Avaliação da dor perineal, cicatrização e satisfação da mulher no pós-parto com o reparo perineal com o uso de cola cirúrgica e fio de sutura: estudo transversal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marks, Percela Moscoso Tence
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-12122019-174526/
Resumo: Introdução: A efetividade da cola cirúrgica no reparo perineal no parto normal deve ser estudada, visto que esse material é utilizado em várias áreas da saúde e pode trazer benefícios para a mulher. Objetivos: Comparar a intensidade da dor perineal, o processo de cicatrização e a satisfação da mulher com o reparo do trauma perineal no parto normal, com uso de cola cirúrgica ou fio de sutura. Método: Estudo transversal aninhado a um ensaio clínico. A amostra foi constituída por 110 mulheres sem parto vaginal anterior que tiveram parto normal no Pronto Socorro e Maternidade Municipal Zoraide Eva das Dores, Itapecerica da Serra, São Paulo. Os dados foram coletados entre 10 e 20 dias após o parto, mediante a Escala Visual Numérica (EVN) para avaliar a intensidade da dor (escore 0= sem dor a escore 10= dor insuportável), a escala REEDA (escore 0= melhor resultado a escore 15= pior resultado) para avaliar o processo de cicatrização perineal e a escala tipo Likert de cinco pontos para verificar a satisfação da mulher com ao reparo perineal. Os desfechos foram analisados segundo a distribuição das mulheres no grupo experimental (GE: reparo perineal com cola cirúrgica Glubran 2®; n=55) e no grupo controle (GC: reparo perineal com fio Vicryl®; n=55). Foram feitas análise descritiva, com frequência, média e desvio-padrão (d.p.), e inferencial, com teste qui-quadrado (aproximado pelo teste de Monte Carlo) e ANOVA (ajustada para comparações múltiplas). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Resultados: Em relação às características sociodemográficas e clínico-obstétricas das 110 mulheres avaliadas, GC e GE mostraram-se homogêneos, sem diferença estatística para as seguintes variáveis: idade materna, cor da pele, escolaridade, ocupação, situação conjugal, estado nutricional, idade gestacional e peso do recém-nascido. A intensidade da dor perineal avaliada pela EVN mostrou escore menor entre as mulheres do GE (média=0,2; d.p.=0,9) em comparação àquelas do GC (média 1,3; d.p.=2,1) (p<0,001). Em relação à intensidade da dor, classificada como sem dor, dor leve, moderada ou forte, os resultados foram favoráveis ao GE (94,6% sem dor; 1,8% dor leve; 3,6% dor moderada), em comparação ao GC (63,6% sem dor; 18,2% dor leve; 16,4% dor moderada; 1,8% dor forte) (p<0,001). Na análise de subgrupos, houve diferença estatisticamente significante apenas entre as mulheres com laceração perineal de primeiro grau, com proporção maior de mulheres sem dor ou com dor leve entre aquelas do GE (p=0,004). Quanto à cicatrização perineal, na análise global da escala REEDA (hiperemia, edema, equimose, secreção e coaptação das bordas), não houve diferença significativa em relação ao tipo de reparo. Na análise de subgrupos, o processo de cicatrização mostrou melhor resultado entre as mulheres com laceração de primeiro grau (média=0,3; d.p.=0,6), em comparação àquelas com laceração de segundo grau ou episitomia (média=0,8; d.p.=0,9), independentemente do tipo de reparo (p<0,001). No entanto, a análise de subgrupos mostrou que entre as mulheres com laceração de segundo grau ou episitomia, a cicatrização foi melhor quando a reparo foi com fio de sutura (p=0,007), em especial, a coaptação das bordas (p<0,001). Em relação à satisfação da mulher com o reparo perineal, a maioria no GE mostrou-se satisfeitas (54,5%) e nenhuma referiu estar insatisfeita ou muito insatisfeita. Por outro lado, entre as mulheres do GC, 9,1% referiram estar insatisfeitas ou muito insatisfeitas (p=0,035). A menor satisfação foi entre as mulheres com laceração de segundo grau ou episiotomia que tiveram o reparo perineal com fio de sutura (p=0,022). Conclusão: O reparo perineal com cola cirúrgica Glubran 2® mostrou que a dor foi menor do que com o uso do fio Vicryl®. O processo de cicatrização obteve bons resultados com ambos os métodos de reparo. A satisfação das mulheres foi maior quando o reparo foi feito com a cola cirúrgica. A cola cirúrgica pode ser uma alternativa à sutura do trauma perineal no parto normal. Estudo financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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spelling