Controvérsias acerca da institucionalização da história da arte no Brasil: debates sobre a criação de cursos de graduação e perspectivas epistemológicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amaro, Danielle Rodrigues
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-21052018-144340/
Resumo: A presente investigação versa sobre as controvérsias acerca da institucionalização da história da arte no Brasil, tendo como objeto central os debates sobre a criação de cursos de graduação na área, por meio do qual objetiva-se refletir sobre a formação e a presença do historiador da arte no Brasil e questionar a relevância da autonomia institucional e epistemológica da história da arte. Pretende-se, a partir de uma história das instituições, empreender uma reflexão epistemológica sobre a presença da história da arte e a formação do historiador da arte no Brasil. Procura-se demonstrar a tese de que a preocupação em constituir um espaço de formação específica em história da arte em nível de graduação e a problematização das histórias da arte produzidas nas universidades brasileiras (evidente, por exemplo, na forma como são propostos os currículos destes cursos) são fundamentais ao debate acerca do que se compreende por história da arte no Brasil hoje e estão diretamente relacionadas ao amadurecimento e à consolidação da autonomia da história da arte enquanto campo científico no país. Para isso, avaliou-se que as particularidades que envolvem a constituição e a configuração atual da história da arte no Brasil poderiam ser mais bem compreendidas retomando o que outrora se projetou, revendo os percursos e avaliando os percalços, de forma a revelar o lugar que a história da arte ocupa hoje no âmbito científico brasileiro. O período histórico que o projeto de pesquisa abrange tem como marco inicial a década de 1950, quando teve início uma série de manifestações favoráveis à criação de um curso superior de história da arte, com destaque para a atuação do historiador da arte Mario Barata. Em 1963, foi criado o primeiro curso específico na área, alocado na estrutura do extinto Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro (IBA-RJ), que originou o bacharelado hoje oferecido pelo Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ART/UERJ). O recorte estende-se até as duas primeiras décadas do século XXI, quando ocorreram importantes reformulações naquele curso e foram criados quatro outros, vinculados à Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH/UNIFESP); à Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA/UFRJ); ao Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IA/UFRGS); e ao Instituto de Artes da Universidade de Brasília (IdA/UnB). Por fim, propõe-se que o reconhecimento das especificidades e limitações da história da disciplina no Brasil possa ajudar a compreender o que significa hoje produzir história da arte entre nós, bem como criar condições fecundas para que se possa prosseguir a partir de tais questionamentos.
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Pretende-se, a partir de uma história das instituições, empreender uma reflexão epistemológica sobre a presença da história da arte e a formação do historiador da arte no Brasil. Procura-se demonstrar a tese de que a preocupação em constituir um espaço de formação específica em história da arte em nível de graduação e a problematização das histórias da arte produzidas nas universidades brasileiras (evidente, por exemplo, na forma como são propostos os currículos destes cursos) são fundamentais ao debate acerca do que se compreende por história da arte no Brasil hoje e estão diretamente relacionadas ao amadurecimento e à consolidação da autonomia da história da arte enquanto campo científico no país. Para isso, avaliou-se que as particularidades que envolvem a constituição e a configuração atual da história da arte no Brasil poderiam ser mais bem compreendidas retomando o que outrora se projetou, revendo os percursos e avaliando os percalços, de forma a revelar o lugar que a história da arte ocupa hoje no âmbito científico brasileiro. O período histórico que o projeto de pesquisa abrange tem como marco inicial a década de 1950, quando teve início uma série de manifestações favoráveis à criação de um curso superior de história da arte, com destaque para a atuação do historiador da arte Mario Barata. Em 1963, foi criado o primeiro curso específico na área, alocado na estrutura do extinto Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro (IBA-RJ), que originou o bacharelado hoje oferecido pelo Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ART/UERJ). O recorte estende-se até as duas primeiras décadas do século XXI, quando ocorreram importantes reformulações naquele curso e foram criados quatro outros, vinculados à Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH/UNIFESP); à Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA/UFRJ); ao Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IA/UFRGS); e ao Instituto de Artes da Universidade de Brasília (IdA/UnB). Por fim, propõe-se que o reconhecimento das especificidades e limitações da história da disciplina no Brasil possa ajudar a compreender o que significa hoje produzir história da arte entre nós, bem como criar condições fecundas para que se possa prosseguir a partir de tais questionamentos.The present research deals with the controversies about the institutionalization of art history in Brazil. Its main object is the debates about the creation of undergraduate courses in the area, through which the objective is to reflect on the formation and the presence of the art historian in Brazil and to question the relevance of the institutional and epistemological autonomy of art history. The intention is to, through the study of the history of the institutions, undertake an epistemological reflection on the presence of art history and the formation of the art historian in Brazil. It is sought to demonstrate the thesis that the concern to constitute a space of specific formation in art history at graduation level and the problematization of the histories of art produced in the Brazilian universities (evident, for example, in the forms that the curriculum to those courses are proposed) are fundamental to the debate about what is understood by art history in Brazil today and are directly related to the maturation and consolidation of the autonomy of art history as a scientific field in the country. For this purpose, it was evaluated that the particularities that involve the constitution and the current configuration of art history in Brazil could be better understood by taking back what was once projected, reviewing the routes and evaluating the mishaps, in order to reveal the place that art history occupies today in the Brazilian scientific scope. The historical period that the research project covers has as its initial mark in the 1950s, when a series of demonstrations favoring the creation of an advanced course in art history began, highlighting here the performance of art historian Mario Barata. The creation of the first specific course in the area was in 1963, in the former Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro (IBA-RJ), which originated the bachelors degree, offered today by the Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ART/UERJ). The time range extends to the first two decades of the twenty-first century, when major reformulations occurred in that course and four others were created, linked to the Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH/UNIFESP); the Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA/UFRJ); the Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IA/UFRGS); and the Instituto de Artes da Universidade de Brasília (IdA/UnB). Lastly, it is proposed that the recognition of the specificities and limitations of the history of the discipline in Brazil can help to understand what today means to produce art history among us, as well as to create fertile conditions to continue through such questions.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSantos Filho, Gildo Magalhães dosAmaro, Danielle Rodrigues2017-10-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-21052018-144340/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-19T20:50:39Zoai:teses.usp.br:tde-21052018-144340Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-19T20:50:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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