Escultoras e Bienais: a construção do reconhecimento artístico no pós-guerra

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cerchiaro, Marina Mazze
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-17062021-114037/
Resumo: Desde a década de 1970, a história da arte feminista tem demonstrado que as mulheres participaram de diversos modos do sistema de produção artística. Muitos estudos procuram analisar os obstáculos enfrentados pelas mulheres artistas em suas tentativas de construção de carreira, bem como o obscurecimento de suas trajetórias e a ausência de seus nomes no cânone. No entanto, são raras as investigações a respeito do reconhecimento das artistas. O objetivo desta pesquisa é refletir sobre como as escultoras, em particular as atuantes no Brasil nas décadas de 1950 e 1960, construíram seu nome, tratando, mais precisamente, de como as dinâmicas de gênero incidem no processo de reconhecimento artístico. Esta tese está estruturada em três escalas. Na primeira, mais abrangente, busca-se analisar de modo comparativo e quantitativo as premiações das Bienais de São Paulo e Paris no período de 1951 a 1967, dando ênfase às dimensões de nacionalidade e de gênero dos laureados. Na segunda, de caráter intermediário, são investigadas as trajetórias das escultoras premiadas nas duas Bienais, buscando compreender o papel das premiações na projeção da carreira dessas artistas e na consolidação do reconhecimento delas. Na terceira, a microescala, o foco é direcionado para as trajetórias de Maria Martins, Mary Vieira e Lygia Clark - escultoras brasileiras premiadas nas Bienais de São Paulo que tiveram maior reconhecimento e circulação internacional. São abordados o ingresso delas no mundo artístico, algumas de suas obras, as diversas estratégias adotadas para a construção de reconhecimento, com especial atenção para as exposições realizadas, a recepção crítica, o trânsito internacional, as redes de contato constituídas e a construção de suas identidades como artistas.
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