Avaliação do desempenho dos diferentes métodos, medidas seriadas e pontos de corte do índice de respiração rápida e superficial em pacientes graves
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-04032012-135311/ |
Resumo: | Introdução: O grande desafio da descontinuação da VM esta em identificar corretamente os pacientes aptos a extubação com sucesso. O índice de respiração rápida e superficial (IRRS) tem sido o mais utilizado dentro desse processo em pacientes de unidade de terapia intensiva (UTI). Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho do ponto de corte, medidas seriadas e melhor método de obtenção do IRRS em predizer o insucesso de extubação para pacientes graves sob VM prolongada com fatores de risco para falha de extubação. Métodos: Estudo prospectivo, incluindo pacientes com 72h ou mais de ventilação mecânica (VM), prontos para o desmame, de acordo com critérios clínicos. O IRRS foi obtido diariamente, a partir do primeiro dia de desmame, com o paciente recebendo suporte ventilatório (IRRS_MIN) (PS 5cmH2O e PEEP 5cmH2O) e pelo ventilômetro em respiração espontânea (IRRS_ESP). Para os pacientes que passaram pelo processo de desmame com sucesso e foi indicada a extubação, o IRRS foi obtido anteriormente ao teste de respiração espontânea (TRE) através do ventilômetro (IRRS_PRE_TUBO_T), e em seguida colocado em TRE por 30 min. Após 30 min se o paciente não apresentou sinais de intolerância a desconexão da VM, o IRRS foi obtido em respiração espontânea (IRRS_PÓS_TUBO_T) e o paciente foi prontamente extubado. Os resultados foram analisados agrupando os pacientes de acordo com o desfecho do desmame: Grupo traqueostomia (GT); Grupo insucesso de extubação (GI), Grupo sucesso de extubação (GS). Resultados: 45 pacientes finalizaram o estudo, sendo 15 (33%) do GT, 11 (37%) do GI e 19 (63%) do GS. Fatores como tempo de intubação, tempo para iniciar o desmame e tempo de desmame foram maiores nos grupos GT e GI (p<0,05). Um novo ponto de corte foi calculado para essa população ( 74 ciclos/min/L), com especificidade de (0,64) e valor preditivo negativo de (0,54), que melhor identificou os pacientes com falha de extubação (FE). Quanto ao método de obtenção, em todos os grupos, o IRRS_MIN foi menor (GT=68,60 ± 35,16; GI=38,64 ± 12,31; GS=34,79 ±14,67) quando comparado ao IRRS_ESP (GT=141,60 ± 70,13; GI=80,09 ± 20,71; GS=60,95 ± 24,64) (p<0,05). As medidas diárias do IRRS apresentaram oscilações no GT, enquanto que nos GS e GI houve uma tendência de melhora. O IRRS_POS_TUBO_T quando comparado a IRRS_PRE_TUBO_T aumentou no GS e GI (GS: 60.95±24.64 e 69.79±22.67; GI: 80.09±20,71 e 87,09±13,28), com valores menores para o GS (p<0,5). As medidas obtidas em respiração espontânea, com o novo ponto de corte e após 30 minutos de TRE identificaram a FE em 90% dos pacientes. Conclusão: Em pacientes graves, as medidas do IRRS em respiração espontânea, com ponto de corte 74 ciclos/min/L e após o TRE melhora a identificação dos pacientes que poderão evoluir com falha de extubação. |
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Avaliação do desempenho dos diferentes métodos, medidas seriadas e pontos de corte do índice de respiração rápida e superficial em pacientes gravesPerformance evaluation of different methods, and serial measurements of the cut-off rate of rapid shallow breathing in critically ill patientsDesmameíndice de respiração rápida e superficialintensive care unitsmechanical ventilationrapid shallow breathing indexunidade de terapia intensivaventilação mecânicaWeaningIntrodução: O grande desafio da descontinuação da VM esta em identificar corretamente os pacientes aptos a extubação com sucesso. O índice de respiração rápida e superficial (IRRS) tem sido o mais utilizado dentro desse processo em pacientes de unidade de terapia intensiva (UTI). Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho do ponto de corte, medidas seriadas e melhor método de obtenção do IRRS em predizer o insucesso de extubação para pacientes graves sob VM prolongada com fatores de risco para falha de extubação. Métodos: Estudo prospectivo, incluindo pacientes com 72h ou mais de ventilação mecânica (VM), prontos para o desmame, de acordo com critérios clínicos. O IRRS foi obtido diariamente, a partir do primeiro dia de desmame, com o paciente recebendo suporte ventilatório (IRRS_MIN) (PS 5cmH2O e PEEP 5cmH2O) e pelo ventilômetro em respiração espontânea (IRRS_ESP). Para os pacientes que passaram pelo processo de desmame com sucesso e foi indicada a extubação, o IRRS foi obtido anteriormente ao teste de respiração espontânea (TRE) através do ventilômetro (IRRS_PRE_TUBO_T), e em seguida colocado em TRE por 30 min. Após 30 min se o paciente não apresentou sinais de intolerância