADOS: O escore total médio da DUFS nos pacientes (19,4±8,2) foi mais elevado que o dos voluntários (16,8±6,1) (p=0,042); o mesmo ocorreu com a DEFS (pacientes=19,3±3,9; voluntários=12,6±3,9) (p<0,0001). A freqüência de DUFS>=14,5 foi semelhante entre os pacientes e voluntários (p=0,225) e da DEFS>=12,5 foi mais alta entre os pacientes que nos voluntários (p<0,0001). Nos pacientes observou-se maior intensidade de fadiga nas mulheres (p=0,014); na presença de dispnéia (p=0,000); uso de digitálicos (p=0,020); classes funcionais mais elevadas (p=0,000); nos sedentários (p=0,007), entre os com escores de depressão mais elevados (p=0,000) e com distúrbios do sono (p=0,000). A fadiga ao esforço foi mais elevada nos pacientes com dispnéia (p=0,000); que usavam digitálicos (p=0,021); em classe funcional mais elevada (p=0,000); sedentários (p=0,000); com escores de depressão mais elevados (p=0,000) e com distúrbio do sono (p=0,0001). A freqüência de DUFS>=14,5 foi mais elevada naqueles com dispnéia (p<0,0001); uso de betabloqueador (p=0,032); classe funcional mais elevada (p<0,0001); escores de depressão mais elevados (p<0,0001) e naqueles com distúrbio do sono (p<0,0001). Freqüências da DEFS>=12,5 foram mais elevadas na dispnéia (p<0,0001); classe funcional mais elevada (p<0,0001); nos sedentários (p=0,007); escores mais elevados de depressão (p<0,0001) e naqueles com distúrbio do sono (p<0,0001). Não se associaram com qualquer variável de fadiga as seguintes variáveis: índice de massa corporal, uso de inibidor de enzima conversora de angiotensina, idade e tabagismo. DISCUSSÃO: Esses resultados contribuem para o conhecimento sobre sintoma relevante para qualidade de vida e para o cuidado do paciente com insuficiência cardíaca |
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Características da fadiga de pacientes com insuficiência cardíacaFatigue characteristics of heart failure patientsCardiologiaCardiologyDiagnóstico de enfermagemFadigaFatigueHeart failureInsuficiência cardíacaNursing diagnosisINTRODUÇÃO: A fadiga é freqüente em pessoas com insuficiência cardíaca e limita a manutenção de um estilo de vida compatível com senso desejável de autonomia e independência. O controle das limitações funcionais é prioridade no cuidado à pessoa com insuficiência cardíaca, mas não há estudos sobre fadiga em amostras de pacientes brasileiros. OBJETIVO: Caracterizar a fadiga em pacientes com insuficiência cardíaca e comparar sua freqüência e intensidade com voluntários sem doença. MÉTODO: Estudo descritivo-exploratório, com 300 pacientes ambulatoriais. (masculino=68,3%, idade média de 54,8(±11,5) anos, escolaridade média de 6,0(±4,1) anos; Classe Funcional I= 44,7%) e 64 voluntários sem doença, acompanhantes de pacientes ambulatoriais (masculino=34,4%, idade média de 33,3(±10,7) anos, escolaridade média de 10,2(±3,2) anos). Foi aplicado instrumento com as escalas de fadiga (Dutch Fatigue Scale - DUFS) de fadiga ao esforço (Dutch Exertion Fatigue Scale - DEFS), o Inventário de Depressão de Beck (IDB), instrumento de avaliação da atividade física (International Physical Activity Questionnaire) e itens para avaliação da dispnéia, tabagismo e terapia medicamentosa. As escalas DUFS e DEFS foram adaptadas para o Brasil e mostraram propriedades psicométricas adequadas (consistência interna, pelo alfa de Cronbach, na DUFS=0,848 e na DEFS=0,922 e solução fatorial que reproduziu suas estruturas originais). O IDB mostrou consistência interna adequada (alfa de Cronbach=0,873). Testes não paramétricos foram aplicados para analisar a associação entre fadiga e fadiga ao esforço (intensidade de fadiga - escore total DUFS; intensidade de fadiga ao esforço - escore total DEFS; freqüência de fadiga substancial - DUFS >=14,5; freqüência de fadiga substancial ao esforço - DEFS>=12,5) com variáveis selecionadas. RESULTADOS: O escore total médio da DUFS nos pacientes (19,4±8,2) foi mais elevado que o dos voluntários (16,8±6,1) (p=0,042); o mesmo ocorreu com a DEFS (pacientes=19,3±3,9; voluntários=12,6±3,9) (p<0,0001). A freqüência de DUFS>=14,5 foi semelhante entre os pacientes e voluntários (p=0,225) e da DEFS>=12,5 foi mais alta entre os pacientes que nos voluntários (p<0,0001). Nos pacientes observou-se