Estudo da produtividade e do valor nutritivo do capim elefante [Pennisetum purpureum, Schum], variedade Napier submetido a diferentes freqüências e alturas de corte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Corsi, Moacyr
Data de Publicação: 1972
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20231122-093134/
Resumo: O presente trabalho, através de diferentes frequências e alturas do corte, visou a obtenção de informações sobre qualidade, densidade e alongamento de perfilhos basais e laterais, do capim elefante (Pennisetum purpureum, Schum.) var. Napier, após o corte, além de estudar a manutenção e recuperação do seu "stand". A área experimental foi uma capineira de capim elefante estabelecida há dois anos, plantada com colmos inteiros deitados em sulcos espaçados de 1 metro. Nenhuma adubação e nenhum replante foram feitos na formação da capineira e durante a condução do trabalho. O solo do local do experimento era um latossol da série "Luiz de Queiroz", conhecido também como "terra roxa estruturada". O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com parcelas sub-divididas no tempo. As parcelas eram representadas pelos tratamentos, e as sub-parcelas pelos cortes. Os tratamentos, repetidos quatro vozes em igual número de blocos, foram constituídos de duas frequências (45 e 90 dias) e três alturas de corte (baixa 0 - 5 cm, média 15 - 20 cm e alta 30 - 35 cm). Cada tratamento ocupava uma parcela de 5 x 4 m, com área experimental útil de 6 m2, excluindo-se as bordaduras. A determinação da densidade de perfilhos laterais e basais se fez sempre no mesmo local, em duas secções de 1 m cada uma, as quais haviam sido previamente marcadas com estacas. Os cortes na parcela toda foram feitos a mão. Observou-se que na estação quente e úmida (outubro-abril) de 180 dias a altura de corte não alterou a produção de matéria seca dentro da frequência de 45 e 90 dias. A altura de corte afetou a distribuição e qualidade da matéria seca produzida somente sob os cortes com frequência de 90 dias. Entretanto, sob as alturas de corte média (15 - 20 cm) e alta (30 - 35 cm) esses efeitos foram semelhantes, mas superiores aos do corte baixo (0 - 5 cm). A presença do meristema apical diminuiu a densidade de perfilhos e a eliminação desse meristema através da variação da altura de corte provocou diferenças na densidade dos perfilhos basais e laterais. Cortes mais altos estimularam o crescimento de perfilhos laterais, em detrimento do crescimento do perfilhos basais. Devido ao alongamento mais precoce dos perfilhas basais em relação ao dos laterais, há necessidade de se controlar com mais cuidado a frequência de corte a as condições de crescimento na rebrota, principalmente quando o corte é baixo, nenhuma área foliar ou haste e deixada após o corte. A digestibilidade da matéria seca e o teor de proteína foram negativamente correlacionados com a densidade de perfilhos basais, não houve qualquer relação entre densidade de perfilhos laterais e qualidade da forragem produzida. O "stand" parece ter sido mais facilmente mantido com cortes altos por causa do sombreamento rápido do solo a partir da área foliar que restou após o corte e da recuperação rápida dos perfilhos não decapitados, principalmente, os laterais.
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O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com parcelas sub-divididas no tempo. As parcelas eram representadas pelos tratamentos, e as sub-parcelas pelos cortes. Os tratamentos, repetidos quatro vozes em igual número de blocos, foram constituídos de duas frequências (45 e 90 dias) e três alturas de corte (baixa 0 - 5 cm, média 15 - 20 cm e alta 30 - 35 cm). Cada tratamento ocupava uma parcela de 5 x 4 m, com área experimental útil de 6 m2, excluindo-se as bordaduras. A determinação da densidade de perfilhos laterais e basais se fez sempre no mesmo local, em duas secções de 1 m cada uma, as quais haviam sido previamente marcadas com estacas. Os cortes na parcela toda foram feitos a mão. Observou-se que na estação quente e úmida (outubro-abril) de 180 dias a altura de corte não alterou a produção de matéria seca dentro da frequência de 45 e 90 dias. A altura de corte afetou a distribuição e qualidade da matéria seca produzida somente sob os cortes com frequência de 90 dias. Entretanto, sob as alturas de corte média (15 - 20 cm) e alta (30 - 35 cm) esses efeitos foram semelhantes, mas superiores aos do corte baixo (0 - 5 cm). A presença do meristema apical diminuiu a densidade de perfilhos e a eliminação desse meristema através da variação da altura de corte provocou diferenças na densidade dos perfilhos basais e laterais. Cortes mais altos estimularam o crescimento de perfilhos laterais, em detrimento do crescimento do perfilhos basais. Devido ao alongamento mais precoce dos perfilhas basais em relação ao dos laterais, há necessidade de se controlar com mais cuidado a frequência de corte a as condições de crescimento na rebrota, principalmente quando o corte é baixo, nenhuma área foliar ou haste e deixada após o corte. A digestibilidade da matéria seca e o teor de proteína foram negativamente correlacionados com a densidade de perfilhos basais, não houve qualquer relação entre densidade de perfilhos laterais e qualidade da forragem produzida. O "stand" parece ter sido mais facilmente mantido com cortes altos por causa do sombreamento rápido do solo a partir da área foliar que restou após o corte e da recuperação rápida dos perfilhos não decapitados, principalmente, os laterais.A field study was conducted at Animal Science Department ESALQ, Piracicaba, on a two years old established napiergrass (Pennisetum purpureum, Schum.) for green chopping. The napiergrass was planted using whole stalks laying in 1 m spaced rows. There was no replant or fertilization during or before the experimental trial. It was used a randomized block design with split plot in time. The main plot was represented by the treatment, and the sub-plot by the cuttings. The treatment was replicated four times in equal number of blocks and were represented by two frequencies (45 and 90 days) and three height of cutting (low 0 - 5 cm, medium 15 - 20 cm and high 30 - 35 cm). The field plots were 5 x 4 m in size, but the experimental area was reduced to 6 m2 because of the border lines. The stand density for primary and secondary tillers was determined after each at the same place in a two one meter sections. The experimental trial lasted for the whole growing season, i.e., October - April, a total of 180 days. The harvests were hand made. There was no effect of cutting height on dry matter yield of napiergrass at the frequency of 45 or 90 days. However, the cutting height affected the distribution of the dry matter production an dry matter quality, when, the cutting frequency was 90 days. A better distribution of the dry matter production and quality was observed with medium (15 - 20 cm) and high (30 - 35 cm) than with low cutting height (0 - 5 cm) at the frequency of 90 days. The primary tillers presented an earlier stem elongation than secondary tillers, thus cutting eliminated more apical meristem from primary than from secondary tillers under medium and high cutting height. The apical meristem reduced tillers number either by apical, dominance or by light competition. The tiller density increased when apical meristem was eliminated and depending on cutting height more primary tillers were obtained with medium (15 - 20 cm) and high (30 - 35 cm) cutting height. Cutting height greater than 15 cm inhibited primary tillers development. At low cutting height (0 - 5 cm) only primary tillers were obtained. The dry matter digestibility and protein content of napiergrass harvested at 45 and 90 days cutting frequency was negatively correlated with density of primary tillers. Apparently more conditions for the maintenance of a productive stand of napiergrass for long time arise when a high compared to a low cutting hight is used for harvesting.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFurlan, Rubens da SilvaCorsi, Moacyr1972-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20231122-093134/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-07T14:00:57Zoai:teses.usp.br:tde-20231122-093134Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-07T14:00:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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