Avaliação do consumo alimentar, composição corporal e perfil do metabolismo mineral e ósseo de mulheres na pós-menopausa com osteoporose
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-28042022-182741/ |
Resumo: | Objetivo: Sendo a osteoporose reconhecida como um importante problema de saúde pública, o objetivo deste estudo foi avaliar o consumo alimentar, a composição corporal e o perfil bioquímico de mulheres na pós-menopausa com osteoporose. Casuística e método: Foram estudadas 45 mulheres provenientes do Ambulatório de Reumatologia do Hospital São Paulo com média de idade 63,32 (dp=8,2) anos e IMC 25,21 (dp=4,2) kg/m2. A densidade mineral óssea da coluna lombar e fêmur proximal, bem como a composição corporal (massa magra, porcentagem de gordura corporal) foram avaliados pela absorciometria por dupla emissão de raios-X. O consumo alimentar e a atividade física foram avaliadas por diário de três dias e pelo questionário de Baecke, respectivamente. Os exames bioquímicos do metabolismo mineral e ósseo realizados foram: cálcio total e iônico, fósforo, magnésio, fosfatase alcalina, creatinina, paratormônio intacto, 25(OH)D3, 1,25(OH)2D3 e cálcio, sódio e creatinina urinário. O remodelamento ósseo foi avaliado por: fração óssea da fosfatase alcalina - BAP, osteoprotegerina - OPG e Fosfatase ácida tártarato-resitente - TRAP. Os dados são apresentados em média (dp). Foram utilizados o teste de Kolmogorov-Smimov, o teste de correlação de Pearson, e o teste T de Student. Adotou-se um nível de significância de p<0,05. Resultados: As ingestões de macronutrientes estavam adequadas, pórem a média de ingestão de cálcio 723,80 (dp=263,96) mg/dia estava abaixo do recomendado para mulheres na pós-menopausa (1200 mg/dia). Houve prevalência de 65% de inadequação na ingestão de magnésio. Com relação à ingestão de cloreto de sódio, verifica-se que a maior parte das pacientes (75%) tinha ingestão acima do recomendado, ultrapassando a UL (Upper Limit). Quanto ao consumo de vitamina D, 100% das pacientes teve consumo abaixo do recomendado. Na composição corporal observou-se a presença de 46,6% de pré-obesidade, 8,9% obesidade e 15,5% apresentavam risco de incapacidade física decorrente do baixo índice de massa muscular esquelética. Foi detectada hipovitaminose D em 71% das mulheres e 24,4% de insuficiência de vitamina D. Houve correlação negativa entre a osteoprotegerina e a DMO do corpo total (r = - 0,302; p= 0,046) e a DMO da coluna lombar (r = - 0,304; p= 0,045). Os níveis de TRAP estiveram 41,4% acima do parâmetro de referência e observou-se ainda que a formação óssea não esteve proeminente, pois os níveis sérico de BAP e OPG estiveram de acordo com os parâmetros de normalidade. Verificou-se ainda que as mulheres com fratura apresentavam magnésio sé rico significantemente menor. Conclusão: Os resultados enfatizam inadequação no consumo alimentar, na composição corporal e nos marcadores de reabsorção óssea e alertam para que soluções simples e viáveis para esse problema incluem melhora na qualidade da dieta e aumento da prática de atividade física. |
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Avaliação do consumo alimentar, composição corporal e perfil do metabolismo mineral e ósseo de mulheres na pós-menopausa com osteoporoseEvaluation of dietary intake, body composition and biochemical markers of bone metabolism in postmenopausal women with osteoporosisBiochemical Makers of Bone Metabolism and TurnoverBody CompositionCalcium IntakeComposição CorporalConsumo AlimentarDietary IntakeHipovitaminose DHypovitaminosis DIngestão de CálcioOsteoporoseOsteoporosisPerfil do Metabolismo Mineral e ÓsseoObjetivo: Sendo a osteoporose reconhecida como um importante problema de saúde pública, o objetivo deste estudo foi avaliar o consumo alimentar, a composição corporal e o perfil bioquímico de mulheres na pós-menopausa com osteoporose. Casuística e método: Foram estudadas 45 mulheres provenientes do Ambulatório de Reumatologia do Hospital São Paulo com média de idade 63,32 (dp=8,2) anos e IMC 25,21 (dp=4,2) kg/m2. A densidade mineral óssea da coluna lombar e fêmur proximal, bem como a composição