Panorama da regionalização da saúde no Brasil: proposta e aplicação de Índice Sintético para avaliação das regiões de saúde em todo Brasil de 2012 a 2016
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-06022020-155328/ |
Resumo: | A saúde pública, como estratégia de prestação de serviços de saúde gratuitos à população, tem gerado grandes discussões nos últimos anos devido às crises fiscais vividas por diferentes países. Assim, as avaliações de políticas públicas de saúde também caminharam para o mesmo sentido, com a criação de inúmeros indicadores com caráter específicos para cada área. No Brasil, nos últimos 18 anos, a regionalização se tornou uma estratégia para melhor atender à demanda de saúde pública, com a criação das regiões de saúde no ano de 2011 por meio de decreto presidencial. Apesar de sua importância, poucos são os estudos encontrados sobre as regiões de saúde e o tomador de decisão deve ter uma grande habilidade para gerenciar inúmeros indicadores da saúde. Com essa perspectiva, este estudo possui como objetivo geral avaliar o desempenho das regiões de saúde no Brasil entre os anos de 2012 a 2016. Para atingir esse objetivo, utilizou-se de uma abordagem de métodos mistos com 17 especialistas contribuindo na criação do ISRS e nos estudos qualitativos. Na parte qualitativa, foram aplicadas questões abertas em uma Survey sobre os avanços, desafios e perspectivas futuras da regionalização, as quais foram analisadas através da análise de conteúdo e suporte do software Atlas TI. Já a parte quantitativa se dividiu em aplicar as estatísticas descritivas e análise de correlação nos indicadores dos condicionantes estruturais e das 6 dimensões, definidas anteriormente pelos especialistas, inicialmente. Posteriormente, o ISRS e suas dimensões foram criadas para todas as 438 regiões de saúde do país entre 2012 e 2016 por meio da Análise de Componentes Principais, assim como seu mapeamento pelo software Tabwin. Ao fim, foram realizadas 2 análises de clusters para as regiões de saúde do Brasil, sendo a primeira a partir dos 3 condicionantes estruturais de renda, educação e densidade demográfica, e a segunda a partir das dimensões definidas. Os resultados demonstraram que: a consolidação da regionalização da saúde em 2011 reduziu a desigualdade entre as regiões de saúde de forma não uniforme nos anos posteriores; as condições socioeconômicas continuam influenciando a performance das regiões de saúde, com exceção da Cobertura; a capacidade econômicofinanceira das regiões de saúde impacta os recursos humanos e infraestrutura, mas não diretamente os serviços e qualidade; existem regiões de saúde homogêneas e que estão localizadas em macrorregiões diferentes; a diferença cultural e financiamento foram os principais desafios enfrentados; a governança regional e redução da desigualdade foram os principais avanços alcançados; e as perspectivas futuras da regionalização da saúde são negativas devido ao financiamento e piora nas condições socioeconômicas. Portanto, ao final deste trabalho, observa-se sua contribuição ao propor e aplicar uma metodologia de fácil utilização da administração pública, e analisar a real situação da regionalização da saúde de 2012 a 2016, e que pode auxiliar no futuro da saúde pública no Brasil. Outrossim está na abertura para novos estudos sobre a regionalização da saúde no período pós-2011, cruzando análises quantitativas e qualitativas, de forma a utilizar de métodos mistos para solução de problemas. |
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Panorama da regionalização da saúde no Brasil: proposta e aplicação de Índice Sintético para avaliação das regiões de saúde em todo Brasil de 2012 a 2016Overview of health regionalization in Brazil: proposal and application of a Synthetic Index to evaluate the health regions in all Brazil among 2012 and 2016Avaliação da saúdeAvaliação de políticas públicasHealth evaluationHealth regionalizationHealth regionsPublic healthPublic policy evaluationRegiões de saúdeRegionalização da saúdeSaúde públicaA saúde pública, como estratégia de prestação de serviços de saúde gratuitos à população, tem gerado grandes discussões nos últimos anos devido às crises fiscais vividas por diferentes países. Assim, as avaliações de políticas públicas de saúde também caminharam para o mesmo sentido, com a criação de inúmeros indicadores com caráter específicos para cada área. No Brasil, nos últimos 18 anos, a regionalização se tornou uma estratégia para melhor atender à demanda de saúde pública, com a criação das regiões de saúde no ano de 2011 por meio de decreto presidencial. Apesar de sua importância, poucos são os estudos encontrados sobre as regiões