Estudo do perfil de expressão gênica na distrofia muscular fácio-escápulo-umeral (FSH)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Arashiro, Patricia
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde-21052009-163641/
Resumo: FSH é caracterizada por uma grande variabilidade clínica inter- e intrafamilial. Aproximadamente 10-20% dos pacientes ficam em cadeira de rodas, enquanto que 20-30% dos portadores do alelo com a contração permanecem assintomáticos ou minimamente afetados. Interessantemente, estes casos parecem estar concentrados em determinadas famílias, sugerindo que algum mecanismo deve estar agindo nestes indivíduos, protegendo-os dos efeitos da doença. Para tentar explicar esta variabilidade clínica em FSH, nós comparamos o perfil de expressão gênica a partir do músculo de três membros (afetado, portador assintomático e controle normal) de cinco famílias diferentes através do microarray de expressão e de exons. Nossos resultados sugerem que a expressão dos genes no cromossomo 4q está alterada nos afetados e nos assintomáticos. Interessantemente, as alterações observadas nas amostras dos assintomáticos estão relacionadas aos genes de quemocinas, enquanto que as alterações vistas nas amostras dos afetados estão relacionadas com os genes envolvidos nos processos de acetilação de histonas e da modificação pós-traducional âncora-GPI. Além disto, os pacientes afetados e os assintomáticos compartilham o haplótipo 4qA161 e, desta forma, estes polimorfismos sozinhos não explicam a patogenicidade do alelo com a contração. Nossos resultados corroboram com as observações anteriores de FSH deve ser causada pela desregulação transcricional de vários genes, tanto in cis como in trans, e sugerem alguns fatores potencialmente importantes na patogênese de FSH. O estudo do perfil da expressão gênica dos portadores assintomáticos é uma abordagem nova que está revelando resultados novos e bem interessantes. Entender tal mecanismo é um grande desafio, mas que certamente levará ao desenvolvimento de novas ferramentas para o prognóstico e um possível tratamento.
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