Capsaicina (Capsicum oleoresin) na dieta de vacas em lactação durante o verão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-25042022-113321/ |
Resumo: | A eficiência do uso da energia dos alimentos da dieta representa o maior desafio da bovinocultura de leite no Brasil e no mundo. O uso de aditivos naturais com intuito de aumentar a eficiência energética dos alimentos tem crescido nos sistemas de produção leiteira. Ainda, a inclusão de aditivos naturais na dieta de vacas em lactação pode aumentar o consumo de matéria seca e de água, melhorando consequentemente a produção de leite. O objetivo -se com esse estudo avaliar os efeitos de crescentes níveis de inclusão de Capsaicina (CAPCIN ®; NutriQuest ®, Campinas, Brasil) na dieta de vacas em lactação durante o período de verão, e seus efeitos sobre o consumo de matéria seca, produção e composição do leite, digestibilidade aparente total da matéria seca e nutrientes, balanço de nitrogênio, síntese de proteína microbiana, concentrações de glicose e ureia sanguíneos, índice de seleção, escore de condição corporal e parâmetros fisiológicos. Foram utilizadas 36 vacas da raça Holandesa em lactação sendo 9 primíparas e 27 multíparas, com 150 ± 102 dias em lactação (DEL), 660 ± 85,9 kg de peso corporal e produção de leite (PL) de 29 ± 5,8 kg/dia kg/dia. Os animais foram distribuídos em delineamento em blocos casualizados (12 blocos), de acordo com PL e DEL, e receberam aleatoriamente as seguintes dietas experimentais: 1) Controle, dieta composta por ração basal sem aditivos; 2) ração basal com adição de capsaicina ao concentrado (750 mg/vaca/dia); e 3) ração basal com adição de capsaicina ao concentrado (1500 mg/vaca/dia). As dietas foram formuladas conforme as recomendações do NRC (2001), com a proporção volumoso:concentrado de 48:52. As vacas receberam a dieta controle por duas semanas para adaptação e análise de covariável, antes de receber os tratamentos experimentais, que foram fornecidos por 9 semanas após esse período sendo as semanas 3, 6 e 9 destinadas as coletas de dados. Os dados foram analisados utilizando o PROC MIXED do SAS através de contrastes ortogonais, para avaliar o efeito da inclusão do aditivo e das diferentes doses testadas. Foram considerados efeitos fixos de tempo, tratamento e interação entre tratamento e tempo, e efeito aleatório de bloco. Foram considerados nível de significância de 5% e tendência de 5 a 10%. A suplementação com a capsaicina aumentou o consumo de matéria seca (P < 0,05), e houve tendência ao aumento de consumo de matéria seca nas vacas que receberam 1500 mg/vaca/dia (P = 0,058) em relação às vacas que foram suplementadas com a dose de 750 mg/vaca/dia. Além disso, foi observado tendência ao aumento da produção de leite (P = 0,081), aumento da produção de leite corrigida para 3,5% de gordura, produção de proteína, gordura e lactose (P < 0.05), em vacas suplementadas com capsaicina. A suplementação com a capsaicina também mostrou tendência ao aumento do teor de lactose (P = 0,083), e aumento significativo no teor de proteína (P <0.05) para vacas suplementadas com 1500 mg/vaca/dia. Portanto, a suplementação com a capsaicina em ambas as doses testadas aumentou o consumo de matéria seca e a produção de leite, além de aumentar o teor de proteína e lactose no leite. Além disso, nao afetou a digestibilidade da matéria seca, matéria orgânica, fibra em detergente neutro, extrato etéreo e proteína. Não foram observados efeitos para os parâmetros de ácido úrico, alantoína e derivados de purina, bem como para eficiência de síntese de proteína, balaço de nitrogênio e para os parâmetros térmicos para as vacas leiteiras, no entanto as vacas suplementadas com a capsaicina selecionaram menos partículas entre 8 4mm em relação ao grupo controle. Portanto, a inclusão de capsaicina na dieta de vacas em lactação durante o verão melhora o consumo de matéria seca e consequentemente a produção de leite, sendo assim recomendada a dose de 1500 mg/vaca/dia durante o verão. |
