Amor: entre liberdade e angústia em Heidegger e Sartre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Alex Antonio Rosa
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-05102022-190907/
Resumo: O objetivo desta dissertação é apresentar as concepções filosóficas de Martin Heidegger e JeanPaul Sartre a respeito do amor. Ambos os pensadores legaram valiosos ensinamentos no que concerte ao tema, muito embora nenhum deles tenha escrito um grande texto de sistematização sobre o amor. Assim, visa-se, ao mesmo tempo, sistematizar os pensamentos de Heidegger e Sartre no que tange ao amor e buscar, a partir deles, entender esse fenômeno. Como ambos partem de uma consideração semelhante a respeito do sentido de ser humano, o qual é pensado existencialmente como livre e, portanto, desprovido de natureza e essência, a pesquisa busca evidenciar como o amor dialoga com a liberdade própria à existência em cada um dos pensadores. Heidegger, nesse sentido, apresenta um pensamento mais coeso ao longo de seus textos, não obstante mais fragmentário; Sartre, por seu lado, escreveu textos que levam em conta variados aspectos do amor, de modo que ora se aproxima, ora se distancia do alemão. No começo de suas obras, os filósofos partem da concepção husserliana de intencionalidade para a caracterização do amor, o que se mostra como um solo comum. Heidegger logo se distancia do mestre, e Sartre se mantém fiel. Para ambos, o amor, sendo uma intencionalidade própria a uma consciência livre, deve se haver com a angústia, afetividade fundamental para nossos pensadores, que revela a completa falta de atributos categoriais da consciência. Heidegger é claro em afirmar que o amor abre espaço à angústia e com ela convive, enquanto Sartre pondera que o é uma forma de suportar e fugir dessa afetividade reveladora da indeterminação ontológica
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