Reação de pimentão (Capsicum annuum L.) a Phytophthora capsici e potato virus Y (PVYm)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20191220-142936/ |
Resumo: | Cultivares tradicionais de pimentão que se mostravam altamente suscetíveis à murcha de Phytophthora capsici e potato virus Y (PVY), vêm sendo substituídas por híbridos com resistência e alto valor comercial. Apesar da reação e herança de muitas fontes de resistência já serem descritas para estes patógenos, não se conhece ainda as estratégias utilizadas na constituição dos híbridos comerciais. Assim o presente trabalho teve como objetivo estudar a reação da resistência de híbridos comerciais a estes patógenos. A reação de pimentão a P. capsici, foi avaliada em três ensaios, usando plantas inoculadas aos 30, 60 e 72 dias após a emergência (DAE). Avaliaram-se os híbridos Athenas, HE-212, Nathalie, Reinger e suas respectivas gerações F2 e F3, além dos híbridos Acuario, Camelot, Quantum, RPD-3498 e Paladim. Para inoculação adicionou-se 3mL de suspensão com 104 zoósporos/mL, próximo a colo da planta. Avaliações foram realizadas pela contagem de plantas com sintomas típicos da doença. A análise genética das segregações observadas para a geração F2 dos híbridos Athenas e HE-212 indicaram resistência conferida por dois genes dominantes, enquanto que para o híbrido Reinger, a resistência é conferida por um gene dominante. Nathalie mostrou herança complexa, com resultados contraditórios e segregação de 9:7 e 3:1, dependendo da idade da planta. A reação de resistência a P. capsici, em pimentão é fortemente influenciada pela idade da planta. Entre os híbridos avaliados, Reinger apresentou maior percentagem de sobrevivência nos três ensaios. A reação da resistência de pimentão a potato virus Y (PVYm) foi determinada para os híbridos Acuario, Magali R, Nathale e suas respectivas gerações F2 e F3, além dos híbridos Amanda, Corteso W208, CPC-6272, Dagmar, Elisa, Magali, Margarita, Monteiro, Quantum, Vivo W205. O vírus foi obtido a partir de plantas de pimentão com sintomas de mosaico e identificado usando hospedeiros diferenciais de potivirus, além do teste DAS-ELISA. A inoculação foi realizada a partir de extratos de folhas de pimentão, cv. Magda, previamente infectadas. Foi identificado como potivirus (PVYm) baseado na reação de diferenciais de pimentão. Os híbridos Magali R e Nathalie não apresentaram sintoma sistêmico de mosaico. A resistência dos híbridos comerciais Magali R e Nathalie a PVYm é controlada por um gene dominante, resultante do cruzamento de progenitores resistentes versus suscetíveis. Híbridos como Amanda, Acuaria, Corteso, W208, Dagmar, Elisa, Magali, Margarita, Monteiro, Quantum e Vivo W205, com resistência a PVY conferida por genes recessivos, mostraram-se altamente suscetíveis à estirpe PVYm. Híbridos considerados resistentes a pepper mottle virus (PepMoV) são também resistentes à estirpe de PVYm |
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Reação de pimentão (Capsicum annuum L.) a Phytophthora capsici e potato virus Y (PVYm)Sweet pepper (Capsicum annuum L.) reaction to Phytophthora capsici and potato virus y (PVYm)POTYVIRUSFUNGOS FITOPATOGÊNICOSMOSAICOMURCHAPIMENTÃO HÍBRIDORESISTÊNCIA GENÉTICA VEGETALCultivares tradicionais de pimentão que se mostravam altamente suscetíveis à murcha de Phytophthora capsici e potato virus Y (PVY), vêm sendo substituídas por híbridos com resistência e alto valor comercial. Apesar da reação e herança de muitas fontes de resistência já serem descritas para estes patógenos, não se conhece ainda as estratégias utilizadas na constituição dos híbridos comerciais. Assim o presente trabalho teve como objetivo estudar a reação da resistência de híbridos comerciais a estes patógenos. A reação de pimentão a P. capsici, foi avaliada em três ensaios, usando plantas inoculadas aos 30, 60 e 72 