Petrogênese dos escarnitos de Itaoca - Vale do Ribeira - SP
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1990 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-26082015-140109/ |
Resumo: | Os escarnitos estudados ocorrem no interior e bordas de enclaves e possíveis tetos pendentes metassedimentares que afloram na porção central do Maciço Granítico de Itaoca. Pela ação térmica e emissão de fluidos aquosos do corpo magmático as rochas metassedimentares dos enclaves, assim como as encaixantes, originaram hornfels diversos, mármores e escarnitos. Foram identificados na área dois tipos distintos de escarnitos, denominados respectivamente de granada-salita escarnitos e granada-wollastonita escarnitos. Os granada-salita escarnitos ocorrem em zonas métricas ao longo dos contatos entre granitóides e mármores, constituindo-se essencialmente de clinopiroxênios (salita-ferrosalita) com bandas e veios granatíferos (grossulária-andradita). Fases minerais tardias (epídoto, albita, calcita) ocorrem substituindo principalmente as granadas. Os granada-wollastonita escarnitos desenvolveram-se como espessos pacotes entre os mármores e hornfels pelíticos: constituem-se de wollastonita, grossulária e algum diopsídio. Localmente as granadas apresentam-se bastante albitizadas e vesuvianitizadas. O metamorfismo de contato atingiu temperaturas superiores a 650°C e pressão em torno de 2 Kbar. Formaram-se inicialmente, por bimetassomatismo (difusão), ainda a temperaturas elevadas, da ordem de 600°C, em condições redutoras, salita/ferrosalita escarnitos. Com o progressivo abaixamento da temperatura os fluidos infiltrantes tornaram-se oxidantes e enriquecidos em alumina e sílica, promovendo a oxidação dos piroxênios e formação de bandas granatíferas. Nesta fase, a temperatura entre 450 e 550°C, formaram-se os granada-wollastonita escarnitos, em ambiente distal, por ação dos fluidos já empobrecidos em ferro. Durante a fase retrógrada formaram-se albita, epídoto e vesuvianita pela destruição da granada e ocorreu a deposição de sulfetos. Por último, na fase hidrotermal final, os fluidos tornaram se enriquecidos em CO2, propiciando a carbonatação dos minerais formados anteriormente e a formação de veios e vênulas de apofilita e prehnita. |
id |
USP_b0194c36882a6f5ccb9a88e42f865b8e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:teses.usp.br:tde-26082015-140109 |
network_acronym_str |
USP |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository_id_str |
2721 |
spelling |
Petrogênese dos escarnitos de Itaoca - Vale do Ribeira - SPNot available.Not available.PetrologiaOs escarnitos estudados ocorrem no interior e bordas de enclaves e possíveis tetos pendentes metassedimentares que afloram na porção central do Maciço Granítico de Itaoca. Pela ação térmica e emissão de fluidos aquosos do corpo magmático as rochas metassedimentares dos enclaves, assim como as encaixantes, originaram hornfels diversos, mármores e escarnitos. Foram identificados na área dois tipos distintos de escarnitos, denominados respectivamente de granada-salita escarnitos e granada-wollastonita escarnitos. Os granada-salita escarnitos ocorrem em zonas métricas ao longo dos contatos entre granitóides e mármores, constituindo-se essencialmente de clinopiroxênios (salita-ferrosalita) com bandas e veios granatíferos (grossulária-andradita). Fases minerais tardias (epídoto, albita, calcita) ocorrem substituindo principalmente as granadas. Os granada-wollastonita escarnitos desenvolveram-se como espessos pacotes entre os mármores e hornfels pelíticos: constituem-se de wollastonita, grossulária e algum diopsídio. Localmente as granadas apresentam-se bastante albitizadas e vesuvianitizadas. O metamorfismo de contato atingiu temperaturas superiores a 650°C e pressão em torno de 2 Kbar. Formaram-se inicialmente, por bimetassomatismo (difusão), ainda a temperaturas elevadas, da ordem de 600°C, em condições redutoras, salita/ferrosalita escarnitos. Com o progressivo abaixamento da temperatura os fluidos infiltrantes tornaram-se oxidantes e enriquecidos em alumina e sílica, promovendo a oxidação dos piroxênios e formação de bandas granatíferas. Nesta fase, a temperatura entre 450 e 550°C, formaram-se os granada-wollastonita escarnitos, em ambiente distal, por ação dos fluidos já empobrecidos em ferro. Durante a fase retrógrada formaram-se albita, epídoto e vesuvianita pela destruição da granada e ocorreu a deposição de sulfetos. Por último, na fase hidrotermal final, os fluidos tornaram se enriquecidos em CO2, propiciando a carbonatação dos minerais formados anteriormente e a formação de veios e vênulas de apofilita e prehnita.The skarns under consideration can be found inside or at the rims of meta-sedimentary inclusions and, conceivably, roof pendants, which outcrop in the central part of the Itaoca granite pluton. Such skarns, together with a variety of hornfels and marbles were formed by thermal metamorphism and outward diffusion of aqueous fluids from the magmatic body. Garnet-salite and garnet-wollastonite are the two main assemblages making up Itaoca skarns. Garnet-salite skarns occur in zones of metric thickness along the granitoid-marble