Eficácia da psicoterapia analítica funcional para o transtorno de oposição desafiante: Experimento de caso único
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-04072018-154838/ |
Resumo: | A Psicoterapia Analítica Funcional (FAP) é uma abordagem clínica que objetiva a melhora dos relacionamentos do cliente por evocação e reforçamento de progressos terapêuticos em sessão. O transtorno de oposição desafiante (TOD) é um problema disruptivo, manifestado pela primeira vez na infância, sendo caracterizado por um padrão de humor raivoso e irritável, um padrão de comportamento de desafio e oposição a normas sociais e figuras de autoridade e uma índole vingativa. Está associado ao desenvolvimento posterior de outros transtornos mentais e carece de tratamentos com resultados satisfatórios para crianças acima de oito anos. O objetivo deste trabalho foi avaliar os resultados de uma aplicação da FAP para o tratamento de crianças com TOD. Para isso, foi realizada uma pesquisa de intervenção com delineamento experimental de caso único com linha de base múltipla entre participantes. Fizeram parte do estudo Carlos, Brandão e Júlio, com respectivamente nove, 10 e 11 anos e com diagnóstico de TOD, sendo os dois primeiros com nível clínico de sintomas e o terceiro, limítrofe. Júlio recebeu um tratamento de 32 sessões com a FAP, Carlos, 10 sessões de Análises de Contingências Externas (ACE) seguidas de 28 de FAP, e Brandão, 20 de ACE e 29 de FAP. As sessões foram agendadas com frequência semanal e duração estimada de 50 minutos. No tratamento ACE, as análises de contingências não deveriam envolver os comportamentos ocorridos durante a sessão, além de serem realizadas também orientações e brincadeiras livres. A frequência de comportamentos clinicamente relevantes (CCRs) durante as sessões foi verificada com a Escala de Avaliação da Psicoterapia Analítica Funcional (FAPRS); o funcionamento global e o nível de estresse com o Questionário Infanto-Juvenil de Resultados (Y-OQ 30.2); e os sintomas de TOD com o Inventário de Comportamentos da Criança e do Adolescente de 6 a 18 anos (CBCL). Os resultados demonstram aumento de CCRs de melhora relacionados à aplicação da FAP. Também foi registrada melhora no funcionamento global e no nível de estresse ao longo do tratamento para todos os clientes, mas não foi possível identificar efeitos diferenciais da ACE ou da FAP sobre estes resultados. A avaliação da mudança no nível de sintomas de TOD apresentou resultados inconsistentes, isto é, Júlio manteve o nível limítrofe nas avaliações anterior e posterior ao tratamento; Carlos mudou de nível clínico para normal; e Brandão de clínico para limítrofe. Ainda, foi verificado que as intervenções que caracterizam a FAP ocorreram com maior frequência na fase correspondente do que na ACE, indicando adesão ao protocolo. Também foram incluídas vinhetas clínicas com transcrições de falas do terapeuta e dos clientes destacando as intervenções centrais |
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Eficácia da psicoterapia analítica funcional para o transtorno de oposição desafiante: Experimento de caso únicoNot informed by the authorBehavior therapyChild psychotherapyEvidence-based psychologyMental disorders onset in childhoodPsicologia baseada em evidênciasPsicoterapia da criançaTerapia comportamentalTranstornos mentais diagnosticados na infânciaA Psicoterapia Analítica Funcional (FAP) é uma abordagem clínica que objetiva a melhora dos relacionamentos do cliente por evocação e reforçamento de progressos terapêuticos em sessão. O transtorno de oposição desafiante (TOD) é um problema disruptivo, manifestado pela primeira vez na infância, sendo caracterizado por um padrão de humor raivoso e irritável, um padrão de comportamento de desafio e oposição a normas sociais e figuras de autoridade e uma índole vingativa. Está associado ao desenvolvimento posterior de outros transtornos mentais e carece de tratamentos com resultados satisfatórios para crianças acima de oito anos. O objetivo deste trabalho foi avaliar os resultados de uma aplicação da FAP para o tratamento de crianças com TOD. Para isso, foi realizada uma pesquisa de intervenção com delineamento experimental de caso único com linha de base múltipla entre participantes. Fizeram parte do estudo Carlos, Brandão e Júlio, com respectivamente nove, 10 e 11 anos e com diagnóstico de TOD, sendo os dois primeiros com nível clínico de sintomas e o terceiro, limítrofe. Júlio recebeu um tratamento de 32 sessões com a FAP, Carlos, 10 sessões de Análises