Aceitação de tecnologias por idosos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-27062013-145322/ |
Resumo: | Introdução: De acordo com o Censo de 2010 o Brasil possui uma população com cerca de 14 milhões de idosos, ou seja, 7,4% da população total. O aumento da expectativa de vida da população e o consequente aumento do número de idosos trazem à tona desafios a serem enfrentados no âmbito econômico, político, demográfico e social. Em contrapartida ao envelhecimento populacional tem-se o avanço tecnológico, o qual colocou a população idosa em situação de desvantagem, pois, suas experiências ao longo da vida foram moldadas por suas experiências anteriores em ambientes tecnológicos que diferem dos ambientes de hoje. Para compreender como a população idosa lida com os desafios da tecnologia e quais são as variáveis que influenciam no uso e na aceitação das mesmas é essencial que se leve em conta as características do idoso assim como das tecnologias. Objetivo: Analisar a aceitação de tecnologias por idosos e as variáveis que influenciam o uso, a aceitação e inserção destas no cotidiano. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo de caráter transversal, qualitativo-quantitativo e analítico. A amostra foi composta por 100 idosos com média de idade de 69,38 anos. A escolha de entrevistados foi aleatória. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCFMRP-USP. Os procedimentos de coleta de dados incluíram: 1) Questionário socioeconômico, 2) Escala de avaliação das Atividades Instrumentais da Vida Diária de Lawton e Brody, 3) Escala para avaliação das aceitação de tecnologias e 4) Questionário sobre os possíveis fatores que interferem no uso de aparelhos eletrônicos. Na análise de dados foi utilizado o método de estatística descritiva e para o cálculo estatístico utilizou-se o teste do 2, o teste exato do 2 e o coeficiente de correlação não linear de Spearman. Resultados e discussão: Dos participantes, 78% eram do gênero feminino, casados (44%), com Ensino Médio completo (59%), economicamente não ativos (aposentados ou do lar, 89%) e moradores da cidade de Ribeirão Preto (75%). Quanto à capacidade funcional, 56% dos idosos foram considerados independentes para a realização das atividades instrumentais de vida diária e 44% apresentaram dependência parcial. Quanto à aceitação de tecnologias, 96,97% relataram aceitar. Do total de idosos, 54% relataram que os aparelhos eletrônicos são complicados e difíceis de serem utilizados, 69% concordaram que as tecnologias não foram desenvolvidas com foco na população idosa, 64% relataram que o idioma dos aparelhos e dos manuais dificulta o uso. Porém, 89% reconheceram a importância das tecnologias, 91% reconheceram a utilidade e 87% relataram motivação para aprender a utilizar tecnologias. Conclusão: Fatores como medo, receio, motivação, gênero, características dos aparelhos e o reconhecimento dos benefícios, da utilidade e da importância das tecnologias apresentaram influenciam no uso e na aceitação de tecnologias, porém, variáveis como idade, renda, e nível de instrução educacional não apresentaram correlações significativas com a aceitação de tecnologias, não exercendo assim, influência sobre ela. |
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Aceitação de tecnologias por idososAcceptance of technologies by elderlyAcceptanceAceitaçãoElderlyIdosoTechnologyTecnologiaIntrodução: De acordo com o Censo de 2010 o Brasil possui uma população com cerca de 14 milhões de idosos, ou seja, 7,4% da população total. O aumento da expectativa de vida da população e o consequente aumento do número de idosos trazem à tona desafios a serem enfrentados no âmbito econômico, político, demográfico e social. Em contrapartida ao envelhecimento populacional tem-se o avanço tecnológico, o qual colocou a população idosa em situação de desvantagem, pois, suas experiências ao longo da vida foram moldadas por suas experiências anteriores em ambientes tecnológicos que diferem dos ambientes de hoje. Para compreender como a população idosa lida com os desafios da tecnologia e quais são as variáveis que influenciam no uso e na aceitação das mesmas é essencial que se leve em conta as características do idoso assim como das tecnologias. Objetivo: Analisar a aceitação de tecnologias por idosos e as variáveis que influenciam o uso, a aceitação e inserção destas no cotidiano. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo de caráter transversal, qualitativo-quantitativo e analítico. A amostra foi composta por 100 idosos com média de idade de 69,38 anos. A escolha de entrevistados foi aleatória. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCFMRP-USP. Os procedimentos de coleta de dados incluíram: 1) Questionário socioeconômico, 2) Escala de avaliação das Atividades Instrumentais da Vida Diária de Lawton e Brody, 3) Escala para avaliação das aceitação de tecnologias e 4) Questionário sobre os possíveis fatores que interferem no uso de aparelhos eletrônicos. Na análise de dados foi utilizado o método de estatística descritiva e para o cálculo estatístico utilizou-se o teste do 2, o teste exato do 2 e o coeficiente de correlação não linear de Spearman. Resultados e discussão: Dos participantes, 78% eram do gênero feminino, casados (44%), com Ensino Médio completo (59%), economicamente não ativos (aposentados ou do lar, 89%) e moradores da cidade de Ribeirão Preto (75%). Quanto à capacidade funcional, 56% dos idosos foram considerados independentes para a realização das atividades instrumentais de vida diária e 44% apresentaram dependência parcial. Quanto à aceitação de tecnologias, 96,97% relataram aceitar. Do total de idosos, 54% relataram que os aparelhos eletrônicos são complicados e difíceis de serem utilizados, 69% concordaram que as tecnologias não foram desenvolvidas com foco na população idosa, 64% relataram que o idioma dos aparelhos e dos manuais dificulta o uso. Porém, 89% reconheceram a importância das tecnologias, 91% reconheceram a utilidade e 87% relataram motivação para aprender a utilizar tecnologias. Conclusão: Fatores como medo, receio, motivação, gênero, características dos aparelhos e o reconhecimento dos benefícios, da utilidade e da importância das tecnologias apresentaram influenciam no uso e na aceitação de tecnologias, porém, variáveis como idade, renda, e nível de instrução educacional não apresentaram correlações significativas com a aceitação de tecnologias, não exercendo assim, influência