Resistência de clones de laranjeira 'Pêra' e variedades afins à mancha preta dos citros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schinor, Evandro Henrique
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20190821-132315/
Resumo: A Mancha Preta dos Citros ou Pinta Preta (MPC), causada pelo fungo Guignardia citricarpa, vem provocando graves e crescentes prejuízos econômicos à cultura, nos últimos 20 anos. O presente trabalho foi desenvolvido no Centro de Citricultura 'Sylvio Moreira' (CCSM) do Instituto Agronômico de Campinas, no município de Cordeirópolis-SP. Procurou-se detectar possíveis diferenças entre dez clones de laranjeira 'Pêra' (Citrus sinensis L. Osbeck) e cinco variedades afins, quanto à suscetibilidade à MPC. Os clones de 'Pêra' avaliados foram: Vimusa; EEL; GS 2000 (IAC 2000); Olímpia 15161; Bianchi; R. Gullo 1569/244; Dibbern C.V.; Premunizada 1743/82; e as variedades afins foram: Corsa Tardia, Lamb Summer, Ovale 968, Ovale San Lio 969, e Redonda C.N, enxertados em limoeiro 'Cravo', instalados desde 1980, no CCSM. Os trabalhos experimentais incluíram investigações sobre a avaliação e distribuição da severidade dos sintomas nas plantas; indução de estruturas 'in vitro', em folhas previamente autoclavadas; indução de estruturas reprodutivas do fungo em folhas maduras destacadas; e quantificação da densidade de colonização de G. citricarpa, através de isolamento. A comparação entre os diferentes clones também foi realizada através de estudos de correlação entre a severidade dos sintomas da doença e das variáveis ou dados biométricos, que seguem: queda de folhas, desenvolvimento vegetativo (porte) e penetração da luz no interior das plantas). Quanto aos frutos, a severidade foi correlacionada com: cor, formato, formas da base e do ápice, ângulo e achatamento, espessura do epicarpo, do mesocarpo e da casca e por fim com os dados de qualidade do suco (Brix, Acidez e Ratio). Não houve diferenças significativas entre os dez clones de laranjeira 'Pêra' e as cinco variedades afins quanto à quantificação da incidência e severidade da MPC no campo, e à densidade de colonização natural das folhas (isolados/cm2). A incidência e a severidade dos sintomas da doença são maiores na parte baixa das plantas, até 1 metro de altura, e menor acima de 2 metros, podendo-se salientar que há influência na infecção dos frutos pelos ascósporos (sexuais) e picnidiósporos (assexuais), através de respingos d'água. Ocorreu uma diferenciação entre as variedades quanto à capacidade reprodutiva de G. citricarpa em folhas mortas in vitro e quanto à indução de estruturas do fungo, através da porcentagem de área das folhas ocupadas por elas. Não houve correlação das características externas dos frutos como: coloração da casca, formato, forma da base, forma do ápice, ângulo e achatamento da região basal e espessura da casca, do mesocarpo e do epicarpo, com a severidade da doença. Não houve correlação das características internas dos frutos como: sólidos solúveis (ºBrix), acidez total, e relação sólidos solúveis: acidez (ratio), com severidade da doença. Portanto, a Mancha Preta dos Citros não interfere nas qualidades organolépticas dos frutos, e sim, no aspecto visual dos mesmos
id USP_b28d22e23562e134975478365cb0663b
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-20190821-132315
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Resistência de clones de laranjeira 'Pêra' e variedades afins à mancha preta dos citrosCitrus black spot resistance of 'Pêra' sweet orange clones and similar varietiesCLONESFUNGOS FITOPATOGÊNICOSLARANJA PERAMANCHA-PRETA-DOS-CITROSRESISTÊNCIAVARIEDADES VEGETAISA Mancha Preta dos Citros ou Pinta Preta (MPC), causada pelo fungo Guignardia citricarpa, vem provocando graves e crescentes prejuízos econômicos à cultura, nos últimos 20 anos. O presente trabalho foi desenvolvido no Centro de Citricultura 'Sylvio Moreira' (CCSM) do Instituto Agronômico de Campinas, no município de Cordeirópolis-SP. Procurou-se detectar possíveis diferenças entre dez clones de laranjeira 'Pêra' (Citrus sinensis L. Osbeck) e cinco variedades afins, quanto à suscetibilidade à MPC. Os clones de 'Pêra' avaliados foram: Vimusa; EEL; GS 2000 (IAC 2000); Olímpia 15161; Bianchi; R. Gullo 1569/244; Dibbern C.V.; Premunizada 1743/82; e as variedades afins foram: Corsa Tardia, Lamb Summer, Ovale 968, Ovale San Lio 969, e Redonda C.N, enxertados em limoeiro 'Cravo', instalados desde 1980, no CCSM. Os trabalhos experimentais incluíram investigações sobre a avaliação e distribuição da severidade dos sintomas nas plantas; indução de estruturas 'in vitro', em folhas previamente autoclavadas; indução de estruturas reprodutivas do fungo em folhas maduras destacadas; e quantificação da densidade de colonização de G. citricarpa, através de isolamento. A comparação entre os diferentes