Reflectância de banda larga em indivíduos com artrite reumatoide

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cibin, Bruna Carla
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-10062015-094011/
Resumo: INTRODUÇÃO: Artrite reumatoide é uma doença autoimune que causa inflamação nas membranas sinoviais de articulações chamadas diartroses. As articulações da orelha média podem estar sujeitas às mesmas lesões reumáticas que as outras articulações do corpo. Perdas auditivas neurossensoriais e condutivas foram observadas na literatura, assim como o envolvimento da artrite reumatoide na orelha média, mas os resultados não estão em concordância. A imitância acústica de banda larga pode fornecer maior sensibilidade a mudanças sutis nas articulações dos ossículos. OBJETIVO: avaliar o efeito da artrite reumatoide no sistema auditivo com enfoque na avaliação da orelha média. MÉTODOS: O delineamento desta pesquisa é estudo de casos comparando três diferentes grupos: dois grupos de indivíduos com artrite reumatoide e um grupo controle pareado por gênero e idade. Foram incluídos 39 participantes com idades entre 26 e 51 anos, de ambos os gêneros. O grupo estudo foi separado em dois: AR1, com 15 participantes (artrite reumatoide há dez anos ou mais); e AR2, com 9 participantes (artrite reumatoide há cinco anos ou menos). Estes grupos foram recrutados do ambulatório de reumatologia do Hospital das Clínicas da FMUSP e o grupo controle com 15 participantes, foi composto por voluntários, usuários do Centro de Docência e Pesquisa da FMUSP. Os procedimentos utilizados foram: Imitanciometria com sonda de 226 Hz, audiometria tonal liminar, audiometria de altas frequências e imitância acústica de banda larga, cujos dados foram extraídos como bandas de 1/3 de oitava para reflectância de energia em um documento de extensão Excel. Para análise dos dados, utilizaram-se estatística descritiva, análise de variância, teste quiquadrado e Kruskal-Wallis. RESULTADOS: As médias de idade para AR1, AR2 e controle foram de 41,1, 38,6 e 39,9 anos, respectivamente, e não houve diferença significante entre grupos. As medidas de imitanciometria 226 Hz (timpanometria e reflexos acústicos ipsilaterais) e reflectância de energia não demonstraram diferença significante entre os grupos. Foram encontradas diferenças na comparação entre os grupos AR1 e AR2 e grupo controle para os testes audiometria tonal liminar, e AR1 com o grupo controle para audiometria de altas frequências e reflexos acústicos contralaterais. Não foi observada diferença entre os resultados da orelha direita e da esquerda. CONCLUSÕES: Os grupos de artrite reumatoide apresentaram o mesmo padrão de resposta para as avaliações de orelha média do grupo controle, levantando a possibilidade de apresentarem um mesmo comportamento de sistema ou de que as ferramentas utilizadas para avaliação não são sensíveis para detectar as mudanças sutis. Foi possível observar mudança nos limiares audiométricos e de altas frequências dos grupos com artrite reumatoide em comparação com o grupo controle, mostrando a importância de monitorização auditiva nessa população
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MÉTODOS: O delineamento desta pesquisa é estudo de casos comparando três diferentes grupos: dois grupos de indivíduos com artrite reumatoide e um grupo controle pareado por gênero e idade. Foram incluídos 39 participantes com idades entre 26 e 51 anos, de ambos os gêneros. O grupo estudo foi separado em dois: AR1, com 15 participantes (artrite reumatoide há dez anos ou mais); e AR2, com 9 participantes (artrite reumatoide há cinco anos ou menos). Estes grupos foram recrutados do ambulatório de reumatologia do Hospital das Clínicas da FMUSP e o grupo controle com 15 participantes, foi composto por voluntários, usuários do Centro de Docência e Pesquisa da FMUSP. Os procedimentos utilizados foram: Imitanciometria com sonda de 226 Hz, audiometria tonal liminar, audiometria de altas frequências e imitância acústica de banda larga, cujos dados foram extraídos como bandas de 1/3 de oitava para reflectância de energia em um documento de extensão Excel. Para análise dos dados, utilizaram-se estatística descritiva, análise de variância, teste quiquadrado e Kruskal-Wallis. RESULTADOS: As médias de idade para AR1, AR2 e controle foram de 41,1, 38,6 e 39,9 anos, respectivamente, e não houve