Mecanismos de formação da LDL eletronegativa (LDL-): efeito da glicoxidação e da lipólise
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-09122016-143030/ |
Resumo: | A fração plasmática da lipoproteína de baixa densidade (LDL) é formada por partículas de diferentes tamanhos, carga e densidade. Baseada na diferença de carga das partículas, a LDL pode ser subfracionada em LDL nativa (nLDL) e LDL eletronegativa (LDL‾). A LDL‾ está presente no plasma e possui propriedades aterogênicas e pró-inflamatórias, assim como, possui menor concentração de antioxidantes lipossolúveis, maior concentração de dienos conjugados, alterações conformacionais da apoliproteína B-100 e menor afinidade para o receptor da LDL em comparação com a nLDL. Concentrações elevadas de LDL‾ têm sido observadas em pacientes com alto risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, incluindo hipercolesterolemia familiar, diabetes. Considerando-se que os mecanismos envolvidos na formação endógena da LDL‾ ainda não estão elucidados, neste estudo foi investigado o efeito da glicoxidação e da lipólise sobre a partícula LDL para avaliar a contribuição destes processos para a formação da LDL‾ in vitro e in vivo. As modificações químicas da LDL e da imunorreatividade com anticorpo monoclonal anti-LDL‾ foi analisada antes e depois da incubação do plasma com lipoproteína lipase (LPL) ou fosfolipase A2 (PLA2), assim como mimetizando-se a lipólise intravascular. Além disso, na lipólise in vivo foi monitorado no periodo pós-prandial em indivíduos normolipidêmicos para investigar a LDL‾ formada endogenamente. A contribuição da glicoxidação para a geração de LDL‾ foi avaliada in vitro pela incubação da LDL com glicose. O efeito da glicoxidação endógena foi monitorada pela medida, ex-vivo, dos os produtos de glicação avançada (AGEs) e LDL‾ no plasma de pacientes diabéticos tipo I (DM I), tipo II (DM II) e indivíduos intolerantes à glicose (IGT). O processo de glicação não enzimática, in vitro, resultou no aumento da concentração de LDL‾. Os indivíduos dos grupos DM I, DM II e IGT apresentaram concentrações plasmáticas elevadas de LDL‾ em relação aos seus respectivos controles, enquanto observou-se aumento de AGEs apenas nos grupos DM I e DM II. O processo de lipólise in vitro mediado pela LPL e PLA2, induziu aumento significante da concentração de LDL‾; entretanto, somente pela ação da LPL foi associada com modificações oxidativas. Em concordância, o processo de lipólise in vivo (pós-prandial) também promoveu aumento significativo da concentração de LDL‾ associado com modificações oxidativas. Conclusão, nossos dados mostram que, glicoxidação e de lipólise, poderiam contribuir na formação da LDL‾ in vivo. |
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Mecanismos de formação da LDL eletronegativa (LDL-): efeito da glicoxidação e da lipóliseMechanisms of formation of electronegative LDL (LDL‾): the effect of glycoxidation and lipolysisBioquímica clínicaClinical biochemistryDiabetes mellitus (Clinical study)Diabetes mellitus (Estudo clínico)Glicoproteínas (Metabolismo)Glycoproteins (Metabolism)Lipoproteínas LDL (Estudo in vitro; Metabolismo)Lipoproteins LDL (In vitro study; Metabolism)A fração plasmática da lipoproteína de baixa densidade (LDL) é formada por partículas de diferentes tamanhos, carga e densidade. Baseada na diferença de carga das partículas, a LDL pode ser subfracionada em LDL nativa (nLDL) e LDL eletronegativa (LDL‾). A LDL‾ está presente no plasma e possui propriedades aterogênicas e pró-inflamatórias, assim como, possui menor concentração de antioxidantes lipossolúveis, maior concentração de dienos conjugados, alterações conformacionais da apoliproteína B-100 e menor afinidade para o receptor da LDL em comparação com a nLDL. Concentrações elevadas de LDL‾ têm sido observadas em pacientes com alto risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, incluindo hipercolesterolemia familiar, diabetes. Considerando-se que os mecanismos envolvidos na formação endógena da LDL‾ ainda não estão elucidados, neste estudo foi investigado o efeito da glicoxidação e da lipólise sobre a partícula LDL para avaliar a contribuição destes processos para a formação da LDL‾ in vitro e in vivo. As modificações químicas da LDL e da imunorreatividade com anticorpo monoclonal anti-LDL‾ foi analisada antes e depois da incubação do plasma com lipoproteína lipase (LPL) ou fosfolipase A2 (PLA2), assim como mimetizando-se a lipólise intravascular. Além disso, na lipólise in vivo foi monitorado no periodo pós-prandial em indivíduos normolipidêmicos para investigar a LDL‾ formada endogenamente. A contribuição da glicoxidação para a geração de LDL‾ foi avaliada in vitro pela incubação da LDL com glicose. O efeito da glicoxidação endógena foi monitorada pela medida, ex-vivo, dos os produtos de glicação avançada (AGEs) e LDL‾ no plasma de pacientes diabéticos tipo I (DM I), tipo II (DM II) e indivíduos intolerantes à glicose (IGT). O processo de glicação não enzimática, in vitro, resultou no aumento da concentração de LDL‾. Os indivíduos dos grupos DM I, DM II e IGT apresentaram concentrações plasmáticas elevadas de LDL‾ em relação aos seus respectivos controles, enquanto observou-se aumento de AGEs apenas nos grupos DM I e DM II. O processo de lipólise in vitro mediado pela LPL e PLA2, induziu aumento significante da concentração de LDL‾; entretanto, somente pela ação da LPL foi associada com modificações oxidativas. Em concordância, o processo de lipólise in vivo (pós-prandial) também promoveu aumento significativo