Intervenção educativa para o autocuidado de adultos com insuficiência cardíaca: estudo piloto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-01032021-113004/ |
Resumo: | Introdução: a insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome que afeta número crescente de indivíduos em todo o mundo e tem desfechos ruins que podem ser limitados com autocuidado adequado. Objetivos: este estudo teve como objetivos desenvolver uma intervenção educativa para o autocuidado na IC e avaliar a aceitabilidade, a viabilidade e o potencial de efeito da intervenção desenvolvida no conhecimento e autocuidado na IC , na frequência de uso não planejado dos serviços de saúde em pessoas com IC e hospitalização relacionada à IC. Método: a intervenção foi delineada com base no referencial metodológico de Sidani e Braden, (2011), na teoria da situação específica do autocuidado da IC e na terminologia da classificação das intervenções de enfermagem. Ensaio clínico randomizado paralelo foi realizado para avaliar a intervenção. A amostra foi constituída por 30 pacientes em tratamento ambulatorial por IC (sexo masculino= 53,3%, idade média= 69,9 anos; etnia parda= 40% tempo médio de estudo=7,5 anos; CF-NYHA III-IV=53,3%; FEVE média=36,4%; cardiomiopatia como etiologia=33,3%; tempo médio de experiência com a IC=110,5 meses). Os participantes foram aleatorizados para o grupo experimental (n=15), que recebeu a intervenção junto com o tratamento usual, e, para o grupo controle (n=15), que recebeu o tratamento usual. O grupo que recebeu a intervenção compôs a amostra para a avaliação da aceitabilidade e da viabilidade da intervenção, realizada por abordagem qualitativa. Resultados: foi desenvolvido o Programa de Ensino do Autocuidado na IC (PEAC-IC) destinado a pessoas com IC em acompanhamento ambulatorial, realizado em uma sessão presencial (face-a-face) e cinco sessões semanais por telefone, com foco na promoção do autocuidado. O PEAC-IC teve resultados satisfatórios de de viabilidade: taxa de recrutamento de 62,5%; taxa de retenção 90% e taxa de atrito de 11%, com boa aceitabilidade. No geral a frequência de adesão ao programa foi de 71,7%. A intervenção mostrou bons resultados preliminares de eficácia, com os seguintes tamanhos de efeitos (f-Cohen): autocuidado de manutenção (f=0,55); autocuidado de gerenciamento (f=1,01) e na confiança no autocuidado (f=0,42). O efeito sobre o conhecimento na IC foi ínfimo (f=0,02). Durante o período de acompanhamento do PEAC-IC, a busca por atendimento médico de urgência foi mais frequente no GC (21,4%), por descompensação clínica da IC, em comparação ao GI (15,4%) por causas não relacionadas à IC. Internação hospitalar foi presente apenas no GC (n=1), por descompensação clínica da IC. Conclusão: este estudo piloto disponibiliza uma intervenção educativa para o autocuidado na IC, com evidências de viabilidade, de aceitabilidade e potencialidade de eficácia para melhorar o autocuidado na IC. |
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Intervenção educativa para o autocuidado de adultos com insuficiência cardíaca: estudo pilotoEducational intervention for self-care of adults with heart failure: pilot studyAutocuidadoEnfermagemHeart FailureInsuficiência CardíacaNursingSelf-careIntrodução: a insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome que afeta número crescente de indivíduos em todo o mundo e tem desfechos ruins que podem ser limitados com autocuidado adequado. Objetivos: este estudo teve como objetivos desenvolver uma intervenção educativa para o autocuidado na IC e avaliar a aceitabilidade, a viabilidade e o potencial de efeito da intervenção desenvolvida no conhecimento e autocuidado na IC , na frequência de uso não planejado dos serviços de saúde em pessoas com IC e hospitalização relacionada à IC. Método: a intervenção foi delineada com base no referencial metodológico de Sidani e Braden, (2011), na teoria da situação específica do autocuidado da IC e na terminologia da classificação das intervenções de enfermagem. Ensaio clínico randomizado paralelo foi realizado para avaliar a intervenção. A amostra foi constituída por 30 pacientes em tratamento ambulatorial por IC (sexo masculino= 53,3%, idade média= 69,9 anos; etnia parda= 40% tempo médio de estudo=7,5 anos; CF-NYHA III-IV=53,3%; FEVE média=36,4%; cardiomiopatia como etiologia=33,3%; tempo médio de experiência com a IC=110,5 meses). Os participantes foram aleatorizados para o grupo experimental (n=15), que recebeu a intervenção junto com o tratamento usual, e, para o grupo controle (n=15), que recebeu