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Capsaicina (Capsicum oleoresin) na dieta de vacas em lactação durante o verãoCapsaicin (Capsicum oleoresin) in the diet of lactating cows during the summerCapcinCapcinEssential oilÓleo essencialPepperPimentaA eficiência do uso da energia dos alimentos da dieta representa o maior desafio da bovinocultura de leite no Brasil e no mundo. O uso de aditivos naturais com intuito de aumentar a eficiência energética dos alimentos tem crescido nos sistemas de produção leiteira. Ainda, a inclusão de aditivos naturais na dieta de vacas em lactação pode aumentar o consumo de matéria seca e de água, melhorando consequentemente a produção de leite. O objetivo -se com esse estudo avaliar os efeitos de crescentes níveis de inclusão de Capsaicina (CAPCIN ®; NutriQuest ®, Campinas, Brasil) na dieta de vacas em lactação durante o período de verão, e seus efeitos sobre o consumo de matéria seca, produção e composição do leite, digestibilidade aparente total da matéria seca e nutrientes, balanço de nitrogênio, síntese de proteína microbiana, concentrações de glicose e ureia sanguíneos, índice de seleção, escore de condição corporal e parâmetros fisiológicos. Foram utilizadas 36 vacas da raça Holandesa em lactação sendo 9 primíparas e 27 multíparas, com 150 ± 102 dias em lactação (DEL), 660 ± 85,9 kg de peso corporal e produção de leite (PL) de 29 ± 5,8 kg/dia kg/dia. Os animais foram distribuídos em delineamento em blocos casualizados (12 blocos), de acordo com PL e DEL, e receberam aleatoriamente as seguintes dietas experimentais: 1) Controle, dieta composta por ração basal sem aditivos; 2) ração basal com adição de capsaicina ao concentrado (750 mg/vaca/dia); e 3) ração basal com adição de capsaicina ao concentrado (1500 mg/vaca/dia). As dietas foram formuladas conforme as recomendações do NRC (2001), com a proporção volumoso:concentrado de 48:52. As vacas receberam a dieta controle por duas semanas para adaptação e análise de covariável, antes de receber os tratamentos experimentais, que foram fornecidos por 9 semanas após esse período sendo as semanas 3, 6 e 9 destinadas as coletas de dados. Os dados foram analisados utilizando o PROC MIXED do SAS através de contrastes ortogonais, para avaliar o efeito da inclusão do aditivo e das diferentes doses testadas. Foram considerados efeitos fixos de tempo, tratamento e interação entre tratamento e tempo, e efeito aleatório de bloco. Foram considerados nível de significância de 5% e tendência de 5 a 10%. A suplementação com a capsaicina aumentou o consumo de matéria seca (P < 0,05), e houve tendência ao aumento de consumo de matéria seca nas vacas que receberam 1500 mg/vaca/dia (P = 0,058) em relação às vacas que foram suplementadas com a dose de 750 mg/vaca/dia. Além disso, foi observado tendência ao aumento da produção de leite (P = 0,081), aumento da produção de leite corrigida para 3,5% de gordura, produção de proteína, gordura e lactose (P < 0.05), em vacas suplementadas com capsaicina. A suplementação com a capsaicina também mostrou tendência ao aumento do teor de lactose (P = 0,083), e aumento significativo no teor de proteína (P <0.05) para vacas suplementadas com 1500 mg/vaca/dia. Portanto, a suplementação com a capsaicina em ambas as doses testadas aumentou o consumo de matéria seca e a produção de leite, além de aumentar o teor de proteína e lactose no leite. Além disso, nao afetou a digestibilidade da matéria seca, matéria orgânica, fibra em detergente neutro, extrato etéreo e proteína. Não foram observados efeitos para os parâmetros de ácido úrico, alantoína e derivados de purina, bem como para eficiência de síntese de proteína, balaço de nitrogênio e para os parâmetros térmicos para as vacas leiteiras, no entanto as vacas suplementadas com a capsaicina selecionaram menos partículas entre 8 4mm em relação ao grupo controle. Portanto, a inclusão de capsaicina na dieta de vacas em lactação durante o verão