Uso da levedura seca (Saccharomyces cerevisiae) de destilarias de álcool de cana de açúcar na alimentação de suínos em crescimento e acabamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Miyada, Valdomiro Shigueru
Data de Publicação: 1978
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20220207-162400/
Resumo: O objetivo do presente trabalho foi estudar a influência da adição de vários níveis de levedura seca (LS) de destilarias de álcool de cana de açúcar em rações de suínos em crescimento e acabamento, sobre a performance e qualidade de carcaça dos animais. Foram utilizadas 36 marrãs, mestiças das raças Large White X Landrace X Wessex, distribuídas de acordo com o peso em doze lotes, os quais foram submetidos a quatro tratamentos: T1 - 0% LS; T2 - 7% LS; T3 - 14% LS; e T4 - 21% LS. A LS substituiu parte do milho e farelo de soja, mantendo os níveis de 16 e 14% de proteína bruta nas rações de crescimento (21,17 a 59,78 kg de peso vivo) e acabamento (59,78 a 97,41 kg de peso vivo), respectivamente. As rações experimentais foram suplementadas com vitaminas, minerais, antibiótico e antioxidante. Os ganhos diários de peso (kg), consumos diários de ração (kg) e conversões alimentares, observados nos tratamentos T1, T2, T3 e T4, foram, respectivamente, 0,673, 1,83 e 2,71; 0,710, 1,99 e 2,80; 0,696, 2,00 e 2,88; e 0,679, 2,01 e 2,96 na fase de crescimento; 0,686, 2,50 e 3,65; 0,662, 2,45 e 3,70; 0,679, 2,60 e 3,84; e 0,710, 2,83 e 3,98 na fase de acabamento; 0,680, 2,16 e 3,18; 0,686, 2,22 e 3,23; 0,688, 2,30 e 3,34; e 0,694, 2,41 e 3,48 no período total. Foi observada uma tendência em aumentar o consumo de ração na fase de crescimento e aumentos lineares da ordem de 0,0160 e 0,0119 kg/dia para cada 1% de LS nas fases de acabamento e crescimento-acabamento, respectivamente. No estudo dos dados referentes à conversão alimentar, foram constatados aumentos nos seus valores numéricos de 0,0122, 0,0161 e 0,0145 para cada 1% de LS na ração, nas respectivas fases de crescimento, acabamento e crescimento-acabamento. O aumento do consumo diário e a pior conversão alimentar foram atribuídos à redução do nível energético das rações, ocasionada pelos níveis crescentes de LS nas mesmas. Com relação à qualidade de carcaça, as médias dos tratamentos T1, T2, T3 e T4 foram, respectivamente, 3,38, 3,23, 3,14 e 3,14 cm para espessura de toicinho; 0,77, 0,73, 0,66 e 0,66 para relação gordura-carne; 30,12, 30,84, 30,84 e 31,39% para percentagem de pernil; 31,2, 33,9, 32,4 e 32,6 cm2 para área de olho de lombo; 79,61, 79,76, 79,09 e 78,83% para rendimento de carcaça; e 95,6, 94,8, 95,6 e 97,4 cm para comprimento de carcaça. Para cada 1% de aumento de LS na ração, foram observadas variações de -0,0057 na relação gordura-carne e 0,0556 na percentagem de pernil. Houve uma tendência em reduzir a espessura de toicinho e o rendimento de carcaça, enquanto que o comprimento de carcaça e a área de olho de lombo não foram afetados. A melhoria da qualidade de carcaça foi atribuída ao aumento do consumo diário de proteína e lisina. Os resultados indicaram a possibilidade do uso da LS como fonte de proteína para suínos em crescimento e acabamento, pelo menos até 21% da ração.