corporal (massa magra, porcentagem de gordura corporal) foram avaliados pela absorciometria por dupla emissão de raios-X. O consumo alimentar e a atividade física foram avaliadas por diário de três dias e pelo questionário de Baecke, respectivamente. Os exames bioquímicos do metabolismo mineral e ósseo realizados foram: cálcio total e iônico, fósforo, magnésio, fosfatase alcalina, creatinina, paratormônio intacto, 25(OH)D3, 1,25(OH)2D3 e cálcio, sódio e creatinina urinário. O remodelamento ósseo foi avaliado por: fração óssea da fosfatase alcalina - BAP, osteoprotegerina - OPG e Fosfatase ácida tártarato-resitente - TRAP. Os dados são apresentados em média (dp). Foram utilizados o teste de Kolmogorov-Smimov, o teste de correlação de Pearson, e o teste T de Student. Adotou-se um nível de significância de p<0,05. Resultados: As ingestões de macronutrientes estavam adequadas, pórem a média de ingestão de cálcio 723,80 (dp=263,96) mg/dia estava abaixo do recomendado para mulheres na pós-menopausa (1200 mg/dia). Houve prevalência de 65% de inadequação na ingestão de magnésio. Com relação à ingestão de cloreto de sódio, verifica-se que a maior parte das pacientes (75%) tinha ingestão acima do recomendado, ultrapassando a UL (Upper Limit). Quanto ao consumo de vitamina D, 100% das pacientes teve consumo abaixo do recomendado. Na composição corporal observou-se a presença de 46,6% de pré-obesidade, 8,9% obesidade e 15,5% apresentavam risco de incapacidade física decorrente do baixo índice de massa muscular esquelética. Foi detectada hipovitaminose D em 71% das mulheres e 24,4% de insuficiência de vitamina D. Houve correlação negativa entre a osteoprotegerina e a DMO do corpo total (r = - 0,302; p= 0,046) e a DMO da coluna lombar (r = - 0,304; p= 0,045). Os níveis de TRAP estiveram 41,4% acima do parâmetro de referência e observou-se ainda que a formação óssea não esteve proeminente, pois os níveis sérico de BAP e OPG estiveram de acordo com os parâmetros de normalidade. Verificou-se ainda que as mulheres com fratura apresentavam magnésio sé rico significantemente menor. Conclusão: Os resultados enfatizam inadequação no consumo alimentar, na composição corporal e nos marcadores de reabsorção óssea e alertam para que soluções simples e viáveis para esse problema incluem melhora na qualidade da dieta e aumento da prática de atividade física.Purpose: Considering the osteoporosis an important public health problem, the present study was undertaken to evaluate dietary intake, body composition and biochemical markers of bone metabolism in postmenopausal women with osteoporosis. Methods: Forty-five postmenopausal women, mean age 63.32 (8.2) and BMI 25.21 (4.2) kg/m2 assisted at Osteoporosis Outpatients Clinic at São Paulo Hospital were evaluated. Bone mineral density (total body, lumbar spine, femoral neck and total hip) and Body composition (Iean mass and fat mass) analysis was performed in all participants using DXA technique (Lunar DPx). Diet and physical activity was assessed using three days dietary records and the Beacke questionnaire, respectively. The biochemical markers of bone metabolism evaluated were: serum calcium, ionized calcium, phosphorus, magnesium, alkaline phosphatase, creatinine, parathyroid hormone intact (PTH), 25(OH)D3, 1,25(OH)2D3 and urinary calcium, creatinine and sodium. The biochemical markers of bone turnover were evaluated by osteoprotegerin (OPG), bone-specific alkaline phosphatase (BAP), and tartarate-resistant acid phosphatase type 5b (TRAP). The results are presented in mean (SD). The statistical analysis comprised Kolmogorov-Smimov test, Pearson correlation and Student-T tests. Significance was considered when p<0.05. Results: Macronutrients intake were adequate, however the mean calcium intake 723.80 (263.96) mg/d was significantly lower than the proposed value for this age group (1200 mg/day). There was 65% of inadequacy in magnesium intake and most of the patients (75%) had sodium intake higher than recommended values. The vitamin D intake presented 100% of inadequacy. Body composition analysis demonstrated presence of 46,6% pre-obesity, 8,9% obesity and 15,5% of