Paleobiologia de sedimentos meso e neoproterozoicos da porcão meridional do craton do São Francisco
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1994 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-19062015-151155/ |
Resumo: | Esta dissertação, até o momento, o mais detalhado estudo paleobiológico de sedimentos de subsuperfície do Proterozóico brasileiro, apresenta os primeiros registros de microfósseis do Supergrupo Espinhaço e da Formação Lagoa do Jacaré (Grupo Bambuî). Os sedimentos, meso e neoproterozóicos, foram selecionados de afloramentos e de testemunhos de subsuperfície do Brasil central (noroeste de Minas Gerais e leste de Goiás). Um total de 66 amostras - das quais, 41 microfossilíferas foram analisadas através de técnicas palinológicas e/ou petrográficas. Devido à intensa alteração dos afloramentos, apenas nas amostras de sílex negro, coletadas nos arredores de Unaí (possivelmente do Grupo Paranoá),foram identificados microfósseis significativos. Grande parte dos sedimentos de subsuperfície. ao contrário dos anteriores, forneceram microfósseis abundantes e, quase sempre, bem conservados; foram selecionados de testemunhos de quatro poços, perfurados na porção sul do Cráton do São Francisco (amostras cedidas pela PETROBRÁS). Nos arredores Montalvânia e Buritizeiros (MG), três dos poços recuperaram sedimentos meso e neoproterozóicos não afetados pelos dobramentos brasilianos, atribuídos, respectivamente, aos supergrupos Espinhaço e São Francisco. Apenas os sedimentos do quarto poço, perfurado na região cratônica, porém dentro da zona de influência da Faixa Brasília, em Alvorada do Norte (GO), exibem evidências de deformação. As melhores amostras fossilíferas, com microfósseis diversos e bem preservados, pertencem ao Supergrupo Espinhaço (Gr. Conselheiro Mata) da zona cratônica estável. Constituem os primeiros registros micropaleontológicos do supergrupo. Formas simples, cocóides isolados ou coloniais, com dimensões normalmente inferiores a 50 um, e filamentos tubulares e celulares, com diâmetros variáveis entre 1 e 18 um, dominam as assembléias fossilíferas. Dezenove táxons distintos foram identificados nas amostras analisadas. Onze foram atribuídos às cyanophyceae (cianofíceas ou cianobactérias): siphonophycus robustum, s. kætron, Paleolyngbya sp., Polytrichoides sp., Nostocales 1, Myxococcoides sp. 1, Myxococcoides sp.2, Eosynechococcus medius, E. grandis, chroococcales 1 e chroococcales 2, os demais, de natureza indefinida, foram reunidos na categoria Incertae Sedis: Leiosphaeridia crassa, L. ternata, Leiosphaeridia sp. 1, Leiosphaeridic sp. 2, cf . Glenobotrydion, Huroniospora sp., Forma 1 e Forma 2. Todos os táxons apresentam ampla distribuição vertical no Proterozóico, sendo, por isso, pouco úteis nas questöes bioestratigráficas. A despeito de todas as limitações do registro pré-cambriano. foi possível associar à quase todas as assembléias um significado paleoambiental, a partir da comparação com microrganismos atuais, principalmente as cianofíceas. |
id |
USP_c4a20e6caa392350c2a679a35e617bef |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:teses.usp.br:tde-19062015-151155 |
network_acronym_str |
USP |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository_id_str |
2721 |
spelling |
Paleobiologia de sedimentos meso e neoproterozoicos da porcão meridional do craton do São FranciscoNot available.Not available.PaleontologiaPaleontologia e EstratigrafiaEsta dissertação, até o momento, o mais detalhado estudo paleobiológico de sedimentos de subsuperfície do Proterozóico brasileiro, apresenta os primeiros registros de microfósseis do Supergrupo Espinhaço e da Formação Lagoa do Jacaré (Grupo Bambuî). Os sedimentos, meso e neoproterozóicos, foram selecionados de afloramentos e de testemunhos de subsuperfície do Brasil central (noroeste de Minas Gerais e leste de Goiás). Um total de 66 amostras - das quais, 41 microfossilíferas foram analisadas através de técnicas palinológicas e/ou petrográficas. Devido à intensa alteração dos afloramentos, apenas nas amostras de sílex negro, coletadas nos arredores de Unaí (possivelmente do Grupo Paranoá),foram identificados microfósseis significativos. Grande parte dos sedimentos de subsuperfície. ao contrário dos anteriores, forneceram microfósseis abundantes e, quase sempre, bem conservados; foram selecionados de testemunhos de quatro poços, perfurados na porção sul do Cráton do São Francisco (amostras cedidas pela PETROBRÁS). Nos arredores Montalvânia e Buritizeiros (MG), três dos poços recuperaram sedimentos meso e neoproterozóicos não afetados pelos dobramentos