Reflectância de banda larga em recém-nascidos: uso combinado de procedimentos eletroacústicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Kilza de Arruda Lyra e
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5162/tde-27022012-125953/
Resumo: INTRODUÇÃO: Os resultados da triagem auditiva neonatal podem ser afetados por condições transientes no meato acústico externo e na orelha média. A reflectância de banda larga (RBL) surge como um instrumento de diagnóstico que fornece medidas objetivas do estado da orelha média e pode explicar variações na forma de como a orelha média recebe, absorve e transmite a energia sonora. Dessa forma, a RBL apresenta um grande potencial para a detecção de alterações de orelha média em recém-nascidos. OBJETIVO: Verificar a correlação entre as medidas de reflectância da energia de banda larga com as medidas das emissões otoacústicas e as imitanciométricas em recém-nascidos. MÉTODO: Estudo de casos. Para este estudo foram avaliados 77 recém-nascidos (40 do sexo masculino e 37 do feminino) de idades entre 27 e 78h sem riscos para perda auditiva segundo o JCHI (2007), e com emissões otoacústicas presentes por estímulo transiente (EOAT). Foram submetidos ao teste das mediadas de EOAT, da reflectância da energia com os estímulos chirp e tom puro numa faixa de 0.2 a 6 kHz, e da timpanometria e reflexo acústico ipsilateral com as frequências da sonda de 226 e 1000 Hz. Os estímulos ativadores de 1000 e 2000 Hz e ruído de banda larga foram usados no reflexo acústico. RESULTADOS: Os resultados apontaram que os recém-nascidos com EAOT presentes revelaram uma configuração de curva da reflectância com característica peculiar da idade, ou seja, baixa reflectância na frequência de 6000 Hz. O timpanograma de curva do tipo A foi obtido em 90,2% das orelhas com a sonda de 1000 Hz, e com a sonda de 226 Hz a maioria (89%) das orelhas apresentaram curva do tipo pico duplo. A configuração da curva 3B/3G foi apresentada em 69,8% das orelhas na sonda de 226 Hz, e as configurações 1B/1G (43%) e 1B/1G S (27%) juntas foram obtidas em 70% das orelhas. Na sonda de 1000 Hz os recém-nascidos avaliados apresentaram 100% de presença dos reflexos acústicos ipsilaterais para estímulos ativadores de 2000 Hz e ruído branco. Não houve diferença significativa entre os resultados do sexo masculino e do feminino. CONCLUSÃO: Este estudo demonstrou que a inter-relação entre o nível de amplitude das EOAT, a configuração timpanométrica B/G e a reflectância apresentou diferenças no comportamento por orelha. Algumas frequências e configurações B/G indicaram uma tendência da diminuição de EOAT com o aumento da reflectância. Dada a equivalência entre os estímulos chirp e tom puro, qualquer um pode ser usado para avaliação da orelha média em recém-nascidos
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Para este estudo foram avaliados 77 recém-nascidos (40 do sexo masculino e 37 do feminino) de idades entre 27 e 78h sem riscos para perda auditiva segundo o JCHI (2007), e com emissões otoacústicas presentes por estímulo transiente (EOAT). Foram submetidos ao teste das mediadas de EOAT, da reflectância da energia com os estímulos chirp e tom puro numa faixa de 0.2 a 6 kHz, e da timpanometria e reflexo acústico ipsilateral com as frequências da sonda de 226 e 1000 Hz. Os estímulos ativadores de 1000 e 2000 Hz e ruído de banda larga foram usados no reflexo acústico. RESULTADOS: Os resultados apontaram que os recém-nascidos com EAOT presentes revelaram uma configuração de curva da reflectância com característica peculiar da idade, ou seja, baixa reflectância na frequência de 6000 Hz. O timpanograma de curva do tipo A foi obtido em 90,2% das orelhas com a sonda de 1000 Hz, e com a sonda de 226 Hz a maioria (89%) das orelhas apresentaram curva do tipo pico duplo. A configuração da curva 3B/3G foi apresentada em 69,8% das orelhas na sonda de 226 Hz, e as configurações 1B/1G (43%) e 1B/1G S (27%) juntas foram obtidas em 70% das orelhas. Na sonda de 1000 Hz os recém-nascidos avaliados apresentaram 100% de presença dos reflexos acústicos ipsilaterais para estímulos ativadores de 2000 Hz e ruído branco. Não houve diferença significativa entre os resultados do sexo masculino e do feminino. CONCLUSÃO: Este estudo demonstrou que a inter-relação entre o nível de amplitude das EOAT, a configuração timpanométrica B/G e a reflectância apresentou diferenças no comportamento por orelha. Algumas frequências e configurações B/G indicaram uma tendência da diminuição de EOAT com o aumento da reflectância. Dada a equivalência entre os estímulos chirp e tom puro, qualquer um pode ser usado para avaliação da orelha média em recém-nascidosINTRODUCTION: Newborn hearing screening test outcomes can be influenced by transient conditions in the ear canal and middle ear. Wideband reflectance (WBR) emerges as a diagnostic tool that provides objective measures of the status of the middle ear and can explain variations in how the middle ear receives, absorbs and transmits sound energy. Thus, the WRL has a great potential for the detection of middle ear disorders in newborns. OBJECTIVE: To verify the correlation between wideband reflectance power measurement with otoacoustic emissions and immittance measurement in newborns. METHOD: Case studies. This study evaluated 77 newborns (40 males and 37 females) aged from 27 to 78 hours without risk of hearing loss according to JCHI (2007), and transient evoked otoacoustic emissions present (TEOAE). The newborns underwent the test of TEOAE measurement, the power reflectance using both tone and chirp stimuli from 0.2 to 6 kHz, and 226 and 1000 Hz admittance probe-tone tympanometry and ipsilateral acoustic reflex. The stimuli triggers 1000 and 2000 Hz and broadband noise were used in the acoustic reflex. RESULTS: Results showed that newborns with EAOT present revealed a configuration of the reflectance curve, peculiar feature of the age, i.e., low reflectance in the frequency of 6000 Hz. Single-peaked tympanogram was obtained in 90.2% of ears using a 1000 Hz probe tone, and double-peaked tympanogram was found in 89% of the ears using a 226 Hz probe tone. The 3B/3G tympanograms were found in 69.8% of the ears at 226 Hz probe tone, and the tympanograms 1B/1G (43%) and 1B/1G S (27%) together were obtained in 70% of the ears. In the 1000 Hz probe tone newborns evaluated showed 100% presence of ipsilateral acoustic reflexes to activating stimuli of 2000 Hz and white noise. No significant differences were obtained across gender considering the results of all test evaluated in newborns. CONCLUSION: This study demonstrated that the inter-relationship between the level of TEOAE amplitude, tympanometric configuration B/G and reflectance showed differences according in the ear. Some frequencies and configurations B/G indicated a trend of TEOAE decreasing of TEOAE with reflectance increasing. Given the equivalence between the tone and chirp stimuli, any of them can be used to evaluate the middle ear in newbornsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCarvallo, Renata Mota Mamede deSilva, Kilza de Arruda Lyra e2011-12-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5162/tde-27022012-125953/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:31Zoai:teses.usp.br:tde-27022012-125953Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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