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Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Plese, Luis Pedro de Melo
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20181127-161957/
Resumo: As taxas de eficiência de cada fração granulométrica dos calcários agrícolas, atualmente utilizadas para calcular sua reatividade (RE) e poder relativo de neutralização total (PRNT), foram determinadas em laboratório considerando-se a proporção da fração que reage num período de três meses em amostra de solo com umidade ajustada para a capacidade de retenção de água. Essa condição de umidade normalmente não acontece no campo, o que poderia explicar o fato de, na prática, se obterem muitas vezes valores de saturação por bases (V%) inferiores aos projetados. Sabe-se que a presença de água é fundamental para a solubilização do carbonato de cálcio no solo, pois participa da reação química pela qual esse composto é convertido em bicarbonato. Portanto, pode-se supor que a solubilização do corretivo aumente com a umidade do solo, e que níveis de umidade abaixo do ideal devam reduzir sensivelmente a eficiência dos corretivos pouco solúveis. Pode-se supor ainda que a alternância entre períodos secos e úmidos também influa na reatividade. Apesar da elevada importância dessa característica do solo, pouca informação existe na literatura sobre o efeito da umidade na eficiência dos corretivos. Este trabalho teve o objetivo de estudar, em laboratório, o efeito de diferentes níveis de umidade do solo e da alternância entre períodos secos e úmidos, sobre a reatividade das frações granulométricas de um calcário agrícola. Os tratamentos constaram da aplicação de calcário em quatro frações granulométricas (< 2,38-2,00, < 2,00-0,84, < 0,84-0,30 e < 0,30 mm) e uma testemunha (sem calcário), de quatro níveis de umidade da terra (0, 27, 53 e 80% da capacidade de retenção de água) e de três freqüências de molhamento [amostras mantidas úmidas durante todo o período de três meses (A) e amostra mantida úmida e seca em períodos alternados de 15 dias (B) e de 7 dias (C) ]. O número de repetições foi quatro, perfazendo-se um total de 240 parcelas. Independentemente da umidade e época, a fração granulométrica que conferiu valores mais altos de pH foi a fração menor que 0,30 mm, seguida da fração < 0,84-0,30 mm. As duas frações mais grosseiras resultaram em valores iguais ou muito próximos aos da testemunha, mesmo após 3 meses de incubação, indicando baixa reatividade dessas partículas. A fração menor que 0,30 mm foi a que mais reagiu no período de 90 dias, permitindo elevar a V% até o valor esperado (70%) ou acima deste, para todas as umidades e freqüências de molhamento estudadas. As demais frações, mesmo submetidas às três diferentes freqüências de molhamento e quatro umidades, não elevaram a V% ao valor esperado. A fração < 0,84-0,30 mm foi quase tão eficiente quanto a fração mais fina, resultando valores de V% próximo de 70%. Os aumentos de pH e V% foram cada vez menores quanto mais grosseira era fração. Valores mais altos de umidade do solo favoreceram a elevação do pH e dasaturação por bases pelo calcário, mas esse efeito foi pequeno. A freqüência de molhamento do solo influi muito pouco na reatividade do calcário. O método da calagem baseado na saturação por bases mostrou-se adequado somente para a fração < 0,30mm e no período de 90 dias, não tendo sido influenciado pelo teor de água do solo e freqüência de molhamento
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