clones também foi realizada através de estudos de correlação entre a severidade dos sintomas da doença e das variáveis ou dados biométricos, que seguem: queda de folhas, desenvolvimento vegetativo (porte) e penetração da luz no interior das plantas). Quanto aos frutos, a severidade foi correlacionada com: cor, formato, formas da base e do ápice, ângulo e achatamento, espessura do epicarpo, do mesocarpo e da casca e por fim com os dados de qualidade do suco (Brix, Acidez e Ratio). Não houve diferenças significativas entre os dez clones de laranjeira 'Pêra' e as cinco variedades afins quanto à quantificação da incidência e severidade da MPC no campo, e à densidade de colonização natural das folhas (isolados/cm2). A incidência e a severidade dos sintomas da doença são maiores na parte baixa das plantas, até 1 metro de altura, e menor acima de 2 metros, podendo-se salientar que há influência na infecção dos frutos pelos ascósporos (sexuais) e picnidiósporos (assexuais), através de respingos d'água. Ocorreu uma diferenciação entre as variedades quanto à capacidade reprodutiva de G. citricarpa em folhas mortas in vitro e quanto à indução de estruturas do fungo, através da porcentagem de área das folhas ocupadas por elas. Não houve correlação das características externas dos frutos como: coloração da casca, formato, forma da base, forma do ápice, ângulo e achatamento da região basal e espessura da casca, do mesocarpo e do epicarpo, com a severidade da doença. Não houve correlação das características internas dos frutos como: sólidos solúveis (ºBrix), acidez total, e relação sólidos solúveis: acidez (ratio), com severidade da doença. Portanto, a Mancha Preta dos Citros não interfere nas qualidades organolépticas dos frutos, e sim, no aspecto visual dos mesmosCitrus Black Spot (CBS), caused by Guignardia citricarpa, has prompted serious economic damages to the citrus industry in the last 20 years. The present work was developed at the Centro de Citricultura 'Sylvio Moreira' (CCSM) of the Instituto Agronômico de Campinas, in Cordeirópolis-SP. Evaluations were conducted to detect differences among ten 'Pêra' sweet orange Citrus sinensis (L.) Osbeck clones and five related varieties in regard to their susceptibility to CBS. The 'Pêra' sweet orange clones evaluated were: Vimusa, EEL, GS 2000 (IAC 2000), Olímpia 15161, Bianchi, R Gul10 1569/244, Dibbern c.v., Premunizada 1743/82; and the related varieties were: Corsa Tardia, Lamb's Summer, Ovale 968, Ovale San Lio 969, and Redonda C.N. Trees were budded on Rangpur lime are planted in 1980, at the CCSM. Studies investigated the evaluation severity of symptoms and distribution on the plants; induction of structures in vitro in leaves previously autoclaved; induction of fungus reproductive structures in mature leaves; and quantified density of colonization of G. citricarpa by means of isolation. The comparison among different clones was also accomplished by determining correlations between the severity of disease symptoms and the variables: leaf drop, vegetative growth, and light penetration insíde the plants. In regard to fruit, the severity was correlated with: color; fruit shape; base and apex shape; angle and flattening; epicarp, mesocarp and peeI thickness; and with juice quaIity (soluble solids and soluble solids to acidity ratio). The relationship for quantification of severity of CBS incidence in the field and the density of natural leaves colonization (isolates/cm2 was not significant. The incidence and the severity of the disease symptoms are greater in the low part of the plants, up to 1 meter height, and smaller above 2 meters, probably because of the influence of fruit infection by ascospores (sexual) and pícnidiospores (asexual) through water splash. Differentiation among the varieties was detected based on the reproductive capacíty of G. citricarpa on dead leaves in vitro and also based on the induction of fungus structures, as evaluated by the percentage of area of the leaves occupied by them. There was not a significant correlation for fruit externaI characteristics, such as peeI color, fruit shape, base and apex shape, basaI area angle and flattening, and peeI thickness of either mesocarp and epicarp with the severity of disease. Similarly there was not a correlation for fruit internal characteristics such as soluble solids, total acidity, and soluble solids to acidity (ratio), with the severity of disease. Therefore, the CBS of the fruit does not interfere on the fluit organoleptic quality. However, visual aspect of fruit ís severeIy depressedBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMourao Filho, Francisco de Assis AlvesSchinor, Evandro Henrique2001-10-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20190821-132315/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-07T18:48:52Zoai:teses.usp.br:tde-20190821-132315Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-07T18:48:52Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Resistência de clones de laranjeira 'Pêra' e variedades afins à mancha preta dos citros