melhora o consumo de matéria seca e consequentemente a produção de leite, sendo assim recomendada a dose de 1500 mg/vaca/dia durante o verão.The efficient use of energy from food in the diet represents the biggest challenge for dairy cattle in Brazil and in the world. The use of natural additives with the efficiency of smart feeds has a purpose in production systems Furthermore, the addition of natural additives in the diet of lactating cows can increase the consumption of dry matter and water, complementing the addition of raw material to the diet. milk production. The objective was to evaluate the effects of increasing levels of capsaicin inclusion (CAPCIN®; Campinas, Brazil) in the lactation holiday diet during the summer period, and its effects on dry matter intake, milk production and composition, digestibility total apparent dry matter e, protein balance, protein synthesis, body glucose, protein and blood urea index, condition score and physiological parameters. There were 36 lactating Holstein cows, 9 primiparous and 27 multiparous, with 150 ± 102 days in lactation (DEL), 660 ± 85.9 kg of body weight and milk production (PL) of 29 ± 5.8 kg / day kg/day. The animals were distributed in a randomized design (12 blocks), according to PL and DEL, and received randomly as the following experimental diets: 1) Control, diet composed of basal ration without additives; 2) basal ration with addition of capsaicin to the concentrate (750 mg/cow/day); and 3) basal ration with addition of capsaicin to the concentrate (1500 mg/cow/day). As the diets were formulated according to the NRC (2001), with concentrated roughage ratio: 48:52. As the vacancies received a diet control for two weeks for adaptation and covariate, before analyzes of experimental treatments, which were provided for weeks after this period, with the 3, 6 and 9 weeks being useful as data collections. Data were analyzed using the SAS PROC MIXED through orthogonal contrasts, to assess the effect of additive inclusion and the different doses tested. There were fixed effects of time, considered treatment and interaction between treatment and time, and random block effect. A significance level of 5% and a trend of 5 to 10% were evaluated. Capsaicin supplementation increased dry matter intake (P<0.05), and there was a tendency to increase dry matter intake in cows that received 1500 mg/cow/day (P = 0.058) in relation to vacancies. which were supplemented at a dose of 750 mg/cow/day. In addition, there was a trend towards an increase in milk production (P = 0.081), an increase in milk production to correct 3.5% of fat, production of protein, fat and lactose (P<0.05), in cows supplemented with capsaicin. Capsaicin supplementation also tended to increase lactose content (P = 0.083), and increase protein content (P<0.05) for holidays supplemented with 1.5 g/cow/day. Therefore, supplementation with a milk capsule at both doses tested increased the consumption of milk production, in addition to increasing the lactose-free protein and lactose content. Furthermore, it does not affect the digestibility of dry matter, organic matter, neutral detergent fiber, ether extract and protein. No effects were observed for the parameters of acids, allantoin and results, as well as for efficiency of protein synthesis, thermal parameters for as cows of cows, however as cows supplemented with less particles between 8 4mm in relation to the control group. Therefore, an inclusion of capsaicin in the diet of lactating cows during the summer improves the dry matter intake and consequently the milk production, therefore, a dose of 1500 mg/cow/day during the summer is recommended.