Políticas públicas de custo mínimo de seguro saúde no turismo receptivo na área Schengen: causas e consequências

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fujita, Dennis Minoru
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/99/99131/tde-10102018-091209/
Resumo: As áreas tropicais são consideradas propensas a doenças infecciosas e recentemente apresentaram desenvolvimento econômico com aumento do turismo doméstico e internacional de seus habitantes. Há um aumento de viagens internacionais com maior risco potencial para a importação de doenças, particularmente nos últimos 10 anos, e o novo quadro de surtos globais no século 21. A promoção de viagens seguras destes turistas no destino é um novo desafio para os governos receptores. Alguns países desenvolvidos com tradição turística, como os signatários da Convenção Schengen, implementaram políticas para lidar com o eventual custo de saúde de viajantes de áreas tropicais. Outros destinos, como os Estados Unidos, mantiveram suas políticas de saúde para turistas. Visando identificar a real condição de saúde destes novos turistas de países emergentes, estudamos os problemas de saúde dos turistas brasileiros no exterior, comparando o fluxo de viagens, o custo de saúde antes e depois da implantação da Convenção Schengen, a exposição potencial para algumas doenças infecciosas no intuito de sugerir medidas para proteção e prevenção desses viajantes brasileiros. Não há evidência de transporte de doenças por viajantes brasileiros para seus destinos turísticos. Países que adotaram seguro saúde obrigatório para os turistas brasileiros não apresentaram maiores custos de saúde, tendo queda relativa do fluxo turístico do Brasil, em comparação a países sem restrições. Além disso, o transporte aéreo e eventos internacionais de massa, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, permitiram a transmissão de doenças para o Brasil, com introdução do vírus Zika e reintrodução do vírus do sarampo. A rápida transmissão mostra a importância das medidas preventivas que incluem o reforço da vacinação de grupos específicos, o alerta de higiene pessoal adequada e outras ações para evitar possíveis surtos devido ao elevado tráfego de viajantes nos eventos. No turismo doméstico, o potencial risco de transmissão de doenças infecciosas negligenciadas, como Leishmaniose Visceral, cuja disseminação se intensificou por deslocamento de animais de estimação; e da esquistossomose humana pelo aumento das mudanças climáticas e de atividades de lazer em áreas naturais, promovem maior exposição dos viajantes internacionais e nacionais. A rede atual de prevenção e proteção para viajantes no Brasil, composta por clínicas de medicina de viagem, mídias com recomendações para viajantes e centros de imunização tornam-se importantes na prevenção de contágio dos turistas e reduzem consideravelmente o número de atendimentos pós-viagem. Quando usada, fornece aos viajantes brasileiros proteção para as principais doenças infecciosas preveníveis ale de orientação para se evitar situações de risco em viagem, sendo um modelo de política pública interessante. Alguns protocolos para a entrada dos viajantes demonstram ser uma atitude adequada para melhorar a segurança dos viajantes e de seus países, bem como novas medidas preventivas são necessárias para evitar a disseminação de surtos de doenças infecciosas.
