Gambiarração: poéticas em composição coreográfica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carolina Camargo de Nadai
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/T.27.2017.tde-30052017-142002
Resumo: A hipótese aqui construída é que a partir da noção de gambiarra, pode-se entender a gambiarração como um modo do corpo operar dispositivos para a composição em dança. Deste modo, se faz relevante pensar acerca das práticas cotidianas, vistas em Michel de Certeau como produções poéticas que desencadeiam formulações acerca das relações imanentes à produção de gambiarras, assim como possibilitam perceber uma potência para a criação de procedimentos e ações voltados à composição artística. No âmbito das composições coreográficas, o método de Composição em Tempo Real, em desenvolvimento pelo coreógrafo português João Fiadeiro desde o início da década de 1990, e o Modo Operativo AND, estruturado pela antropóloga Fernanda Eugénio, foram os responsáveis por partilharem sentidos que compõem com o tema gambiarra, contribuindo para a pesquisa em seu desdobramento teórico-prático. Assim, a noção de gambiarração surge como um estado-ação do e no corpo, percepções que são também modos de fazer ou de ser que operam à semelhança das gambiarras, a partir do improviso, da capacidade de agenciar ações em tempo real, de lidar com acidentes, com a instabilidade e precariedade e com a suficiência daquilo que há em determinada circunstância compositiva. Identificamos no pensamento de Baruch Spinoza e Gilles Deleuze (e Félix Guattari) modos de perceber afetos, corpo, experiência e composição, que fortalecem essa proposição artística.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis Gambiarração: poéticas em composição coreográfica - 2017-04-27Maria Helena Franco de Araujo BastosAndréia Vieira Abdelnur CamargoHelena Tânia KatzCecília Almeida SallesCarolina Camargo de NadaiUniversidade de São PauloArtes CênicasUSPBR Dança Dance Gambiarra Gambiarra Modo operativo Operating modes Performance Performance A hipótese aqui construída é que a partir da noção de gambiarra, pode-se entender a gambiarração como um modo do corpo operar dispositivos para a composição em dança. Deste modo, se faz relevante pensar acerca das práticas cotidianas, vistas em Michel de Certeau como produções poéticas que desencadeiam formulações acerca das relações imanentes à produção de gambiarras, assim como possibilitam perceber uma potência para a criação de procedimentos e ações voltados à composição artística. No âmbito das composições coreográficas, o método de Composição em Tempo Real, em desenvolvimento pelo coreógrafo português João Fiadeiro desde o início da década de 1990, e o Modo Operativo AND, estruturado pela antropóloga Fernanda Eugénio, foram os responsáveis por partilharem sentidos que compõem com o tema gambiarra, contribuindo para a pesquisa em seu desdobramento teórico-prático. Assim, a noção de gambiarração surge como um estado-ação do e no corpo, percepções que são também modos de fazer ou de ser que operam à semelhança das gambiarras, a partir do improviso, da capacidade de agenciar ações em tempo real, de lidar com acidentes, com a instabilidade e precariedade e com a suficiência daquilo que há em determinada circunstância compositiva. Identificamos no pensamento de Baruch Spinoza e Gilles Deleuze (e Félix Guattari) modos de perceber afetos, corpo, experiência e composição, que fortalecem essa proposição artística. The hypothesis here constructed is that from the notion of gambiarra, gambiarração can be understood as a way for the body to operate devices for dance composition. In this way, it becomes relevant to think about the daily practices, seen in Michel de Certeau as poetic productions that trigger formulations about the immanent relations to the production of gambiarras, as well as make possible to perceive a power for the creation of procedures and actions directed to the artistic composition. Within the framework of choreographic compositions, the Real Time Composition method, developed by the portuguese choreographer João Fiadeiro since the beginning of the 1990s, and the AND Operational Mode, structured by the anthropologist Fernanda Eugénio, were responsible for sharing senses that compose with The subject gambiarra, contributing to the research in its theoretical-practical unfolding. Thus, the notion of gambiarração appears as a state of action of and in the body, perceptions that are also ways of doing or of being that operate in the likeness of gambiarras, from the improvisation, the ability to act actions in real time, to deal With accidents, with instability and precariousness and with the sufficiency of what there is in a certain compositional circumstance. We have identified in the thinking of Baruch Spinoza and Gilles Deleuze (and Félix Guattari) ways of perceiving affection, body, experience and composition, which strengthen this artistic proposition. https://doi.org/10.11606/T.27.2017.tde-30052017-142002info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T20:26:17Zoai:teses.usp.br:tde-30052017-142002Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T13:31:52.466063Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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