da concentração de LDL‾ associado com modificações oxidativas. Conclusão, nossos dados mostram que, glicoxidação e de lipólise, poderiam contribuir na formação da LDL‾ in vivo.The low density lipoprotein (LDL) fraction in blood plasma is formed by particles with different size, charge and density. Based on particle charge differences, LDL fraction may be separated into native (nLDL) and electronegative (LDL‾) subfractions. LDL‾ is present in blood plasma and has atherogenic and proinflammatory properties, as well as, lower concentrations of lipid soluble antioxidants, higher content of conjugated dienes, conformational alterations of apolipoprotein B-100 and lower affinity by LDL receptor in comparison to nLDL. Increased LDL‾ concentrations have been found in subjects with high risk for cardiovascular diseases, including those with familiar hypercholesterolemia, diabetes and hyperlipidemia. Considering that the mechanisms involved in the endogenous generation of LDL‾ are not yet well elucidated, in this study the effect of glucoxidation and lipolysis of LDL particles was investigated in order to evaluate their contribution to in vitro e in vivo LDL‾ formation. LDL chemical modifications and its reactivity towards a monoclonal anti-LDL‾ antibody were analyzed before and after incubation of either plasma or LDL with lipoprotein lipase (LPL) or phospholipase A2 (PLA2) as an in vitro lipolysis biomimetic system. Moreover, in vivo lipolysis was monitored at the post-prandial period in normolipidemic subjects to investigate LDL‾ endogenously formed. The contribution of glucoxidation to LDL‾ generation was evaluated in vitro by incubating LDL with glucose. The effect of endogenous glucoxidation was monitored by ex-vivo measurement of advanced glycation end products (AGES) and LDL‾ in blood plasma of type I (DM I) and II (DM II) diabetic patients, as well as, in subjects with glucose intolerance (IGT). The in vitro non-enzymatic glycation resulted in increased LDL‾ formation. The DM I, DM II and IGT groups showed higher LDL‾ concentrations than the respective control groups, while AGEs were increased only in DM I e DM II groups. The in vitro lipolysis mediated by LPL and PLA2 induced a significant increase of LDL‾; however, only LPL action was also associated to LDL oxidative modification. In accordance, in vivo lipolysis (post-prandial) also promoted a significant increase of LDL‾ levels associated to LDL oxidative modification. In conclusion, our data show that both, glycoxidation and lipolysis, could contribute to in vivo LDL‾generation.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAbdalla, Dulcineia Saes ParraYuahasi, Katia Kioko2005-06-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-09122016-143030/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-10-02T20:03:01Zoai:teses.usp.br:tde-09122016-143030Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-10-02T20:03:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A fração plasmática da lipoproteína de baixa densidade (LDL) é formada por partículas de diferentes tamanhos, carga e densidade. Baseada na diferença de carga das partículas, a LDL pode ser subfracionada em LDL nativa (nLDL) e LDL eletronegativa (LDL‾). A LDL‾ está presente no plasma e possui propriedades aterogênicas e pró-inflamatórias, assim como, possui menor concentração de antioxidantes lipossolúveis, maior concentração de dienos conjugados, alterações conformacionais da apoliproteína B-100 e menor afinidade para o receptor da LDL em comparação com a nLDL. Concentrações elevadas de LDL‾ têm sido observadas em pacientes com alto risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, incluindo hipercolesterolemia familiar, diabetes. Considerando-se que os mecanismos envolvidos na formação endógena da LDL‾ ainda não estão elucidados, neste estudo foi investigado o efeito da glicoxidação e da lipólise sobre a partícula LDL para avaliar a contribuição destes processos para a formação da LDL‾ in vitro e in vivo. As modificações químicas da LDL e da imunorreatividade com anticorpo monoclonal anti-LDL‾ foi analisada antes e depois da incubação do plasma com lipoproteína lipase (LPL) ou fosfolipase A2 (PLA2), assim como mimetizando-se a lipólise intravascular. Além disso, na lipólise in vivo foi monitorado no periodo pós-prandial em indivíduos normolipidêmicos para investigar a LDL‾ formada endogenamente. A contribuição da glicoxidação para a geração de LDL‾ foi avaliada in vitro pela incubação da LDL com glicose. O efeito da glicoxidação endógena foi monitorada pela medida, ex-vivo, dos os produtos de glicação avançada (AGEs) e LDL‾ no plasma de pacientes diabéticos tipo I (DM I), tipo II (DM II) e indivíduos intolerantes à glicose (IGT). O processo de glicação não enzimática, in vitro, resultou no aumento da concentração de LDL‾. Os indivíduos dos grupos DM I, DM II e IGT apresentaram concentrações plasmáticas elevadas de LDL‾ em relação aos seus respectivos controles, enquanto observou-se aumento de AGEs apenas nos grupos DM I e DM II. O processo de lipólise in vitro mediado pela LPL e PLA2, induziu aumento significante da concentração de LDL‾; entretanto, somente pela ação da LPL foi associada com modificações oxidativas. Em concordância, o processo de lipólise in vivo (pós-prandial) também promoveu aumento significativo da concentração de LDL‾ associado com modificações oxidativas. Conclusão, nossos dados mostram que, glicoxidação e de lipólise, poderiam contribuir na formação da LDL‾ in vivo. |
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