Intervalo de tempo decorrido para alteração da cor da estrutura dental quando submetida à desidratação e reidratação em duas faixas etárias

• Autor(a) principal: Rodrigues, Juliana Pereira
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23134/tde-20122021-172116/
• topic: Alteração de cor; Color change; Cor dental; Dental Aging; Dental color; Desidratação; Envelhecimento dental; Reidratação; Teeth Dehydration; Teeth Rehydration

O prolongado tempo para a seleção da cor e o uso de isolamento do campo operatório, seja ele absoluto ou relativo, provocam a desidratação da estrutura dental. A desidratação acarreta alterações das propriedades ópticas do dente, dando uma aparência esbranquiçada a ele decorrente da mudança no índice de refração da luz incidente no esmalte. O tempo de desidratação e reidratação da estrutura dental é pouco conhecido, mas pode levar a erros durante a seleção da cor. O envelhecimento da estrutura dental causa diversas alterações fisiológicas como desgaste do esmalte e aumento da espessura da dentina e esses fatores podem interferir no intervalo de tempo necessário para que ocorra a desidratação, quando comparado com os dentes jovens. O objetivo deste estudo foi determinar clinicamente o intervalo de tempo decorrido para que ocorra alteração de cor perceptível e aceitável dos dentes em duas faixas etárias quando submetidos à desidratação e reidratação. Foram selecionados 24 pacientes, divididos em dois grupos experimentais (n=12): J (18-30 anos) e A (50-65 anos). Foi selecionado um incisivo central hígido de cada paciente e foi confeccionado um guia de posicionamento transparente individualizado, de 2 mm de espessura com uma perfuração no 1/3 médio do dente, correspondente ao tamanho do diâmetro da ponta do aparelho de leitura. O dente de cada paciente foi mantido com isolamento relativo para desidratar durante 15 min e foram realizadas medições de cor nos tempos 0; 2; 3; 5; 7; 10 e 15 min. Em sequência, foram reidratados por 5 min, antes da primeira leitura, e mantidos reidratados por mais 30 min. Foram realizadas medições de cor nos tempos 20; 22; 23; 25; 27; 30; 35; 40; 45; 50 min. O espectrofotômetro Easyshade V (VITA) foi usado para as medições com a guia sempre em posição. Os dados L* a* b* coletados durante as leituras foram utilizados para calcular o E00. Foram aplicados testes estatísticos aos dados de E00 e L* a* b* obtidos durante os intervalos de tempo e entre a comparação entre os grupos J e A na desidratação e reidratação. Os resultados mostraram alteração de cor perceptível em 2 min (E00=1,2) para o grupo J e 3 min (E00=0,8) para o grupo A. A alteração de cor foi considerada inaceitável para o grupo J (E00=1,8) após 7 min e o grupo A não apresentou alteração de cor inaceitável durante os 15 min de desidratação. Para a desidratação o grupo J obteve média (E00= 1,4) maior que a média do grupo A (E00= 1,0) (p<0,05). Os grupos J e A não apresentaram diferença significante (p<0,05) durante a reidratação para o fator tempo e para o fator idade. Quanto às coordenadas de L* a* b* observou-se que L*: J > A, a*: J < A, b*: J < A, tanto para desidratação como para reidratação. Conclui-se que o grupo J apresentou, após a desidratação, alteração de cor perceptível em 2 min e inaceitável em 7 min; o grupo A apresentou alteração de cor perceptível após 3 min e não apresentou alteração de cor inaceitável durante os 15 min de desidratação. Durante a reidratação, os grupos J e A apresentaram alteração de cor perceptível em todos os intervalos de tempo durante os 30 min experimentais e ambas as faixas etárias não apresentaram alteração de cor inaceitável.