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRennó, Francisco PalmaJúnior, Paulo Cesar Vittorazzi2022-02-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-25042022-113321/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-06-22T17:39:07Zoai:teses.usp.br:tde-25042022-113321Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-06-22T17:39:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A eficiência do uso da energia dos alimentos da dieta representa o maior desafio da bovinocultura de leite no Brasil e no mundo. O uso de aditivos naturais com intuito de aumentar a eficiência energética dos alimentos tem crescido nos sistemas de produção leiteira. Ainda, a inclusão de aditivos naturais na dieta de vacas em lactação pode aumentar o consumo de matéria seca e de água, melhorando consequentemente a produção de leite. O objetivo -se com esse estudo avaliar os efeitos de crescentes níveis de inclusão de Capsaicina (CAPCIN ®; NutriQuest ®, Campinas, Brasil) na dieta de vacas em lactação durante o período de verão, e seus efeitos sobre o consumo de matéria seca, produção e composição do leite, digestibilidade aparente total da matéria seca e nutrientes, balanço de nitrogênio, síntese de proteína microbiana, concentrações de glicose e ureia sanguíneos, índice de seleção, escore de condição corporal e parâmetros fisiológicos. Foram utilizadas 36 vacas da raça Holandesa em lactação sendo 9 primíparas e 27 multíparas, com 150 ± 102 dias em lactação (DEL), 660 ± 85,9 kg de peso corporal e produção de leite (PL) de 29 ± 5,8 kg/dia kg/dia. Os animais foram distribuídos em delineamento em blocos casualizados (12 blocos), de acordo com PL e DEL, e receberam aleatoriamente as seguintes dietas experimentais: 1) Controle, dieta composta por ração basal sem aditivos; 2) ração basal com adição de capsaicina ao concentrado (750 mg/vaca/dia); e 3) ração basal com adição de capsaicina ao concentrado (1500 mg/vaca/dia). As dietas foram formuladas conforme as recomendações do NRC (2001), com a proporção volumoso:concentrado de 48:52. As vacas receberam a dieta controle por duas semanas para adaptação e análise de covariável, antes de receber os tratamentos experimentais, que foram fornecidos por 9 semanas após esse período sendo as semanas 3, 6 e 9 destinadas as coletas de dados. Os dados foram analisados utilizando o PROC MIXED do SAS através de contrastes ortogonais, para avaliar o efeito da inclusão do aditivo e das diferentes doses testadas. Foram considerados efeitos fixos de tempo, tratamento e interação entre tratamento e tempo, e efeito aleatório de bloco. Foram considerados nível de significância de 5% e tendência de 5 a 10%. A suplementação com a capsaicina aumentou o consumo de matéria seca (P < 0,05), e houve tendência ao aumento de consumo de matéria seca nas vacas que receberam 1500 mg/vaca/dia (P = 0,058) em relação às vacas que foram suplementadas com a dose de 750 mg/vaca/dia. Além disso, foi observado tendência ao aumento da produção de leite (P = 0,081), aumento da produção de leite corrigida para 3,5% de gordura, produção de proteína, gordura e lactose (P < 0.05), em vacas suplementadas com capsaicina. A suplementação com a capsaicina também mostrou tendência ao aumento do teor de lactose (P = 0,083), e aumento significativo no teor de proteína (P <0.05) para vacas suplementadas com 1500 mg/vaca/dia. Portanto, a suplementação com a capsaicina em ambas as doses testadas aumentou o consumo de matéria seca e a produção de leite, além de aumentar o teor de proteína e lactose no leite. Além disso, nao afetou a digestibilidade da matéria seca, matéria orgânica, fibra em detergente neutro, extrato etéreo e proteína. Não foram observados efeitos para os parâmetros de ácido úrico, alantoína e derivados de purina, bem como para eficiência de síntese de proteína, balaço de nitrogênio e para os parâmetros térmicos para as vacas leiteiras, no entanto as vacas suplementadas com a capsaicina selecionaram menos partículas entre 8 4mm em relação ao grupo controle. Portanto, a inclusão de capsaicina na dieta de vacas em lactação durante o verão melhora o consumo de matéria seca e consequentemente a produção de leite, sendo assim recomendada a dose de 1500 mg/vaca/dia durante o verão. |
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