sobre ela.Introduction: According to Censo 2010, Brazil has a population of about 14 million seniors, or 7.4% of the total population. The increased life expectancy of the population and the consequent increase in the number of elderly people bring up challenges to be faced in the economic, political, demographic and social scopes. In contrast to the aging population has technological advancement, which put the elderly at a disadvantage, because their experiences throughout life have been shaped by their previous experiences in technological environments that differ and many of today\'s environments. To understand how elderly people deal with the challenges of technology and what are the variables that influence the use and acceptance of the same is essential to take into account the characteristics of the elderly as well as technologies. Objectives: Analyze the acceptance of technologies by the elderly and the variables that influence the use and acceptance and inclusion of these in everyday life. Materials and Methods: This is a Cross-sectional, qualitative-quantitative and analytical study. The sample consisted of 100 elderlies with a mean age of 69,38 years. The choice of interviewees was random. The project was approved by the Ethics Committee of HCFMRP-USP. The procedures for data collection included: 1) Socioeconomic questionnaire, 2) Evaluation scale of Instrumental Activities of Daily Living of Lawton and Brody, 3) Scale to assess the attitudes of older people in relation to technology and 4) Questionnaire about the possible factors involved in the use of electronic devices. For statistical calculation was used the 2 test, the exact 2 and linear correlation coefficient of Spearman. Results and discussion: Of the participants, 78% were female, married (44%) with complete high school (59%), not economically active (retired or housewives, 89%) and residents of the city of Ribeirão Preto (75%). With regard to functional capacity, 56% of seniors were considered independent in the performance of instrumental activities of daily living and 44% had partial dependency. Regarding acceptance of technologies, 96,97% reported accept. Of the elderly, 54% reported that the electronics are complicated and difficult to use, 69% agreed that the technologies were not developed thinking in the elderly, 64% reported that the language of equipment and manuals difficult to use. Nevertheless, 89% recognize the importance of technology, 91% recognize the usefulness and 87% reported motivation to learn to use technology. Conclusion: Factors such as fear, apprehension, motivation, gender, device characteristics and recognition of the benefits, the usefulness and importance of technology presented influence in the acceptance and use of technology, however, variables such as age, income, and educational level showed no significant correlations with the acceptance of technologies, not exercising influence on it.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSantana, Carla da SilvaRaymundo, Taiuani Marquine2013-03-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-27062013-145322/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:36Zoai:teses.usp.br:tde-27062013-145322Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:36Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: De acordo com o Censo de 2010 o Brasil possui uma população com cerca de 14 milhões de idosos, ou seja, 7,4% da população total. O aumento da expectativa de vida da população e o consequente aumento do número de idosos trazem à tona desafios a serem enfrentados no âmbito econômico, político, demográfico e social. Em contrapartida ao envelhecimento populacional tem-se o avanço tecnológico, o qual colocou a população idosa em situação de desvantagem, pois, suas experiências ao longo da vida foram moldadas por suas experiências anteriores em ambientes tecnológicos que diferem dos ambientes de hoje. Para compreender como a população idosa lida com os desafios da tecnologia e quais são as variáveis que influenciam no uso e na aceitação das mesmas é essencial que se leve em conta as características do idoso assim como das tecnologias. Objetivo: Analisar a aceitação de tecnologias por idosos e as variáveis que influenciam o uso, a aceitação e inserção destas no cotidiano. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo de caráter transversal, qualitativo-quantitativo e analítico. A amostra foi composta por 100 idosos com média de idade de 69,38 anos. A escolha de entrevistados foi aleatória. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCFMRP-USP. Os procedimentos de coleta de dados incluíram: 1) Questionário socioeconômico, 2) Escala de avaliação das Atividades Instrumentais da Vida Diária de Lawton e Brody, 3) Escala para avaliação das aceitação de tecnologias e 4) Questionário sobre os possíveis fatores que interferem no uso de aparelhos eletrônicos. Na análise de dados foi utilizado o método de estatística descritiva e para o cálculo estatístico utilizou-se o teste do 2, o teste exato do 2 e o coeficiente de correlação não linear de Spearman. Resultados e discussão: Dos participantes, 78% eram do gênero feminino, casados (44%), com Ensino Médio completo (59%), economicamente não ativos (aposentados ou do lar, 89%) e moradores da cidade de Ribeirão Preto (75%). Quanto à capacidade funcional, 56% dos idosos foram considerados independentes para a realização das atividades instrumentais de vida diária e 44% apresentaram dependência parcial. Quanto à aceitação de tecnologias, 96,97% relataram aceitar. Do total de idosos, 54% relataram que os aparelhos eletrônicos são complicados e difíceis de serem utilizados, 69% concordaram que as tecnologias não foram desenvolvidas com foco na população idosa, 64% relataram que o idioma dos aparelhos e dos manuais dificulta o uso. Porém, 89% reconheceram a importância das tecnologias, 91% reconheceram a utilidade e 87% relataram motivação para aprender a utilizar tecnologias. Conclusão: Fatores como medo, receio, motivação, gênero, características dos aparelhos e o reconhecimento dos benefícios, da utilidade e da importância das tecnologias apresentaram influenciam no uso e na aceitação de tecnologias, porém, variáveis como idade, renda, e nível de instrução educacional não apresentaram correlações significativas com a aceitação de tecnologias, não exercendo assim, influência sobre ela. |
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