de saúde e o tomador de decisão deve ter uma grande habilidade para gerenciar inúmeros indicadores da saúde. Com essa perspectiva, este estudo possui como objetivo geral avaliar o desempenho das regiões de saúde no Brasil entre os anos de 2012 a 2016. Para atingir esse objetivo, utilizou-se de uma abordagem de métodos mistos com 17 especialistas contribuindo na criação do ISRS e nos estudos qualitativos. Na parte qualitativa, foram aplicadas questões abertas em uma Survey sobre os avanços, desafios e perspectivas futuras da regionalização, as quais foram analisadas através da análise de conteúdo e suporte do software Atlas TI. Já a parte quantitativa se dividiu em aplicar as estatísticas descritivas e análise de correlação nos indicadores dos condicionantes estruturais e das 6 dimensões, definidas anteriormente pelos especialistas, inicialmente. Posteriormente, o ISRS e suas dimensões foram criadas para todas as 438 regiões de saúde do país entre 2012 e 2016 por meio da Análise de Componentes Principais, assim como seu mapeamento pelo software Tabwin. Ao fim, foram realizadas 2 análises de clusters para as regiões de saúde do Brasil, sendo a primeira a partir dos 3 condicionantes estruturais de renda, educação e densidade demográfica, e a segunda a partir das dimensões definidas. Os resultados demonstraram que: a consolidação da regionalização da saúde em 2011 reduziu a desigualdade entre as regiões de saúde de forma não uniforme nos anos posteriores; as condições socioeconômicas continuam influenciando a performance das regiões de saúde, com exceção da Cobertura; a capacidade econômicofinanceira das regiões de saúde impacta os recursos humanos e infraestrutura, mas não diretamente os serviços e qualidade; existem regiões de saúde homogêneas e que estão localizadas em macrorregiões diferentes; a diferença cultural e financiamento foram os principais desafios enfrentados; a governança regional e redução da desigualdade foram os principais avanços alcançados; e as perspectivas futuras da regionalização da saúde são negativas devido ao financiamento e piora nas condições socioeconômicas. Portanto, ao final deste trabalho, observa-se sua contribuição ao propor e aplicar uma metodologia de fácil utilização da administração pública, e analisar a real situação da regionalização da saúde de 2012 a 2016, e que pode auxiliar no futuro da saúde pública no Brasil. Outrossim está na abertura para novos estudos sobre a regionalização da saúde no período pós-2011, cruzando análises quantitativas e qualitativas, de forma a utilizar de métodos mistos para solução de problemas.Public health, as a strategy to deliver health services to the population, has developed great discussions in the last years due to the lived financial crisis for different countries. Hence, the health public policy evaluations also have followed the same way, creating a huge number of indicators with specific characteristics for each area. In Brazil, in the last 18 years, the regionalization turned itself a strategy to better attend the public health demand, with the creation of health regions in 2011 by a presidential decree. Despite your importance, few are the found studies about health regions and the decision-maker must have a great ability to manage these big numbers of health indicators. Thus, this study has the general objective of evaluating the health region\'s performance in Brazil among 2012 and 2016. To achieve the objective, the study has used a mixed-method approach with 17 specialists contributing to the ISRS creation and in the qualitative studies. In the qualitative part were applied open questions in the Survey about advances, challenges and future perspectives of regionalization, which were analyzed through context analysis supported by Atlas TI software. The quantitative part was divided into applying descriptive statistics and correlations analysis in the indicators of the structural constraints and 6 dimensions, which were defined for the specialist previously. Following, ISRS and your dimensions have been created for all 438 health regions in Brazil between 2012 and 2016 through Principal Component Analysis, as well as their mapping by Tabwin software. In the end, were realized 2 clusters analysis to the Brazilian health regions, first with 3 structural constraints of incomes, education, and demographic density, and second with the 6 dimensions. The results have shown: the health regionalization consolidation in 2011 reduced the inequality among health regions in unformal way of the health regions; the health regions socioeconomic capacity continue influencing the health regions performance, nonconsidering coverage; the health