dias após a emergência (DAE). Avaliaram-se os híbridos Athenas, HE-212, Nathalie, Reinger e suas respectivas gerações F2 e F3, além dos híbridos Acuario, Camelot, Quantum, RPD-3498 e Paladim. Para inoculação adicionou-se 3mL de suspensão com 104 zoósporos/mL, próximo a colo da planta. Avaliações foram realizadas pela contagem de plantas com sintomas típicos da doença. A análise genética das segregações observadas para a geração F2 dos híbridos Athenas e HE-212 indicaram resistência conferida por dois genes dominantes, enquanto que para o híbrido Reinger, a resistência é conferida por um gene dominante. Nathalie mostrou herança complexa, com resultados contraditórios e segregação de 9:7 e 3:1, dependendo da idade da planta. A reação de resistência a P. capsici, em pimentão é fortemente influenciada pela idade da planta. Entre os híbridos avaliados, Reinger apresentou maior percentagem de sobrevivência nos três ensaios. A reação da resistência de pimentão a potato virus Y (PVYm) foi determinada para os híbridos Acuario, Magali R, Nathale e suas respectivas gerações F2 e F3, além dos híbridos Amanda, Corteso W208, CPC-6272, Dagmar, Elisa, Magali, Margarita, Monteiro, Quantum, Vivo W205. O vírus foi obtido a partir de plantas de pimentão com sintomas de mosaico e identificado usando hospedeiros diferenciais de potivirus, além do teste DAS-ELISA. A inoculação foi realizada a partir de extratos de folhas de pimentão, cv. Magda, previamente infectadas. Foi identificado como potivirus (PVYm) baseado na reação de diferenciais de pimentão. Os híbridos Magali R e Nathalie não apresentaram sintoma sistêmico de mosaico. A resistência dos híbridos comerciais Magali R e Nathalie a PVYm é controlada por um gene dominante, resultante do cruzamento de progenitores resistentes versus suscetíveis. Híbridos como Amanda, Acuaria, Corteso, W208, Dagmar, Elisa, Magali, Margarita, Monteiro, Quantum e Vivo W205, com resistência a PVY conferida por genes recessivos, mostraram-se altamente suscetíveis à estirpe PVYm. Híbridos considerados resistentes a pepper mottle virus (PepMoV) são também resistentes à estirpe de PVYmTraditional sweet pepper cultivars showing susceptibility to crown root rot caused by Phytophthora capsici and potato virus Y (PVY) are being replaced by resistant hybrids with commercial value. Despite of much informations about resistance sources reaction and their inheritance there is no knowledge about commercial resistant hybrids genetic background. This pepper aimed to elucidate commercial hybrids resistance genetic background to these pathogens. Sweet pepper reaction to P. capsici was evaluated in three trials using inoculated plants with 30,60 and 72 days after seedling emergence (DAE). Athenas, HE-212, Nathalie and Reinger hybrids were evaluated as well their F2 and F3, generations beside Acuario, Camelot, Quantum, RPD-3498 and Paladim hybrids. The inoculation was made by drenching 3 mL of a 104 zoospores/mL suspension for each plant. The genetic segregation analyses of Athenas and HE-212 F2 generations indicated two dominant genes, while the Reinger hybrid resistance is due to a single dominant one. Nathalie hybrid showed complex and contradictory segregation result with resistan/susceptible ratio of 9:7 and 3:1 depending of plant age. Sweet pepper resistance reaction to P. capsici is highly influenced by plant age. Reinger showed highest survival percentage in all trials. Sweet pepper reaction to potato virus Y (PVYm) was determined using Acuario, Magali R and Nathlie hybrids and their respectively F2 and F3, generations, beside Amanda, Corteso, W208, CPC-6272, Dagmar, Elisa, Magali, Margarita, Monteiro, Quantum, Vivo W205 hybrids. Virus was collected from pepper plant infected and identified using potyvirus differential host and through DAS-ELISA test. The inoculation was made from previous infected