Alcoolismo como processo: da identidade construída à (des) construção da pessoa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araujo, Ivanira de Souza
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-21052008-121523/
Resumo: O tema desta dissertação é o impacto do alcoolismo nas relações sociais, em especial, na família e no trabalho. No mundo existem 500 milhões de dependentes, 10 a 15% da população têm propensão à dependência. O consumo de álcool e outras drogas em ambiente de trabalho atinge 10 a 14% dos trabalhadores, eleva os atendimentos médicos e diminui a produtividade. O trabalho tem como ponto de partida a freqüência a reuniões de Alcoólicos Anônimos (AA) em regiões centrais e periféricas da cidade de São Paulo. A análise teórica é baseada nos conceitos de identidade e socialização. Segundo Habermas (1983) a identidade é gerada pela socialização, isto é, pela integração do sujeito ao sistema social, por meio da apropriação dos universais simbólicos. Contudo, em fase posterior, ela é garantida e desenvolvida pela individualização, ou seja, pela independência em relação aos sistemas sociais. O álcool, em princípio, exerce a função de \"modelador social\", favorecendo o relacionamento social, mas, a partir do avanço do processo de alcoolização, domina e destrói o cotidiano pessoal. Conforme avança o processo de alcoolização, maior o prejuízo das relações sociais. Conclui-se que o discurso médico influencia o AA e seus freqüentadores. Existem importantes diferenças entre os membros de AA, tais como, o período de desenvolvimento da dependência alcoólica, os tipos de profissão e os níveis educacionais e de rendimento.
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