brasilianos, atribuídos, respectivamente, aos supergrupos Espinhaço e São Francisco. Apenas os sedimentos do quarto poço, perfurado na região cratônica, porém dentro da zona de influência da Faixa Brasília, em Alvorada do Norte (GO), exibem evidências de deformação. As melhores amostras fossilíferas, com microfósseis diversos e bem preservados, pertencem ao Supergrupo Espinhaço (Gr. Conselheiro Mata) da zona cratônica estável. Constituem os primeiros registros micropaleontológicos do supergrupo. Formas simples, cocóides isolados ou coloniais, com dimensões normalmente inferiores a 50 um, e filamentos tubulares e celulares, com diâmetros variáveis entre 1 e 18 um, dominam as assembléias fossilíferas. Dezenove táxons distintos foram identificados nas amostras analisadas. Onze foram atribuídos às cyanophyceae (cianofíceas ou cianobactérias): siphonophycus robustum, s. kætron, Paleolyngbya sp., Polytrichoides sp., Nostocales 1, Myxococcoides sp. 1, Myxococcoides sp.2, Eosynechococcus medius, E. grandis, chroococcales 1 e chroococcales 2, os demais, de natureza indefinida, foram reunidos na categoria Incertae Sedis: Leiosphaeridia crassa, L. ternata, Leiosphaeridia sp. 1, Leiosphaeridic sp. 2, cf . Glenobotrydion, Huroniospora sp., Forma 1 e Forma 2. Todos os táxons apresentam ampla distribuição vertical no Proterozóico, sendo, por isso, pouco úteis nas questöes bioestratigráficas. A despeito de todas as limitações do registro pré-cambriano. foi possível associar à quase todas as assembléias um significado paleoambiental, a partir da comparação com microrganismos atuais, principalmente as cianofíceas.This dissertation presents the most detailed paleobiological study to date of subsurface Proterozoic sediments from Brazil, including the first reports of microfossils from the Mesoproterozoic Espinhaço Supergroup and the Neoproterozoic lagoa do Jacaré Formation. Meso and Neoproterozoic sediments were investigated from botl outcrops and subsurface of central Brazil (northwestern Minas Gerais and eastern Goiás). A total of 66 samples were analysed by palynological and/or petrographic techiniques; 41 proved to be fossiliferous. As most of the Proterozoic rock outcrops are intensely weathered, only the few silicified sediments collected near Unaí apparently from the Paranoá Group have yielded significant microfossils. On the other hand, diverse microfossils assemblages were identified in most of tle subsurface samples -all furnished by PETROBRÁS- from the Southern São Francisco Craton.Near Montalvânia and Buritizeiros (MG) three wells provided sediments from the Meso and Neoproterozoic Espinhaço and são Francisco supergroups, respectively. Only the sediments of the fourth well, drilled on the craton near Alvorada do Norte (GO) within the zone of influence of the Brasilia Fold-Belt, exhibit clear evidence of the Brasiliano tectonism. The best fossiliferous sediments -with abundant and well-preserved microfossils- are from the stable zone of the Espinhaço Supergroup (Conselheiro Mata Group). This is the first record of fossils in the sediments of that Supergroup. The assemblages are dominated by simple forms represented by isolated and colonial coccoidal microfossils smaller than 50 um and by tubular and celular filaments 1 to 18 um in mean diameter. Nineteen different taxa were identified the investigated samples. Eleven are attributed to the cyanophyceae (blue-green algae or cyanobacteria): siphonophycus robustum, s. kestron, Paleolyngbya sp., Polytrichoídes sp., Nostocales l, Mixococcoides sp. 1,, Myxococcoides sp. 2, Eosynechococcus medius, E, grandis, chroococcales l, and chroococcales 2. The remaining eight, of uncertain biological affinities are considered as Incertae Sedis: Leiosphaeridia crassa, L. ternata, Leiosphaeridía sp. 1, Leiosphaeridia sp. 2, cf. Glenobotrydion, Huroniospora sp., Forma 1, and Forma 2 . All the identified taxa exibit a broad vertical range in the Proterozoic and thus are not very useful for biostratigraphical purposes. Despite all the restrictions of the Precambriam paleontological record, it was possible to infer the probable depositional environment of several of the microfossiliferous samples, based on the habit of the analogous living microorganisms (mostly blue-green algae).Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFairchild, Thomas RichSimonetti, Cristina1994-11-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-19062015-151155/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:57Zoai:teses.usp.br:tde-19062015-151155Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Paleobiologia de sedimentos meso e neoproterozoicos da porcão meridional do craton do São Francisco Not available. |