disability risk due to low skeletal muscle indices. Hypovitaminosis D were detected in 71 % of these women and vitamin D insufficiency in 24.4%. There was a negative correlation between osteoprotegerin and DMO of femoral neck (r = 0,424; p= 0,05) and with lumbar spine (r = 0,424; p= 0,05). The TRAP levels were 41,4% above the reference values. However, the bone formation biomarkers BAP and OPG were in normal range. Furthermore, the study notice that women with fracture presented serum magnesium significantly lower than women without fracture. Conclusion: The results emphasize inadequacy in nutrient intake, in body composition and in biochemical markers of bone resorption and warn to simple and feasible solutions to this problem should include a better diet quality and an increase in exercise practice.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCavalheiro, Ligia Araujo MartiniGenaro, Patrícia de Souza2005-09-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-28042022-182741/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-04-28T21:38:51Zoai:teses.usp.br:tde-28042022-182741Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-04-28T21:38:51Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Objetivo: Sendo a osteoporose reconhecida como um importante problema de saúde pública, o objetivo deste estudo foi avaliar o consumo alimentar, a composição corporal e o perfil bioquímico de mulheres na pós-menopausa com osteoporose. Casuística e método: Foram estudadas 45 mulheres provenientes do Ambulatório de Reumatologia do Hospital São Paulo com média de idade 63,32 (dp=8,2) anos e IMC 25,21 (dp=4,2) kg/m2. A densidade mineral óssea da coluna lombar e fêmur proximal, bem como a composição corporal (massa magra, porcentagem de gordura corporal) foram avaliados pela absorciometria por dupla emissão de raios-X. O consumo alimentar e a atividade física foram avaliadas por diário de três dias e pelo questionário de Baecke, respectivamente. Os exames bioquímicos do metabolismo mineral e ósseo realizados foram: cálcio total e iônico, fósforo, magnésio, fosfatase alcalina, creatinina, paratormônio intacto, 25(OH)D3, 1,25(OH)2D3 e cálcio, sódio e creatinina urinário. O remodelamento ósseo foi avaliado por: fração óssea da fosfatase alcalina - BAP, osteoprotegerina - OPG e Fosfatase ácida tártarato-resitente - TRAP. Os dados são apresentados em média (dp). Foram utilizados o teste de Kolmogorov-Smimov, o teste de correlação de Pearson, e o teste T de Student. Adotou-se um nível de significância de p<0,05. Resultados: As ingestões de macronutrientes estavam adequadas, pórem a média de ingestão de cálcio 723,80 (dp=263,96) mg/dia estava abaixo do recomendado para mulheres na pós-menopausa (1200 mg/dia). Houve prevalência de 65% de inadequação na ingestão de magnésio. Com relação à ingestão de cloreto de sódio, verifica-se que a maior parte das pacientes (75%) tinha ingestão acima do recomendado, ultrapassando a UL (Upper Limit). Quanto ao consumo de vitamina D, 100% das pacientes teve consumo abaixo do recomendado. Na composição corporal observou-se a presença de 46,6% de pré-obesidade, 8,9% obesidade e 15,5% apresentavam risco de incapacidade física decorrente do baixo índice de massa muscular esquelética. Foi detectada hipovitaminose D em 71% das mulheres e 24,4% de insuficiência de vitamina D. Houve correlação negativa entre a osteoprotegerina e a DMO do corpo total (r = - 0,302; p= 0,046) e a DMO da coluna lombar (r = - 0,304; p= 0,045). Os níveis de TRAP estiveram 41,4% acima do parâmetro de referência e observou-se ainda que a formação óssea não esteve proeminente, pois os níveis sérico de BAP e OPG estiveram de acordo com os parâmetros de normalidade. Verificou-se ainda que as mulheres com fratura apresentavam magnésio sé rico significantemente menor. Conclusão: Os resultados enfatizam inadequação no consumo alimentar, na composição corporal e nos marcadores de reabsorção óssea e alertam para que soluções simples e viáveis para esse problema incluem melhora na qualidade da dieta e aumento da prática de atividade física. |
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