maior intensidade de fadiga nas mulheres (p=0,014); na presença de dispnéia (p=0,000); uso de digitálicos (p=0,020); classes funcionais mais elevadas (p=0,000); nos sedentários (p=0,007), entre os com escores de depressão mais elevados (p=0,000) e com distúrbios do sono (p=0,000). A fadiga ao esforço foi mais elevada nos pacientes com dispnéia (p=0,000); que usavam digitálicos (p=0,021); em classe funcional mais elevada (p=0,000); sedentários (p=0,000); com escores de depressão mais elevados (p=0,000) e com distúrbio do sono (p=0,0001). A freqüência de DUFS>=14,5 foi mais elevada naqueles com dispnéia (p<0,0001); uso de betabloqueador (p=0,032); classe funcional mais elevada (p<0,0001); escores de depressão mais elevados (p<0,0001) e naqueles com distúrbio do sono (p<0,0001). Freqüências da DEFS>=12,5 foram mais elevadas na dispnéia (p<0,0001); classe funcional mais elevada (p<0,0001); nos sedentários (p=0,007); escores mais elevados de depressão (p<0,0001) e naqueles com distúrbio do sono (p<0,0001). Não se associaram com qualquer variável de fadiga as seguintes variáveis: índice de massa corporal, uso de inibidor de enzima conversora de angiotensina, idade e tabagismo. DISCUSSÃO: Esses resultados contribuem para o conhecimento sobre sintoma relevante para qualidade de vida e para o cuidado do paciente com insuficiência cardíacaINTRODUCTION: Fatigue is a frequent symptom in heart failure patients that limits maintaining a life style compatible with a desirable sense of autonomy and independence. Although controlling functional limitations is a priority care goal of heart failure patients there are no studies on fatigue with Brazilian patient samples. OBJECTIVE: To characterize fatigue in heart failure patients and to compare their fatigue frequency and intensity with volunteers without heart failure. METHODS: Descriptive-exploratory study with 300 outpatients (male=68.3%, mean age=54.8(±11,5) years; mean schooling=6,0(±4,1) years; functional class I of heart failure = 44,7%), and 64 volunteers without heart failure, outpatients accompanying (male=34.4%, mean age=33.3(±10.7) years, mean schooling=10.2(±3.2) years). It was applied an instrument with fatigue (Dutch Fatigue Scale - DUFS) and exertion fatigue escales (Dutch Exertion Fatigue Scale - DEFS), Beck Depression Inventory (IDB), International Physical Activity Questionnaire and items to assess dyspnea, smoking and pharmacological treatment. DUFS and DEFS were adapted to Brazilian samples and their psychometric properties were adequate (Cronbach\'s alpha: DUFS=.848; DEFS=.922, and reproduction of the original structure by factor analysis). BDI presented good internal consistency (Cronbach\'s alpha=.873). Non-parametric tests were applied to test associations of fatigue, exertion fatigue (fatigue intensity - DUFS total score; exertion fatigue intensity - DEFS total score; frequency of substantial fatigue - DUFS >=14,5; frequency of substantial exertion fatigue - DEFS>=12,5). RESULTS: Patients mean DUFS total score (19.4±8.2) was higher than volunteers (16.8±6.1) (p=.042); the same occurred with DEFS (patients=19.3±3.9; volunteers=12.6±3.9) (p<.0001). The frequency of DUFS>=14,5 was not different between patients and volunteers (p=.225); frequency of DEFS>=12,5 was higher for patients than volunteers (p<.0001). In the patients group, fatigue intensity was higher for women (p=.014); and also in presence of dyspnea (p=.000); digoxin use (p=0,020); higher functional classes (p=.000); in sedentary patients (p=.007), higher IDB scores (p=.000), and sleep disturbance (p=.000). Exertion fatigue was higher in patients with dyspnea (p=.000); using digoxin (p=.021); in higher functional classes (p=.000); sedentary (p=.000); higher IDB scores (p=.000) and sleep disturbance (p=.0001). Frequency of DUFS>=14,5 was higher in patients with dyspnea (p<.0001); using betablockers (p=.032); higher functional classes (p<.0001); higher IDB scores (p<.0001) and sleep disturbance (p<.0001). Frequency of DEFS>=12,5 was higher in presence of dyspnea (p<.0001); higher functional classes (p<.0001); sedentary patients (p=.007); higher BDI scores (p<.0001) and sleep disturbance (p<.0001). There were no associations of fatigue variables