Gambiarração: poéticas em composição coreográfica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-30052017-142002/ |
Resumo: | A hipótese aqui construída é que a partir da noção de gambiarra, pode-se entender a gambiarração como um modo do corpo operar dispositivos para a composição em dança. Deste modo, se faz relevante pensar acerca das práticas cotidianas, vistas em Michel de Certeau como produções poéticas que desencadeiam formulações acerca das relações imanentes à produção de gambiarras, assim como possibilitam perceber uma potência para a criação de procedimentos e ações voltados à composição artística. No âmbito das composições coreográficas, o método de Composição em Tempo Real, em desenvolvimento pelo coreógrafo português João Fiadeiro desde o início da década de 1990, e o Modo Operativo AND, estruturado pela antropóloga Fernanda Eugénio, foram os responsáveis por partilharem sentidos que compõem com o tema gambiarra, contribuindo para a pesquisa em seu desdobramento teórico-prático. Assim, a noção de gambiarração surge como um estado-ação do e no corpo, percepções que são também modos de fazer ou de ser que operam à semelhança das gambiarras, a partir do improviso, da capacidade de agenciar ações em tempo real, de lidar com acidentes, com a instabilidade e precariedade e com a suficiência daquilo que há em determinada circunstância compositiva. Identificamos no pensamento de Baruch Spinoza e Gilles Deleuze (e Félix Guattari) modos de perceber afetos, corpo, experiência e composição, que fortalecem essa proposição artística. |
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