Citrus black spot resistance of 'Pêra' sweet orange clones and similar varieties
title Resistência de clones de laranjeira 'Pêra' e variedades afins à mancha preta dos citros
spellingShingle Resistência de clones de laranjeira 'Pêra' e variedades afins à mancha preta dos citros
Schinor, Evandro Henrique
CLONES
FUNGOS FITOPATOGÊNICOS
LARANJA PERA
MANCHA-PRETA-DOS-CITROS
RESISTÊNCIA
VARIEDADES VEGETAIS
title_short Resistência de clones de laranjeira 'Pêra' e variedades afins à mancha preta dos citros
title_full Resistência de clones de laranjeira 'Pêra' e variedades afins à mancha preta dos citros
title_fullStr Resistência de clones de laranjeira 'Pêra' e variedades afins à mancha preta dos citros
title_full_unstemmed Resistência de clones de laranjeira 'Pêra' e variedades afins à mancha preta dos citros
title_sort Resistência de clones de laranjeira 'Pêra' e variedades afins à mancha preta dos citros
author Schinor, Evandro Henrique
author_facet Schinor, Evandro Henrique
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Mourao Filho, Francisco de Assis Alves
dc.contributor.author.fl_str_mv Schinor, Evandro Henrique
dc.subject.por.fl_str_mv CLONES
FUNGOS FITOPATOGÊNICOS
LARANJA PERA
MANCHA-PRETA-DOS-CITROS
RESISTÊNCIA
VARIEDADES VEGETAIS
topic CLONES
FUNGOS FITOPATOGÊNICOS
LARANJA PERA
MANCHA-PRETA-DOS-CITROS
RESISTÊNCIA
VARIEDADES VEGETAIS
description A Mancha Preta dos Citros ou Pinta Preta (MPC), causada pelo fungo Guignardia citricarpa, vem provocando graves e crescentes prejuízos econômicos à cultura, nos últimos 20 anos. O presente trabalho foi desenvolvido no Centro de Citricultura 'Sylvio Moreira' (CCSM) do Instituto Agronômico de Campinas, no município de Cordeirópolis-SP. Procurou-se detectar possíveis diferenças entre dez clones de laranjeira 'Pêra' (Citrus sinensis L. Osbeck) e cinco variedades afins, quanto à suscetibilidade à MPC. Os clones de 'Pêra' avaliados foram: Vimusa; EEL; GS 2000 (IAC 2000); Olímpia 15161; Bianchi; R. Gullo 1569/244; Dibbern C.V.; Premunizada 1743/82; e as variedades afins foram: Corsa Tardia, Lamb Summer, Ovale 968, Ovale San Lio 969, e Redonda C.N, enxertados em limoeiro 'Cravo', instalados desde 1980, no CCSM. Os trabalhos experimentais incluíram investigações sobre a avaliação e distribuição da severidade dos sintomas nas plantas; indução de estruturas 'in vitro', em folhas previamente autoclavadas; indução de estruturas reprodutivas do fungo em folhas maduras destacadas; e quantificação da densidade de colonização de G. citricarpa, através de isolamento. A comparação entre os diferentes clones também foi realizada através de estudos de correlação entre a severidade dos sintomas da doença e das variáveis ou dados biométricos, que seguem: queda de folhas, desenvolvimento vegetativo (porte) e penetração da luz no interior das plantas). Quanto aos frutos, a severidade foi correlacionada com: cor, formato, formas da base e do ápice, ângulo e achatamento, espessura do epicarpo, do mesocarpo e da casca e por fim com os dados de qualidade do suco (Brix, Acidez e Ratio). Não houve diferenças significativas entre os dez clones de laranjeira 'Pêra' e as cinco variedades afins quanto à quantificação da incidência e severidade da MPC no campo, e à densidade de colonização natural das folhas (isolados/cm2). A incidência e a severidade dos sintomas da doença são maiores na parte baixa das plantas, até 1 metro de altura, e menor acima de 2 metros, podendo-se salientar que há influência na infecção dos frutos pelos ascósporos (sexuais) e picnidiósporos (assexuais), através de respingos d'água. Ocorreu uma diferenciação entre as variedades quanto à capacidade reprodutiva de G. citricarpa em folhas mortas in vitro e quanto à indução de estruturas do fungo, através da porcentagem de área das folhas ocupadas por elas. Não houve correlação das características externas dos frutos como: coloração da casca, formato, forma da base, forma do ápice, ângulo e achatamento da região basal e espessura da casca, do mesocarpo e do epicarpo, com a severidade da doença. Não houve correlação das características internas dos frutos como: sólidos solúveis (ºBrix), acidez total, e relação sólidos solúveis: acidez (ratio), com severidade da doença. Portanto, a Mancha Preta dos Citros não interfere nas qualidades organolépticas dos frutos, e sim, no aspecto visual dos mesmos
publishDate 2001
dc.date.none.fl_str_mv 2001-10-15
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20190821-132315/
url http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20190821-132315/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815256522837458944