a desconexão da VM, o IRRS foi obtido em respiração espontânea (IRRS_PÓS_TUBO_T) e o paciente foi prontamente extubado. Os resultados foram analisados agrupando os pacientes de acordo com o desfecho do desmame: Grupo traqueostomia (GT); Grupo insucesso de extubação (GI), Grupo sucesso de extubação (GS). Resultados: 45 pacientes finalizaram o estudo, sendo 15 (33%) do GT, 11 (37%) do GI e 19 (63%) do GS. Fatores como tempo de intubação, tempo para iniciar o desmame e tempo de desmame foram maiores nos grupos GT e GI (p<0,05). Um novo ponto de corte foi calculado para essa população ( 74 ciclos/min/L), com especificidade de (0,64) e valor preditivo negativo de (0,54), que melhor identificou os pacientes com falha de extubação (FE). Quanto ao método de obtenção, em todos os grupos, o IRRS_MIN foi menor (GT=68,60 ± 35,16; GI=38,64 ± 12,31; GS=34,79 ±14,67) quando comparado ao IRRS_ESP (GT=141,60 ± 70,13; GI=80,09 ± 20,71; GS=60,95 ± 24,64) (p<0,05). As medidas diárias do IRRS apresentaram oscilações no GT, enquanto que nos GS e GI houve uma tendência de melhora. O IRRS_POS_TUBO_T quando comparado a IRRS_PRE_TUBO_T aumentou no GS e GI (GS: 60.95±24.64 e 69.79±22.67; GI: 80.09±20,71 e 87,09±13,28), com valores menores para o GS (p<0,5). As medidas obtidas em respiração espontânea, com o novo ponto de corte e após 30 minutos de TRE identificaram a FE em 90% dos pacientes. Conclusão: Em pacientes graves, as medidas do IRRS em respiração espontânea, com ponto de corte 74 ciclos/min/L e após o TRE melhora a identificação dos pacientes que poderão evoluir com falha de extubação.Introduction: One of the challenges in the discontinuation of mechanical ventilation (MV) is ability to correctly identify patients able for a successfully extubation. The Rapid Shallow Breathing Index (IRRS) has been widely used in this process in patients of intensive care unit (ICU). Objectives: The aim of this study was to evaluate the performance of the cutting point, serial measurements and best method of obtaining the IRRS in predicting extubation failure in critically ill patients for prolonged MV and with risk factors for extubation failure. Methods: Prospective study, including patients with 72h or more of MV, ready for weaning according to clinical criteria. The IRRS was daily obtained since the first day of weaning, with the patient receiving ventilatory support (IRRS_MIN) (PS 5cmH2O 5cmH2O and PEEP) and spontaneous breathing in the spirometer (IRRS_ESP). For patients who have gone successfully through the process of weaning and the extubation was indicated, the IRRS was obtained prior to the Spontaneous Breathing Test (SBT) through the spirometer (IRRS_PRE_TUBO_T) and then placed on SBT for 30 min. After 30 minutes, if the patient showed no signs of intolerance to disconnect the VM, the IRRS was obtained in spontaneous breathing (IRRS_PÓS_TUBO_T) and the patient was readily extubated. The results were analyzed by grouping patients according to the outcome of weaning, Tracheostomy Group (TG), Unsuccess Extubation Group (UEG), Success Extubation Group (SEG). Results: 45 patients finished the study, 15 (33%) of TG, 11 (37%) of UEG and 19 (63%) of SEG. Factors such as intubation time, time to start weaning and weaning time were higher in UEG and TG groups (p <0.05). A new cut-off point was calculated for this population ( 74 breaths/min/L), with a specificity of 0.64 and negative predictive value of 0.54, which best identified patients with extubation failure (EF). Regarding the method for obtaining the IRRS, IRRS_MIN was lower (TG=68,60 ± 35,16; UEG=38,64 ± 12,31; SEG=34,79 ±14,67) compared to IRRS_ESP) (TG=141,60 ± 70,13; UEG=80,09 ± 20,71; SEG=60,95 ± 24,64) (p<0,05) in all groups. The daily measurements of the IRRS showed oscillations in UEG, while there was a trend decrease in the SEG and SEG. The IRRS_POS_TUBO_T increased in the SEG and UEG compared to IRRS_PRE_TUBO_T (SEG: 60.95 ± 24.64 and 69.79 ± 22.67, UEG 80.09 ± 20.71 and 87.09 ± 13.28), with lower values for UEG (p <0.5). The measurements obtained in spontaneous breathing identified the EF in 90% of patients when using the new cut-off point and after 30 minutes of SBT. Conclusion: In critically ill patients, the measures of IRRS in spontaneous breathing, with a cutoff 74 breaths/min/L and after SBT improves the identification of patients who may evolve with extubation failure.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGastaldi, Ada ClariceGonçalves, Elaine Cristina2011-12-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-04032012-135311/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-04032012-135311Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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