title |
Paleobiologia de sedimentos meso e neoproterozoicos da porcão meridional do craton do São Francisco |
spellingShingle |
Paleobiologia de sedimentos meso e neoproterozoicos da porcão meridional do craton do São Francisco Simonetti, Cristina Not available. Paleontologia Paleontologia e Estratigrafia |
title_short |
Paleobiologia de sedimentos meso e neoproterozoicos da porcão meridional do craton do São Francisco |
title_full |
Paleobiologia de sedimentos meso e neoproterozoicos da porcão meridional do craton do São Francisco |
title_fullStr |
Paleobiologia de sedimentos meso e neoproterozoicos da porcão meridional do craton do São Francisco |
title_full_unstemmed |
Paleobiologia de sedimentos meso e neoproterozoicos da porcão meridional do craton do São Francisco |
title_sort |
Paleobiologia de sedimentos meso e neoproterozoicos da porcão meridional do craton do São Francisco |
author |
Simonetti, Cristina |
author_facet |
Simonetti, Cristina |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Fairchild, Thomas Rich |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Simonetti, Cristina |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Not available. Paleontologia Paleontologia e Estratigrafia |
topic |
Not available. Paleontologia Paleontologia e Estratigrafia |
description |
Esta dissertação, até o momento, o mais detalhado estudo paleobiológico de sedimentos de subsuperfície do Proterozóico brasileiro, apresenta os primeiros registros de microfósseis do Supergrupo Espinhaço e da Formação Lagoa do Jacaré (Grupo Bambuî). Os sedimentos, meso e neoproterozóicos, foram selecionados de afloramentos e de testemunhos de subsuperfície do Brasil central (noroeste de Minas Gerais e leste de Goiás). Um total de 66 amostras - das quais, 41 microfossilíferas foram analisadas através de técnicas palinológicas e/ou petrográficas. Devido à intensa alteração dos afloramentos, apenas nas amostras de sílex negro, coletadas nos arredores de Unaí (possivelmente do Grupo Paranoá),foram identificados microfósseis significativos. Grande parte dos sedimentos de subsuperfície. ao contrário dos anteriores, forneceram microfósseis abundantes e, quase sempre, bem conservados; foram selecionados de testemunhos de quatro poços, perfurados na porção sul do Cráton do São Francisco (amostras cedidas pela PETROBRÁS). Nos arredores Montalvânia e Buritizeiros (MG), três dos poços recuperaram sedimentos meso e neoproterozóicos não afetados pelos dobramentos brasilianos, atribuídos, respectivamente, aos supergrupos Espinhaço e São Francisco. Apenas os sedimentos do quarto poço, perfurado na região cratônica, porém dentro da zona de influência da Faixa Brasília, em Alvorada do Norte (GO), exibem evidências de deformação. As melhores amostras fossilíferas, com microfósseis diversos e bem preservados, pertencem ao Supergrupo Espinhaço (Gr. Conselheiro Mata) da zona cratônica estável. Constituem os primeiros registros micropaleontológicos do supergrupo. Formas simples, cocóides isolados ou coloniais, com dimensões normalmente inferiores a 50 um, e filamentos tubulares e celulares, com diâmetros variáveis entre 1 e 18 um, dominam as assembléias fossilíferas. Dezenove táxons distintos foram identificados nas amostras analisadas. Onze foram atribuídos às cyanophyceae (cianofíceas ou cianobactérias): siphonophycus robustum, s. kætron, Paleolyngbya sp., Polytrichoides sp., Nostocales 1, Myxococcoides sp. 1, Myxococcoides sp.2, Eosynechococcus medius, E. grandis, chroococcales 1 e chroococcales 2, os demais, de natureza indefinida, foram reunidos na categoria Incertae Sedis: Leiosphaeridia crassa, L. ternata, Leiosphaeridia sp. 1, Leiosphaeridic sp. 2, cf . Glenobotrydion, Huroniospora sp., Forma 1 e Forma 2. Todos os táxons apresentam ampla distribuição vertical no Proterozóico, sendo, por isso, pouco úteis nas questöes bioestratigráficas. A despeito de todas as limitações do registro pré-cambriano. foi possível associar à quase todas as assembléias um significado paleoambiental, a partir da comparação com microrganismos atuais, principalmente as cianofíceas. |
publishDate |
1994 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1994-11-24 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-19062015-151155/ |
url |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-19062015-151155/ |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
|
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
|
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br |
_version_ |
1815257171188776960 |