de Contingências Externas (ACE) seguidas de 28 de FAP, e Brandão, 20 de ACE e 29 de FAP. As sessões foram agendadas com frequência semanal e duração estimada de 50 minutos. No tratamento ACE, as análises de contingências não deveriam envolver os comportamentos ocorridos durante a sessão, além de serem realizadas também orientações e brincadeiras livres. A frequência de comportamentos clinicamente relevantes (CCRs) durante as sessões foi verificada com a Escala de Avaliação da Psicoterapia Analítica Funcional (FAPRS); o funcionamento global e o nível de estresse com o Questionário Infanto-Juvenil de Resultados (Y-OQ 30.2); e os sintomas de TOD com o Inventário de Comportamentos da Criança e do Adolescente de 6 a 18 anos (CBCL). Os resultados demonstram aumento de CCRs de melhora relacionados à aplicação da FAP. Também foi registrada melhora no funcionamento global e no nível de estresse ao longo do tratamento para todos os clientes, mas não foi possível identificar efeitos diferenciais da ACE ou da FAP sobre estes resultados. A avaliação da mudança no nível de sintomas de TOD apresentou resultados inconsistentes, isto é, Júlio manteve o nível limítrofe nas avaliações anterior e posterior ao tratamento; Carlos mudou de nível clínico para normal; e Brandão de clínico para limítrofe. Ainda, foi verificado que as intervenções que caracterizam a FAP ocorreram com maior frequência na fase correspondente do que na ACE, indicando adesão ao protocolo. Também foram incluídas vinhetas clínicas com transcrições de falas do terapeuta e dos clientes destacando as intervenções centraisFunctional Analytic Psychotherapy (FAP) is a clinical approach that aims to improve client relationships by evoking and reinforcing therapeutic progresses in session. Oppositional defiant disorder (ODD) is a disruptive problem manifested with onset at infancy characterized by an angry and irritable mood pattern, a pattern of challenging behavior and opposition to social norms and authority figures, and a vindictive nature. It is associated with the further development of other mental disorders and lacks treatments with satisfactory results. The objective of this study was to evaluate the results of an application of FAP to the treatment of children with ODD. Thus, a single-case intervention research with multiple baseline design between participants was done. Participated Charles, Brandon and Julian, respectively aged nine, 10 and 11 year-old, all diagnosed with ODD, being the first couple boys at clinical level of symptoms and the third, at borderline level. Julian received a treatment with 32 sessions of FAP, Charles, 10 sessions of External Contingency Analysis (ECA) followed by 28 of FAP, and Brandon, 20 of ECA and 29 of FAP. Sessions were scheduled on a weekly basis and with estimated duration of 50 minutes each. In ECA treatment, contingency analyzes should not mention behaviors occurred during session, being also delivered counseling and free play. Frequency of clinically relevant behaviors (CRBs) during sessions was evaluated with Functional Analytic Psychotherapy Rating Scale (FAPRS); overall functioning and level of stress were also evaluated, using the Youth Outcome Questionnaire (Y-OQ 30.2); and ODD symptoms, with Child Behavior Checklist (CBCL). Results demonstrated increasing in behavioral progresses (i.e., CRB2s) related to FAP condition. Also, improvement in overall functioning and stress level were observed for all clients throughout treatment, however it was not possible to identify differential effects of ECA or FAP to these results. ODD symptoms level registered inconsistent results; that is, Julian maintained a borderline level of symptoms at assessments pre and post-treatment; Charles changed from clinical to normal level; and Brandon from clinical to borderline. Furthermore, it was verified that FAP defining interventions occurred more frequently at the proper condition than in ECA, indicating adherence to the protocol. Clinical vignettes with transcriptions of therapist and client interactions highlighting central interventions were includedBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMeyer, Sonia BeatrizXavier, Rodrigo Nunes2018-02-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-04072018-154838/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-19T20:50:39Zoai:teses.usp.br:tde-04072018-154838Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-19T20:50:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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