with body mass index, users of angiotensin receptor blockers, age and smoking. DISCUSSION: This study results contribute to the knowledge concerning to a symptom relevant to the quality of life and nursing care of heart failure patientsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCruz, Dina de Almeida Lopes Monteiro daFini, Andréa2008-05-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-13062008-105232/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:55Zoai:teses.usp.br:tde-13062008-105232Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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INTRODUÇÃO: A fadiga é freqüente em pessoas com insuficiência cardíaca e limita a manutenção de um estilo de vida compatível com senso desejável de autonomia e independência. O controle das limitações funcionais é prioridade no cuidado à pessoa com insuficiência cardíaca, mas não há estudos sobre fadiga em amostras de pacientes brasileiros. OBJETIVO: Caracterizar a fadiga em pacientes com insuficiência cardíaca e comparar sua freqüência e intensidade com voluntários sem doença. MÉTODO: Estudo descritivo-exploratório, com 300 pacientes ambulatoriais. (masculino=68,3%, idade média de 54,8(±11,5) anos, escolaridade média de 6,0(±4,1) anos; Classe Funcional I= 44,7%) e 64 voluntários sem doença, acompanhantes de pacientes ambulatoriais (masculino=34,4%, idade média de 33,3(±10,7) anos, escolaridade média de 10,2(±3,2) anos). Foi aplicado instrumento com as escalas de fadiga (Dutch Fatigue Scale - DUFS) de fadiga ao esforço (Dutch Exertion Fatigue Scale - DEFS), o Inventário de Depressão de Beck (IDB), instrumento de avaliação da atividade física (International Physical Activity Questionnaire) e itens para avaliação da dispnéia, tabagismo e terapia medicamentosa. As escalas DUFS e DEFS foram adaptadas para o Brasil e mostraram propriedades psicométricas adequadas (consistência interna, pelo alfa de Cronbach, na DUFS=0,848 e na DEFS=0,922 e solução fatorial que reproduziu suas estruturas originais). O IDB mostrou consistência interna adequada (alfa de Cronbach=0,873). Testes não paramétricos foram aplicados para analisar a associação entre fadiga e fadiga ao esforço (intensidade de fadiga - escore total DUFS; intensidade de fadiga ao esforço - escore total DEFS; freqüência de fadiga substancial - DUFS >=14,5; freqüência de fadiga substancial ao esforço - DEFS>=12,5) com variáveis selecionadas. RESULTADOS: O escore total médio da DUFS nos pacientes (19,4±8,2) foi mais elevado que o dos voluntários (16,8±6,1) (p=0,042); o mesmo ocorreu com a DEFS (pacientes=19,3±3,9; voluntários=12,6±3,9) (p<0,0001). A freqüência de DUFS>=14,5 foi semelhante entre os pacientes e voluntários (p=0,225) e da DEFS>=12,5 foi mais alta entre os pacientes que nos voluntários (p<0,0001). Nos pacientes observou-se maior intensidade de fadiga nas mulheres (p=0,014); na presença de dispnéia (p=0,000); uso de digitálicos (p=0,020); classes funcionais mais elevadas (p=0,000); nos sedentários (p=0,007), entre os com escores de depressão mais elevados (p=0,000) e com distúrbios do sono (p=0,000). A fadiga ao esforço foi mais elevada nos pacientes com dispnéia (p=0,000); que usavam digitálicos (p=0,021); em classe funcional mais elevada (p=0,000); sedentários (p=0,000); com escores de depressão mais elevados (p=0,000) e com distúrbio do sono (p=0,0001). A freqüência de DUFS>=14,5 foi mais elevada naqueles com dispnéia (p<0,0001); uso de betabloqueador (p=0,032); classe funcional mais elevada (p<0,0001); escores de depressão mais elevados (p<0,0001) e naqueles com distúrbio do sono (p<0,0001). Freqüências da DEFS>=12,5 foram mais elevadas na dispnéia (p<0,0001); classe funcional mais elevada (p<0,0001); nos sedentários (p=0,007); escores mais elevados de depressão (p<0,0001) e naqueles com distúrbio do sono (p<0,0001). Não se associaram com qualquer variável de fadiga as seguintes variáveis: índice de massa corporal, uso de inibidor de enzima conversora de angiotensina, idade e tabagismo. DISCUSSÃO: Esses resultados contribuem para o conhecimento sobre sintoma relevante para qualidade de vida e para o cuidado do paciente com insuficiência cardíaca |
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