contact and consist of essential clinopiroxene (salite-ferrosalite) and garnet-rich (grossular-andradite) bands and veins. Late mineral phases (epidote, albite, calcite) may replace earlier ones (garnet mainly).Garnet-wollastonite skarn occur as thick bodies between marble and politic hornfels and consist of essential wollastonite and grossular with some diopside. Garnet will, locally, exibit a high degree of replacement by albite and vesuvianite. Contact metamorphism reached its peak at temperatures above 650°C and pressures around 2 Kbar. Salite/ferrosalite skarns were formed by bidirectional metasomatism at the still elevated temperatures of about 600°C under reducing conditions. In the progressively cooling environment the infiltrating fluids became more and more oxidizing and enriched in alumina and silica, a fact which resulted in the oxidation of pyroxenes and formation of garnet bands. At this stage and temperatures between 450 and 550°C, distal garnet-wollastonite skarns were formed by metasomatic processes linked to iron depleted fluids. In a retrograde stage, garnet was destroyed and replaced by albite, epidote and vesuvianite, sulphides being deposited. Finally, during the last hydrothermal stage, CO2- rich fluids furthered the carbonation of early minerals and the formation of apophyllite-prehnite venules.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCoutinho, Jose Moacyr ViannaEns, Hendrik Herman1990-05-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-26082015-140109/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:57Zoai:teses.usp.br:tde-26082015-140109Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Petrogênese dos escarnitos de Itaoca - Vale do Ribeira - SP Not available. |
title |
Petrogênese dos escarnitos de Itaoca - Vale do Ribeira - SP |
spellingShingle |
Petrogênese dos escarnitos de Itaoca - Vale do Ribeira - SP Ens, Hendrik Herman Not available. Petrologia |
title_short |
Petrogênese dos escarnitos de Itaoca - Vale do Ribeira - SP |
title_full |
Petrogênese dos escarnitos de Itaoca - Vale do Ribeira - SP |
title_fullStr |
Petrogênese dos escarnitos de Itaoca - Vale do Ribeira - SP |
title_full_unstemmed |
Petrogênese dos escarnitos de Itaoca - Vale do Ribeira - SP |
title_sort |
Petrogênese dos escarnitos de Itaoca - Vale do Ribeira - SP |
author |
Ens, Hendrik Herman |
author_facet |
Ens, Hendrik Herman |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Coutinho, Jose Moacyr Vianna |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ens, Hendrik Herman |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Not available. Petrologia |
topic |
Not available. Petrologia |
description |
Os escarnitos estudados ocorrem no interior e bordas de enclaves e possíveis tetos pendentes metassedimentares que afloram na porção central do Maciço Granítico de Itaoca. Pela ação térmica e emissão de fluidos aquosos do corpo magmático as rochas metassedimentares dos enclaves, assim como as encaixantes, originaram hornfels diversos, mármores e escarnitos. Foram identificados na área dois tipos distintos de escarnitos, denominados respectivamente de granada-salita escarnitos e granada-wollastonita escarnitos. Os granada-salita escarnitos ocorrem em zonas métricas ao longo dos contatos entre granitóides e mármores, constituindo-se essencialmente de clinopiroxênios (salita-ferrosalita) com bandas e veios granatíferos (grossulária-andradita). Fases minerais tardias (epídoto, albita, calcita) ocorrem substituindo principalmente as granadas. Os granada-wollastonita escarnitos desenvolveram-se como espessos pacotes entre os mármores e hornfels pelíticos: constituem-se de wollastonita, grossulária e algum diopsídio. Localmente as granadas apresentam-se bastante albitizadas e vesuvianitizadas. O metamorfismo de contato atingiu temperaturas superiores a 650°C e pressão em torno de 2 Kbar. Formaram-se inicialmente, por bimetassomatismo (difusão), ainda a temperaturas elevadas, da ordem de 600°C, em condições redutoras, salita/ferrosalita escarnitos. Com o progressivo abaixamento da temperatura os fluidos infiltrantes tornaram-se oxidantes e enriquecidos em alumina e sílica, promovendo a oxidação dos piroxênios e formação de bandas granatíferas. Nesta fase, a temperatura entre 450 e 550°C, formaram-se os granada-wollastonita escarnitos, em ambiente distal, por ação dos fluidos já empobrecidos em ferro. Durante a fase retrógrada formaram-se albita, epídoto e vesuvianita pela destruição da granada e ocorreu a deposição de sulfetos. Por último, na fase hidrotermal final, os fluidos tornaram se enriquecidos em CO2, propiciando a carbonatação dos minerais formados anteriormente e a formação de veios e vênulas de apofilita e prehnita. |
publishDate |
1990 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1990-05-10 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-26082015-140109/ |
url |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-26082015-140109/ |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
|
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
|
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br |
_version_ |
1815257399026515968 |