Petrologia e geoquímica de diques e \"plugs\" alcalinos da região do Vale do Ribeira, divisa do estado do Paraná, São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1995 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-28102015-105327/ |
Resumo: | Os diques e plugs alcalinos de composição fonolíticam l.s., encontrados na região do Vale do Ribeira, são estudados do ponto de vista geoquímico e petrológico. Essas rochas ocorrem associadas aos complexos do Banhadão, Itapirapuã e Mato Preto, e aos \"plugs\" de Sete Quedas e Barra do Teixeira, ou ocorrem como diques cortando o granito Três Córregos, nas localidades de Barra do Ponta Grossa, Morro do Chapéu, Cerro Azul e na estrada entre Sete Quedas e Dr. Ulisses (SQ-DR.U). Quimicamente, esses corpos são classificados como: fonolitos peralcalinos (mais comuns); fonolitos e traquifonolitos (presentes somente no Mato Preto); e nefelinitos fonolíticos (observados em Sete Quedas e em um dos diques SQ-DR.U). O fonolito peralcalino de Itapirapuã é petrograficamente descrito como um microssienito, devido à ausência de nefelina modal. Quanto à mineralogia são rochas constituídas, essencialmente, por feldspato alcalino (em geral rico em K2O e, menos comumente, em Na2O); piroxênio variando de cálcicos (diopsídio, hedembergita e augita) a sódico-cálcicos (egirina-augita) e sódicos (egirina) e nefelinas. Subordinadamente, ocorrem biotitas; granadas titaníferas (nos nefelinitos fonolíticos e no fonolito peralcalino do banhadão); anfibólios (no fonolito do Mato Preto) e minerais opacos (fonolito do Mato Preto). A geoquímica de elementos maiores, traços e Terras Raras (ETR) indica a derivação dos fonolitos peralcalinos a partir dos nefelinitos fonolíticos, tendo fonolitos peralcalinos menos evoluídos como termos intermediários. Os fonolitos, tranquifonolitos e microssienitos são derivados diretamente do fracionamento dos nefelinitos fonolíticos. Estas passagens são testadas por meio de cálculos de balanço de massas a partir de modelos de cristalização fracionada, com base nos elenetos maiores e traços. O estudo de \"spidergrams\", constituídos com base nos elementos traços ou ETR, revela grande afinidade entre todas as rochas estudadas, com variações apenas na intensidade das anomalias. Aliando-se o estudo de diagramas de variação aos padrões de elementos traços e Terras Raras, as rochas estudadas são separadas em dois grupos principais: o primeiro rico em MgO (nefelinitos fonolíticos, fonolitos, microssienitos e fonolitos peralcalinos menos evoluídos); e o segundo pobre em MgO (demais rochas), dividido em: rochas ricas em elementos traços e ETR (Mato Preto); rochas pobres em ETRP (Barra do Ponta Grossa, Cerro Azul e Sete Quedas) e rochas intermediárias (Morro do Chapéu, Barra do Teixeira e diques SQ-DR.U). Os fonolitos l.s. possuem razões isotópicas 87Sr/86Sr com valores entre 0,704834 (nefelinito fonolítico de Sete Quedas) e 0,71051 (dique SQ-DR.U). Os diques que compõem o complexo de Tunas, de composição traquítica, são examinados separadamente, uma vez que formam um grupo quimicamente diferente daqueles definidos para as rochas fonolíticas l.s.; admite-se, assim, fontes diversas para a geração dessas rochas. Com relação ao potencial econômico, as rochas do Mato Preto são definidas como bons indicadores do alto conteúdo em ETR e elementos traço. |
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O fonolito peralcalino de Itapirapuã é petrograficamente descrito como um microssienito, devido à ausência de nefelina modal. Quanto à mineralogia são rochas constituídas, essencialmente, por feldspato alcalino (em geral rico em K2O e, menos comumente, em Na2O); piroxênio variando de cálcicos (diopsídio, hedembergita e augita) a sódico-cálcicos (egirina-augita) e sódicos (egirina) e nefelinas. Subordinadamente, ocorrem biotitas; granadas titaníferas (nos nefelinitos fonolíticos e no fonolito peralcalino do banhadão); anfibólios (no fonolito do Mato Preto) e minerais opacos (fonolito do Mato Preto). A geoquímica de elementos maiores, traços e Terras Raras (ETR) indica a derivação dos fonolitos peralcalinos a partir dos nefelinitos fonolíticos, tendo fonolitos peralcalinos menos evoluídos como termos intermediários. Os fonolitos, tranquifonolitos e microssienitos são derivados diretamente do fracionamento dos nefelinitos fonolíticos. Estas passagens são testadas por meio de cálculos de balanço de massas a partir de modelos de cristalização fracionada, com base nos elenetos maiores e traços. O estudo de \"spidergrams\", constituídos com base nos elementos traços ou ETR, revela grande afinidade