pepper cv. Magda. lt was identified as PVY m based on an appropriated sweet pepper differential host set for potyvirus. Host reaction to PVY m was expressed as resistant or susceptible. Magali R, Nathalie hybrids did not show any mosaic symptom. Their resistance is due to a single dominant gene indicating resistance versus susceptibility parental crossing pedigree. Hybrids like Amanda, Acuario, Corteso, W208, Dagmar, Elisa, Magali, Margarita, Monteiro, Quantum and Vivo W205 with their recessive gene resistance to PVY showed highly susceptibility to PVY strain m. Hybrids claimed as Pepper mottle virus (PepMoV) resistant were also resistant to PVYm.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCosta, Cyro Paulino daEcher, Márcia de Moraes2001-03-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20191220-142936/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-12-21T03:43:02Zoai:teses.usp.br:tde-20191220-142936Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-12-21T03:43:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Cultivares tradicionais de pimentão que se mostravam altamente suscetíveis à murcha de Phytophthora capsici e potato virus Y (PVY), vêm sendo substituídas por híbridos com resistência e alto valor comercial. Apesar da reação e herança de muitas fontes de resistência já serem descritas para estes patógenos, não se conhece ainda as estratégias utilizadas na constituição dos híbridos comerciais. Assim o presente trabalho teve como objetivo estudar a reação da resistência de híbridos comerciais a estes patógenos. A reação de pimentão a P. capsici, foi avaliada em três ensaios, usando plantas inoculadas aos 30, 60 e 72 dias após a emergência (DAE). Avaliaram-se os híbridos Athenas, HE-212, Nathalie, Reinger e suas respectivas gerações F2 e F3, além dos híbridos Acuario, Camelot, Quantum, RPD-3498 e Paladim. Para inoculação adicionou-se 3mL de suspensão com 104 zoósporos/mL, próximo a colo da planta. Avaliações foram realizadas pela contagem de plantas com sintomas típicos da doença. A análise genética das segregações observadas para a geração F2 dos híbridos Athenas e HE-212 indicaram resistência conferida por dois genes dominantes, enquanto que para o híbrido Reinger, a resistência é conferida por um gene dominante. Nathalie mostrou herança complexa, com resultados contraditórios e segregação de 9:7 e 3:1, dependendo da idade da planta. A reação de resistência a P. capsici, em pimentão é fortemente influenciada pela idade da planta. Entre os híbridos avaliados, Reinger apresentou maior percentagem de sobrevivência nos três ensaios. A reação da resistência de pimentão a potato virus Y (PVYm) foi determinada para os híbridos Acuario, Magali R, Nathale e suas respectivas gerações F2 e F3, além dos híbridos Amanda, Corteso W208, CPC-6272, Dagmar, Elisa, Magali, Margarita, Monteiro, Quantum, Vivo W205. O vírus foi obtido a partir de plantas de pimentão com sintomas de mosaico e identificado usando hospedeiros diferenciais de potivirus, além do teste DAS-ELISA. A inoculação foi realizada a partir de extratos de folhas de pimentão, cv. Magda, previamente infectadas. Foi identificado como potivirus (PVYm) baseado na reação de diferenciais de pimentão. Os híbridos Magali R e Nathalie não apresentaram sintoma sistêmico de mosaico. A resistência dos híbridos comerciais Magali R e Nathalie a PVYm é controlada por um gene dominante, resultante do cruzamento de progenitores resistentes versus suscetíveis. Híbridos como Amanda, Acuaria, Corteso, W208, Dagmar, Elisa, Magali, Margarita, Monteiro, Quantum e Vivo W205, com resistência a PVY conferida por genes recessivos, mostraram-se altamente suscetíveis à estirpe PVYm. Híbridos considerados resistentes a pepper mottle virus (PepMoV) são também resistentes à estirpe de PVYm |
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