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Alguns países desenvolvidos com tradição turística, como os signatários da Convenção Schengen, implementaram políticas para lidar com o eventual custo de saúde de viajantes de áreas tropicais. Outros destinos, como os Estados Unidos, mantiveram suas políticas de saúde para turistas. Visando identificar a real condição de saúde destes novos turistas de países emergentes, estudamos os problemas de saúde dos turistas brasileiros no exterior, comparando o fluxo de viagens, o custo de saúde antes e depois da implantação da Convenção Schengen, a exposição potencial para algumas doenças infecciosas no intuito de sugerir medidas para proteção e prevenção desses viajantes brasileiros. Não há evidência de transporte de doenças por viajantes brasileiros para seus destinos turísticos. Países que adotaram seguro saúde obrigatório para os turistas brasileiros não apresentaram maiores custos de saúde, tendo queda relativa do fluxo turístico do Brasil, em comparação a países sem restrições. Além disso, o transporte aéreo e eventos internacionais de massa, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, permitiram a transmissão de doenças para o Brasil, com introdução do vírus Zika e reintrodução do vírus do sarampo. A rápida transmissão mostra a importância das medidas preventivas que incluem o reforço da vacinação de grupos específicos, o alerta de higiene pessoal adequada e outras ações para evitar possíveis surtos devido ao elevado tráfego de viajantes nos eventos. No turismo doméstico, o potencial risco de transmissão de doenças infecciosas negligenciadas, como Leishmaniose Visceral, cuja disseminação se intensificou por deslocamento de animais de estimação; e da esquistossomose humana pelo aumento das mudanças climáticas e de atividades de lazer em áreas naturais, promovem maior exposição dos viajantes internacionais e nacionais. A rede atual de prevenção e proteção para viajantes no Brasil, composta por clínicas de medicina de viagem, mídias com recomendações para viajantes e centros de imunização tornam-se importantes na prevenção de contágio dos turistas e reduzem consideravelmente o número de atendimentos pós-viagem. Quando usada, fornece aos viajantes brasileiros proteção para as principais doenças infecciosas preveníveis ale de orientação para se evitar situações de risco em viagem, sendo um modelo de política pública interessante. Alguns protocolos para a entrada dos viajantes demonstram ser uma atitude adequada para melhorar a segurança dos viajantes e de seus países, bem como novas medidas preventivas são necessárias para evitar a disseminação de surtos de doenças infecciosas.Tropical areas are considered prone to infectious diseases and have recently presented economic development with increased domestic and international tourism of its inhabitants. There is an increase in international travel with greater potential risk for diseases importation, particularly in the last 10 years, a new global outbreak chart in the 21st century. The promotion of safe travel of these tourists at destination is a challenge for recipient governments. Some developed countries with a tourist tradition, such as the Schengen Convention, have implemented policies to deal with the possible cost of health of travelers from tropical areas. Other destinations, as the United States, have maintained their health policies for tourists. Aiming to identify the real health condition of new tourists from emerging countries, we studied the health problems of Brazilian tourists abroad, comparing flow, health cost before and after the implementation of the Schengen Convention, their potential exposure to some infectious diseases, to suggest measures for protection and prevention of these Brazilian travelers. There is no evidence of diseases\' transport by Brazilian travelers to their destinations. Countries that adopted mandatory health insurance for Brazilian tourists did not present higher health costs, only a relative drop in Brazil\'s tourism flow compared to unrestricted countries. In addition, with air transport and international mass events, such as the World Cup and the Olympic Games, allowed the importation of diseases into Brazil, with the introduction of the Zika virus and the reintroduction of the measles virus. The rapid transmission shows the importance of preventive measures that include reinforcing of vaccination, adequate personal hygiene alert, and other actions to avoid possible outbreaks due to the high traffic of travelers at events. In domestic tourism, the potential risk of transmission of neglected infectious diseases, such as Visceral Leishmaniosis, whose spread was intensified by displacement of pets; and human schistosomiasis by increasing climate change and leisure activities in natural areas, promoting greater exposure of international or national travelers. The current network of prevention and protection for travelers in Brazil, composed of travel medicine clinics, media with recommendations for travelers and immunization centers is effective in preventing infection of tourists and greatly reduces the number of post-trip visits. When used, it provides Brazilian travelers with a protection for the major preventable infectious diseases and education to avoid risky travel situations, an interesting model of public police. Some protocols for travelers\' entry prove to be an appropriate attitude to improve the safety of travelers and countries, as well as new preventive measures are needed to prevent the spread of infectious disease outbreaks.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAndrade Junior, Heitor Franco deFujita, Dennis Minoru2018-08-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/99/99131/tde-10102018-091209/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-11-01T16:25:01Zoai:teses.usp.br:tde-10102018-091209Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-11-01T16:25:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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