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spelling Uso da levedura seca (Saccharomyces cerevisiae) de destilarias de álcool de cana de açúcar na alimentação de suínos em crescimento e acabamentoNot availableSACCHAROMYCES CEREVISIAE<i/>CRESCIMENTO ANIMALLEVEDURA SECANUTRIÇÃO ANIMALSUÍNOSTERMINAÇÃOO objetivo do presente trabalho foi estudar a influência da adição de vários níveis de levedura seca (LS) de destilarias de álcool de cana de açúcar em rações de suínos em crescimento e acabamento, sobre a performance e qualidade de carcaça dos animais. Foram utilizadas 36 marrãs, mestiças das raças Large White X Landrace X Wessex, distribuídas de acordo com o peso em doze lotes, os quais foram submetidos a quatro tratamentos: T1 - 0% LS; T2 - 7% LS; T3 - 14% LS; e T4 - 21% LS. A LS substituiu parte do milho e farelo de soja, mantendo os níveis de 16 e 14% de proteína bruta nas rações de crescimento (21,17 a 59,78 kg de peso vivo) e acabamento (59,78 a 97,41 kg de peso vivo), respectivamente. As rações experimentais foram suplementadas com vitaminas, minerais, antibiótico e antioxidante. Os ganhos diários de peso (kg), consumos diários de ração (kg) e conversões alimentares, observados nos tratamentos T1, T2, T3 e T4, foram, respectivamente, 0,673, 1,83 e 2,71; 0,710, 1,99 e 2,80; 0,696, 2,00 e 2,88; e 0,679, 2,01 e 2,96 na fase de crescimento; 0,686, 2,50 e 3,65; 0,662, 2,45 e 3,70; 0,679, 2,60 e 3,84; e 0,710, 2,83 e 3,98 na fase de acabamento; 0,680, 2,16 e 3,18; 0,686, 2,22 e 3,23; 0,688, 2,30 e 3,34; e 0,694, 2,41 e 3,48 no período total. Foi observada uma tendência em aumentar o consumo de ração na fase de crescimento e aumentos lineares da ordem de 0,0160 e 0,0119 kg/dia para cada 1% de LS nas fases de acabamento e crescimento-acabamento, respectivamente. No estudo dos dados referentes à conversão alimentar, foram constatados aumentos nos seus valores numéricos de 0,0122, 0,0161 e 0,0145 para cada 1% de LS na ração, nas respectivas fases de crescimento, acabamento e crescimento-acabamento. O aumento do consumo diário e a pior conversão alimentar foram atribuídos à redução do nível energético das rações, ocasionada pelos níveis crescentes de LS nas mesmas. Com relação à qualidade de carcaça, as médias dos tratamentos T1, T2, T3 e T4 foram, respectivamente, 3,38, 3,23, 3,14 e 3,14 cm para espessura de toicinho; 0,77, 0,73, 0,66 e 0,66 para relação gordura-carne; 30,12, 30,84, 30,84 e 31,39% para percentagem de pernil; 31,2, 33,9, 32,4 e 32,6 cm2 para área de olho de lombo; 79,61, 79,76, 79,09 e 78,83% para rendimento de carcaça; e 95,6, 94,8, 95,6 e 97,4 cm para comprimento de carcaça. Para cada 1% de aumento de LS na ração, foram observadas variações de -0,0057 na relação gordura-carne e 0,0556 na percentagem de pernil. Houve uma tendência em reduzir a espessura de toicinho e o rendimento de carcaça, enquanto que o comprimento de carcaça e a área de olho de lombo não foram afetados. A melhoria da qualidade de carcaça foi atribuída ao aumento do consumo diário de proteína e lisina. Os resultados indicaram a possibilidade do uso da LS como fonte de proteína para suínos em crescimento e acabamento, pelo menos até 21% da ração.Thirty six Large White X Landrace X Wessex crossbred gilts were used to study the influence of three levels of sugar-cane alcohol distillers' dried yeast (DY) in growing and finishing swine rations on performance and carcass quality. The animals were allotted on the basis of body weight in twelve lots of three animals each. The lots were randomly assigned to one of the four following treatments: T1 - 0% DY; T2 - 7% DY; T3 - 14% DY; and T4 - 21% DY. The DY replaced part of the corn and soybean meal, maintaining the 16 and 14% crude protein levels in growing (21,17 to 59,78 kg live weight) and finishing (59,78 to 97,41 kg live weight) diets, respectively. The experimental rations were supplemented with vitamins, minerals, antibiotic and antioxidant. Although the DY levels in the ration did not influence (P < 0,05) the daily gain, there was a tendency to increase the daily ration intake in the growing phase. A linear increase (P < 0,01) of daily ration intake was observed in the finishing (Y&#770; = 2,4270 + 0,0160X) and growing-finishing (Y&#770; = 2,1480 + 0,0119X) phases. The feed/gain ratio increased linearly with the increased levels of DY in the diet, in the growing (Y&#770; = 2,7087 + 0,0122x), in the finishing (Y&#770; = 3,6260 + 0,0161X) and in the growing-finishing (Y&#770; = 3,1563 + 0,0145X) phases. The increased daily ration intake gain and feed/gain ratio were attributed to the reduction of the ration energy levels due to DY addition. Increasing the DY levels in the diet, showed an improvement of carcass quality, since there was a tendency of reduction in the backfat thickness, a linear reduction (P < 0,05) in the fat-lean ratio (Y&#770; = 0,7700 - 0,0057X) and a linear increase (P < 0,05) in the ham percentage (Y&#770; = 30,2443 + 0,0556X). There was also a tendency to reduce the dressing percentage, while the carcass lenght and the loin-eye area were not affected by DY addition. The improved carcass quality of swine fed rations containing high DY levels was attributed to the increased daily intake of protein and lisine. This experiment showed that the DY may be used as a protein source for growing and finishing swine up to 21% of the ration.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLavorenti, AbelMiyada, Valdomiro Shigueru1978-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20220207-162400/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-20220207-162400Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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