diferença significante entre grupos. As medidas de imitanciometria 226 Hz (timpanometria e reflexos acústicos ipsilaterais) e reflectância de energia não demonstraram diferença significante entre os grupos. Foram encontradas diferenças na comparação entre os grupos AR1 e AR2 e grupo controle para os testes audiometria tonal liminar, e AR1 com o grupo controle para audiometria de altas frequências e reflexos acústicos contralaterais. Não foi observada diferença entre os resultados da orelha direita e da esquerda. CONCLUSÕES: Os grupos de artrite reumatoide apresentaram o mesmo padrão de resposta para as avaliações de orelha média do grupo controle, levantando a possibilidade de apresentarem um mesmo comportamento de sistema ou de que as ferramentas utilizadas para avaliação não são sensíveis para detectar as mudanças sutis. Foi possível observar mudança nos limiares audiométricos e de altas frequências dos grupos com artrite reumatoide em comparação com o grupo controle, mostrando a importância de monitorização auditiva nessa populaçãoBACKGROUND: Rheumatoid arthritis (RA) is an autoimmune disease that causes inflammation of synovial membranes of the diarthrodial joints. Middle ear joints may be subject to the same rheumatic lesions as other joints in the body. Sensorineural and conductive hearing loss have been reported, as well as middle ear involvement, but the results are not in agreement. Wideband acoustic immittance (WAI) may provide better sensitivity to subtle changes in the ossicular joint. PURPOSE: To evaluate the effect of RA in the auditory system focusing on the middle ear assessment with WAI. METHODS: This was a cross-sectional study comparing audiological behavior of 3 different groups: two groups of individuals with rheumatoid arthritis and a normal control (NC) group matched 1:1 based on age and gender. Thirty-nine participants, raging age from 26-51 years old, male and female. The study groups were pooled into two groups: RA1 with 15 participants (patients who had had RA for more than ten years) and RA2 with nine participants (those who had had RA for less than five years). The study groups were recruited from rheumatology clinic of Hospital das Clinicas (FMUSP) and were compared with 15 normal control, which consisted in volunteer students or employees from Centro de Docencia e Pesquisa (FMUSP). Standard 226 Hz probe tone tympanometry, pure-tone audiometry, extended high-frequency audiometry and WAI were performed in all subjects. The results from WAI were extracted as 1/3 octave bands for energy reflectance as an Excel file. Descriptive statistics, chi-square test, mixed model ANOVA and Kruskal-Wallis test were used to investigate the differences in all performed tests across the three groups. RESULTS: Mean ages for RA1, RA2 and NC were 41.1, 38.6 and 39.9 years old respectively and the difference between groups was not statistically significant. Comparison of standard immittance measures (such as 226 Hz probe tone tympanometry and ipsilateral acoustic reflex) and 1/3 octave band energy reflectance did not reveal significant difference between groups. This study found difference in standard audiometry thresholds comparing RA1 and RA2 to NC group, extended high-frequency audiometry and contralateral acoustic reflex comparing RA1 group to NC group. There was no significant difference between right and left ears. CONCLUSIONS: RA groups showed the same middle ear response pattern than the NC group, there was either no significant difference between the middle ears of RA patients and healthy individuals, or WAI is not appropriate for differentiating these two groups. Pure-tone audiometry and extended high-frequency audiometry showed different behaviors between the three groups. The actual incidence of hearing loss in RA remains to be defined. The results showed the importance of monitoring potential audiological manifestations in patients with RABiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCarvallo, Renata Mota Mamede deCibin, Bruna Carla2015-03-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-10062015-094011/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-11-10T16:44:15Zoai:teses.usp.br:tde-10062015-094011Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-11-10T16:44:15Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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