Não é só um emoji: representações visuais de gênero em signos de mensageiros instantâneos entre 1996 e 2018

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Klafke, Raquel Forma
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16140/tde-27112019-115404/
Resumo: Este projeto é uma investigação das estratégias de representação gráfica de gênero em emojis - símbolos pictográficos inseridos em textos que ampliam as possibilidades semânticas da comunicação digital. Os objetivos da pesquisa são [1] fazer um resgate visual de emojis a partir de sua trajetória histórica e [2] estudá-los com um esquema de análise próprio, identificando as principais práticas de generificação nesses signos. O esquema é dividido em duas etapas: descritiva, com critérios (ponto, linha, plano, volume, cor) e parâmetros (perceptivos, técnico-formais, estético-formais, sistêmicos) definidos a partir de teorias do design visual; e interpretativa, relacionando elementos gráficos com estudos de gênero. Essa pesquisa de natureza qualitativa tem como método a leitura bibliográfica de autores notáveis de estudos de gênero e teóricos do design visual, sendo a aplicação do esquema de análise ao objeto de estudo, bem como a geração de hipóteses e reflexões, o resultado final. A coleta de imagens foi feita em sites e aplicações, levando em consideração os principais mensageiros instantâneos entre 1996, lançamento do primeiro mensageiro instantâneo no mercado, e 2018. A análise nos leva a quatro pontos principais de reflexão: [1] a importância de grandes corporações enquanto agentes criadores de cultura visual (emojis), [2] o desafio em se rever constantemente o que é universalidade no contexto de gênero e emojis, [3] a carência de alternativas a um modelo binário feminino/masculino de representação e [4] a presença de fatores biológicos e culturais como demarcadores de gênero na imagem. Concluímos que o design visual tem potencial de apontar novas possibilidades gráficas para a construção de um repertório mais representativo de gênero e criar ferramentas que dotem usuários com a autonomia necessária para desenvolverem suas próprias linguagens, estabelecendo um equilíbrio entre proposições de cima para baixo (empresas a usuários) e de baixo para cima (usuários e empresas). Espera-se, por fim, destacar a importância do design visual como agente ativo na construção e uso dos meios de comunicação; não apenas refletindo-os, mas apontando para caminhos alternativos de representação de identidades de gênero.
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Essa pesquisa de natureza qualitativa tem como método a leitura bibliográfica de autores notáveis de estudos de gênero e teóricos do design visual, sendo a aplicação do esquema de análise ao objeto de estudo, bem como a geração de hipóteses e reflexões, o resultado final. A coleta de imagens foi feita em sites e aplicações, levando em consideração os principais mensageiros instantâneos entre 1996, lançamento do primeiro mensageiro instantâneo no mercado, e 2018. A análise nos leva a quatro pontos principais de reflexão: [1] a importância de grandes corporações enquanto agentes criadores de cultura visual (emojis), [2] o desafio em se rever constantemente o que é universalidade no contexto de gênero e emojis, [3] a carência de alternativas a um modelo binário feminino/masculino de representação e [4] a presença de fatores biológicos e culturais como demarcadores de gênero na imagem. Concluímos que o design visual tem potencial de apontar novas possibilidades gráficas para a construção de um repertório mais representativo de gênero e criar ferramentas que dotem usuários com a autonomia necessária para desenvolverem suas próprias linguagens, estabelecendo um equilíbrio entre proposições de cima para baixo (empresas a usuários) e de baixo para cima (usuários e empresas). Espera-se, por fim, destacar a importância do design visual como agente ativo na construção e uso dos meios de comunicação; não apenas refletindo-os, mas apontando para caminhos alternativos de representação de identidades de gênero.This research investigates common practices in the depiction of gender in emojis - pictograms inserted as text to broaden the semantic possibilities of digital communication. The research\'s objectives are [1] to study emoji from a historical perspective and [2] to examine them with a specific analysis scheme, identifying how these signs are gendered. The scheme is divided into two phases: descriptive, with criteria (point, line, plan, volume, color) and parameters (perceptual, technical, aesthetic, systemic) based on theories from visual design; and interpretative, relating graphic elements to gender studies. This qualitative research approaches the issue through bibliographical reading of gender studies\' notable authors and visual design theorists, having the emoji examination by the analysis scheme and the generated hypotheses and reflections as its final results. The images were collected in websites and applications, taking into account the major instant messengers between 1996, release of the first instant messenger in the market, and 2018. The analysis leads us to four main points of reflection: [1] the importance of large corporations as creative agents of visual culture (emojis), [2] the challenge to constantly review what is universal in the context of gender and emoji, [3] the lack of alternatives to a feminine/masculine binary representation model and [4] the presence of biological and cultural factors as gendering traits in images. We concluded that visual design has the potential to point out new graphic possibilities to build a more representative repertoire of gender and to create tools that provide users with the required autonomy to develop their own language, establishing a balance between top-down (companies to users) and bottom-up (users to companies) approaches. We hope to highlight the importance of visual design as an active agent in the construction and use of the media, not only mirroring it, but also signalling alternative ways to represent gender identities.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPHanns, Daniela KutschatKlafke, Raquel Forma2019-05-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16140/tde-27112019-115404/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-12-02T19:55:56Zoai:teses.usp.br:tde-27112019-115404Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-12-02T19:55:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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