Ociosos e sedicionários: populações indígenas e os tempos do trabalho nos Campos de Piratininga (século XVII)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Velloso, Gustavo
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-25112016-134603/
Resumo: O presente trabalho contém uma leitura do processo de incorporação colonial das populações indígenas assentadas no sul do continente americano durante o século XVII, a partir de seu envolvimento forçado em padrões temporais de trabalho estranhos àqueles a que estavam, até então, habituados. A análise tem como foco geográfico a área planaltina de São Paulo, onde na época foram instalados sítios e fazendas agrícolas cuja produção comercial empregou centenas de nativos. Argumenta-se que os variados grupos indígenas situados então naquelas partes, a despeito da sua diversidade, compartilhavam análogos padrões de assentamento e expectativas relacionadas ao trabalho produtivo. Progressivamente, tais expectativas foram sendo inviabilizadas pela subsunção forçada daqueles grupos a uma estrutura complexa de produção de excedentes de cujos controle, sentido e ritmos de trabalho eles se encontravam, grosso modo, alienados. Tentativas de restabelecimento da situação anterior originaram reações violentas, bem como fugas individuais e coletivas, práxis de um momento crucial da história colonial paulista.
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