o tratamento usual. O grupo que recebeu a intervenção compôs a amostra para a avaliação da aceitabilidade e da viabilidade da intervenção, realizada por abordagem qualitativa. Resultados: foi desenvolvido o Programa de Ensino do Autocuidado na IC (PEAC-IC) destinado a pessoas com IC em acompanhamento ambulatorial, realizado em uma sessão presencial (face-a-face) e cinco sessões semanais por telefone, com foco na promoção do autocuidado. O PEAC-IC teve resultados satisfatórios de de viabilidade: taxa de recrutamento de 62,5%; taxa de retenção 90% e taxa de atrito de 11%, com boa aceitabilidade. No geral a frequência de adesão ao programa foi de 71,7%. A intervenção mostrou bons resultados preliminares de eficácia, com os seguintes tamanhos de efeitos (f-Cohen): autocuidado de manutenção (f=0,55); autocuidado de gerenciamento (f=1,01) e na confiança no autocuidado (f=0,42). O efeito sobre o conhecimento na IC foi ínfimo (f=0,02). Durante o período de acompanhamento do PEAC-IC, a busca por atendimento médico de urgência foi mais frequente no GC (21,4%), por descompensação clínica da IC, em comparação ao GI (15,4%) por causas não relacionadas à IC. Internação hospitalar foi presente apenas no GC (n=1), por descompensação clínica da IC. Conclusão: este estudo piloto disponibiliza uma intervenção educativa para o autocuidado na IC, com evidências de viabilidade, de aceitabilidade e potencialidade de eficácia para melhorar o autocuidado na IC.Introduction: Heart failure (HF) is a syndrome that affects an increasing number of individuals around the world and has adverse outcomes that can be limited by proper self-care. Objectives: The objectives of this study were to develop an educational intervention for self-care in HF, and to evaluate the acceptability, feasibility and potential effect of the intervention developed on the knowledge and self-care in HF, and the frequency of unplanned use of health services in people with HF and hospitalization for IC. Method: The intervention was designed based on Sidani and Braden\'s methodological framework, the situation-specific theory of HF self-care, and the terminology of the nursing interventions classification. A parallel randomized clinical trial was conducted to evaluate the intervention. The sample consisted of 30 patients in outpatient treatment for HF (male gender=53.3%, mean age=69.9 years; brown ethnicity=40% schooling=7.5 years; CF-NYHA III-IV=53.3%; mean LVEF=36.4%; cardiomyopathy as etiology=33.3%; mean time of experience with HF=110.5 months). Participants were randomized to the experimental group (n=15), which received the intervention along with the usual treatment, and to the control group (n=15), which received the usual treatment. The group that received the intervention composed the sample for the evaluation of the acceptability and feasibility of the intervention, performed by qualitative approach. Results: The Program for Teaching Self-Care in HF (PEAC-IC) was developed for people with HF in outpatient care, held in one presential (face-to-face) session and five weekly telephone sessions, focusing on the promotion of self-care. The PEAC-IC had good indicators of feasibility: recruitment rate of 62.5%; retention rate of 90% and attrition rate of 11%; and good indicators of acceptability, with a general frequency of adherence to the program of 71.7%. The intervention showed good preliminary efficacy results, with the following effect sizes (f-Cohen): self-care maintenance (f=0.55); self-care management (f=1.01) and confidence in self-care (f=0.42). The effect on knowledge in HF was negligible (f=0.02). During the follow-up period of the PEAC-IC, the search for emergency medical care was more frequent in the CG (21.4%), due to clinical decompensation of HF, compared to IG (15.4%) for causes unrelated to HF. Hospitalization was present only at the CG (n=1), due to clinical decompensation of HF. Conclusion: This pilot study provides an educational intervention for self-care in HF, with evidence of feasibility, acceptability and potential effectiveness for improving self-care in HF.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCruz, Dina de Almeida Lopes Monteiro daConceição, Ana Paula da2020-12-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-01032021-113004/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-04-12T20:04:02Zoai:teses.usp.br:tde-01032021-113004Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-04-12T20:04:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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