entre todas as rochas estudadas, com variações apenas na intensidade das anomalias. Aliando-se o estudo de diagramas de variação aos padrões de elementos traços e Terras Raras, as rochas estudadas são separadas em dois grupos principais: o primeiro rico em MgO (nefelinitos fonolíticos, fonolitos, microssienitos e fonolitos peralcalinos menos evoluídos); e o segundo pobre em MgO (demais rochas), dividido em: rochas ricas em elementos traços e ETR (Mato Preto); rochas pobres em ETRP (Barra do Ponta Grossa, Cerro Azul e Sete Quedas) e rochas intermediárias (Morro do Chapéu, Barra do Teixeira e diques SQ-DR.U). Os fonolitos l.s. possuem razões isotópicas 87Sr/86Sr com valores entre 0,704834 (nefelinito fonolítico de Sete Quedas) e 0,71051 (dique SQ-DR.U). Os diques que compõem o complexo de Tunas, de composição traquítica, são examinados separadamente, uma vez que formam um grupo quimicamente diferente daqueles definidos para as rochas fonolíticas l.s.; admite-se, assim, fontes diversas para a geração dessas rochas. Com relação ao potencial econômico, as rochas do Mato Preto são definidas como bons indicadores do alto conteúdo em ETR e elementos traço.Alkaline dicks and plugs of phonolitic composition found in Ribeira Valley area, Brazil were studied on its geochemical and petrological aspects. Those rocks are present either associated to the Banhadão, Itapirapuã and Mato Preto complexes or as dikes cutting the granites rocks of the Três Córregos Complex in the cities of Barra do Ponta Grossa, Morro do Chapéu, Cerro Azul and along the road between Sete Quedas e Dr. Ulisses (SQ-DR.U). Chemically, those bodies are classified as peralkaline phonolites (the most usually found); phonolites and trachyphonolites (found in Mato Preto complex); and phonolitic nephelinite (found in Sete Quedas and in one of the SQ-DR.U dikes). The peralkaline phonolite from Itapirapuã is described petrographically as microsyenite due to the absence of nepheline. From the mineralogical point ofg view they are formed essentially by alkali feldspars, usually, potassium-rich feldspar and in less extend, sodium-rich feldspar; pyroxene, covering the range from calcium (diopside, hedenbergite and augite) to calcium-sodium (aegerine-augite) and sodium pyroxenes (aegirine) and nephelines. Secondarily, biotites are found, as well as titanian garnet (in the phonolitic nephelinite and in the peralkaline phonolite from Banhadão; amphibole and opaques (in the phonolite from Mato Preto). The geochemistry of trace, major and Rare earth (REE) elements indicates that the peralkaline phonolites are originated from phonolitic nephelinite, occurring more primitive peralkaline phonolites as intermediate terms. The phonolites, trachyphonolites and microsyenites are derived directly from phonolitic nephelinite. These changes are tested through mass-balance calculations from fractional crystallization models based on trace and major elements. The study of spidergrams built on bases of trace elements or REE shows great affinity among all studied rocks, only the anomalies intensity presenting variations. The analysis of variation diagrams and the traces and REE pattern together lead to the conclusion that the rocks can be divided in two main groups, according to the MgO content; rocks enriched in MgO (phonolitic nephelinite, phonolites and more primitive peralkaline phonolite). All the others are poor in MgOand can be subdivided in three compositional groups; rocks enriched in trace elements and REE (Mato Preto); rocks poor in HREE (Barra do Ponta Grossa, Cerro Azul and Sete Quedas) and rocks with intermediate composition (Morro do Chapéu, Barra do Teixeira and the SQ-DR.U dikes). The phonolite l.s. present isotopic ratio 87Sr/86Sr between 0,704834 (phonolitic nephelinite from Sete Quedas) and 0,71051 (SQ-DR.U dike). The Tunas Complex dikes of trachytic composition are taken separately, since they form a chemically different group from the ones defined as phonolitic rocks; for that reason, one attributes different sources to the generation of both groups. The high content of trace elements and REE in the rocks found in Mato Preto define them as good indicators, from the view point of economical potencial.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGomes, Celso de BarrosVasconcellos, Eleonora Maria Gouvêa1995-08-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-28102015-105327/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:58Zoai:teses.usp.br:tde-28102015-105327Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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