regions financial-economic capacity impact human resources and infrastructure, but not directly the delivered services and its quality; there are homogeneous health regions and they are localized in different macroregions; the cultural difference and financing were the main confronted challenges; the regional governance and inequality reduction were the main achieved advances; and the future perspectives of the health regionalization are negatives due to financing and socioeconomics conditions decrease. Therefore, concluding the study, it observed the contribution in proposing and applying an easily usable methodology to public administration and analyzing the real situation of the health regionalization from 2012 until 2016, which could help in the public health future in Brazil. Moreover, the opening to new studies about health regionalization in the post-2011 period, crossing quantitative and qualitative analyses, using mixed methods to solve the problems.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPassador, João LuizPaschoalotto, Marco Antonio Catussi2019-11-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-06022020-155328/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-03-04T15:03:02Zoai:teses.usp.br:tde-06022020-155328Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-03-04T15:03:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A saúde pública, como estratégia de prestação de serviços de saúde gratuitos à população, tem gerado grandes discussões nos últimos anos devido às crises fiscais vividas por diferentes países. Assim, as avaliações de políticas públicas de saúde também caminharam para o mesmo sentido, com a criação de inúmeros indicadores com caráter específicos para cada área. No Brasil, nos últimos 18 anos, a regionalização se tornou uma estratégia para melhor atender à demanda de saúde pública, com a criação das regiões de saúde no ano de 2011 por meio de decreto presidencial. Apesar de sua importância, poucos são os estudos encontrados sobre as regiões de saúde e o tomador de decisão deve ter uma grande habilidade para gerenciar inúmeros indicadores da saúde. Com essa perspectiva, este estudo possui como objetivo geral avaliar o desempenho das regiões de saúde no Brasil entre os anos de 2012 a 2016. Para atingir esse objetivo, utilizou-se de uma abordagem de métodos mistos com 17 especialistas contribuindo na criação do ISRS e nos estudos qualitativos. Na parte qualitativa, foram aplicadas questões abertas em uma Survey sobre os avanços, desafios e perspectivas futuras da regionalização, as quais foram analisadas através da análise de conteúdo e suporte do software Atlas TI. Já a parte quantitativa se dividiu em aplicar as estatísticas descritivas e análise de correlação nos indicadores dos condicionantes estruturais e das 6 dimensões, definidas anteriormente pelos especialistas, inicialmente. Posteriormente, o ISRS e suas dimensões foram criadas para todas as 438 regiões de saúde do país entre 2012 e 2016 por meio da Análise de Componentes Principais, assim como seu mapeamento pelo software Tabwin. Ao fim, foram realizadas 2 análises de clusters para as regiões de saúde do Brasil, sendo a primeira a partir dos 3 condicionantes estruturais de renda, educação e densidade demográfica, e a segunda a partir das dimensões definidas. Os resultados demonstraram que: a consolidação da regionalização da saúde em 2011 reduziu a desigualdade entre as regiões de saúde de forma não uniforme nos anos posteriores; as condições socioeconômicas continuam influenciando a performance das regiões de saúde, com exceção da Cobertura; a capacidade econômicofinanceira das regiões de saúde impacta os recursos humanos e infraestrutura, mas não diretamente os serviços e qualidade; existem regiões de saúde homogêneas e que estão localizadas em macrorregiões diferentes; a diferença cultural e financiamento foram os principais desafios enfrentados; a governança regional e redução da desigualdade foram os principais avanços alcançados; e as perspectivas futuras da regionalização da saúde são negativas devido ao financiamento e piora nas condições socioeconômicas. Portanto, ao final deste trabalho, observa-se sua contribuição ao propor e aplicar uma metodologia de fácil utilização da administração pública, e analisar a real situação da regionalização da saúde de 2012 a 2016, e que pode auxiliar no futuro da saúde pública no Brasil. Outrossim está na abertura para novos estudos sobre a regionalização da saúde no período pós-2011, cruzando análises quantitativas e qualitativas, de forma a utilizar de métodos mistos para solução de problemas. |
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