Fronteira de eficiência econômica em condições de risco: análise de sistemas de produção familiares da região Centro-Sul do Paraná
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20181127-160939/ |
Resumo: | É muito grande a diferença na renda recebida pelos produtores agropecuários no Brasil. Isto se observa mesmo quando se trata do universo da agricultura familiar. Na Região Sul, onde se desenvolveu este trabalho, 51,4 %dos agricultores familiares recebem renda anual inferior a R$ 3.000,00, enquanto 1,8 %têm renda superior a R$ 27.500,00. O presente trabalho foi conduzido no município de Boa Ventura de São Roque, na região Centro-Sul do Paraná. Para conhecer a diversidade dos sistemas de produção agropecuários praticados no município elaborou-se uma tipologia empregando-se a análise fatorial por componentes principais a uma amostra de 34 estabelecimentos agrícolas, que foi validada por agricultores e técnicos locais. A tipificação de produtores permitiu a descrição de quatro grupos de estabelecimentos na área de estudos e embasou a escolha de propriedades para análise do processo de tomada de decisão, em condições de risco, de dois tipos extremos de sistemas de produção (um minifundista e um grande produtor), ambos de natureza familiar e que, apesar da grande diferença de dotação de recursos produtivos, têm a soja como a principal atividade produtiva. A Programação Linear foi utilizada para modelar os sistemas de produção das unidades familiares consideradas na análise e o modelo MOTAD (Minimização do desvio absoluto total) foi empregado para a construção da fronteira eficiente, que representa o risco envolvido para a obtenção de determinados níveis de margem bruta. Contrariamente ao esperado, os resultados mostram que o pequeno produtor apresentou taxa de aversão ao risco menor que a do grande, dada a combinação de atividades de seu sistema atual de produção. Os resultados indicam que políticas públicas inerentes à melhoria da infraestrutura regional, assistência técnica, crédito rural, comercialização e geração de empregos são fundamentais para aumentar a rentabilidade das unidades produtoras familiares e possibilitar a permanência dos pequenos agricultores no meio rural. |
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