Avaliação da dor perineal, cicatrização e satisfação da mulher no pós-parto com o reparo perineal com o uso de cola cirúrgica e fio de sutura: estudo transversalAssessment of perineal pain, healing and satisfaction of the woman after delivery with perineal repair with the use of surgical glue and surgical thread: cross-sectional studyCicatrizaçãoDorEnfermagem ObstétricaHealingObstetric NursingPainPeríneoPerineumSuturasSuturesIntrodução: A efetividade da cola cirúrgica no reparo perineal no parto normal deve ser estudada, visto que esse material é utilizado em várias áreas da saúde e pode trazer benefícios para a mulher. Objetivos: Comparar a intensidade da dor perineal, o processo de cicatrização e a satisfação da mulher com o reparo do trauma perineal no parto normal, com uso de cola cirúrgica ou fio de sutura. Método: Estudo transversal aninhado a um ensaio clínico. A amostra foi constituída por 110 mulheres sem parto vaginal anterior que tiveram parto normal no Pronto Socorro e Maternidade Municipal Zoraide Eva das Dores, Itapecerica da Serra, São Paulo. Os dados foram coletados entre 10 e 20 dias após o parto, mediante a Escala Visual Numérica (EVN) para avaliar a intensidade da dor (escore 0= sem dor a escore 10= dor insuportável), a escala REEDA (escore 0= melhor resultado a escore 15= pior resultado) para avaliar o processo de cicatrização perineal e a escala tipo Likert de cinco pontos para verificar a satisfação da mulher com ao reparo perineal. Os desfechos foram analisados segundo a distribuição das mulheres no grupo experimental (GE: reparo perineal com cola cirúrgica Glubran 2®; n=55) e no grupo controle (GC: reparo perineal com fio Vicryl®; n=55). Foram feitas análise descritiva, com frequência, média e desvio-padrão (d.p.), e inferencial, com teste qui-quadrado (aproximado pelo teste de Monte Carlo) e ANOVA (ajustada para comparações múltiplas). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Resultados: Em relação às características sociodemográficas e clínico-obstétricas das 110 mulheres avaliadas, GC e GE mostraram-se homogêneos, sem diferença estatística para as seguintes variáveis: idade materna, cor da pele, escolaridade, ocupação, situação conjugal, estado nutricional, idade gestacional e peso do recém-nascido. A intensidade da dor perineal avaliada pela EVN mostrou escore menor entre as mulheres do GE (média=0,2; d.p.=0,9) em comparação àquelas do GC (média 1,3; d.p.=2,1) (p<0,001). Em relação à intensidade da dor, classificada como sem dor, dor leve, moderada ou forte, os resultados foram favoráveis ao GE (94,6% sem dor; 1,8% dor leve; 3,6% dor moderada), em comparação ao GC (63,6% sem dor; 18,2% dor leve; 16,4% dor moderada; 1,8% dor forte) (p<0,001). Na análise de subgrupos, houve diferença estatisticamente significante apenas entre as mulheres com laceração perineal de primeiro grau, com proporção maior de mulheres sem dor ou com dor leve entre aquelas do GE (p=0,004). Quanto à cicatrização perineal, na análise global da escala REEDA (hiperemia, edema, equimose, secreção e coaptação das bordas), não houve diferença significativa em relação ao tipo de reparo. Na análise de subgrupos, o processo de cicatrização mostrou melhor resultado entre as mulheres com laceração de primeiro grau (média=0,3; d.p.=0,6), em comparação àquelas com laceração de segundo grau ou episitomia (média=0,8; d.p.=0,9), independentemente do tipo de reparo (p<0,001). No entanto, a análise de subgrupos mostrou que entre as mulheres com laceração de segundo grau ou episitomia, a cicatrização foi melhor quando a reparo foi com fio de sutura (p=0,007), em especial, a coaptação das bordas (p<0,001). Em relação à satisfação da mulher com o reparo perineal, a maioria no GE mostrou-se satisfeitas (54,5%) e nenhuma referiu estar insatisfeita ou muito insatisfeita. Por outro lado, entre as mulheres do GC, 9,1% referiram estar insatisfeitas ou muito insatisfeitas (p=0,035). A menor satisfação foi entre as mulheres com laceração de segundo grau ou episiotomia que tiveram o reparo perineal com fio de sutura (p=0,022). Conclusão: O reparo perineal com cola cirúrgica Glubran 2® mostrou que a dor foi menor do que com o uso do fio Vicryl®. O processo de cicatrização obteve bons resultados com ambos os métodos de reparo. A satisfação das mulheres foi maior quando o reparo foi feito com a cola cirúrgica. A cola cirúrgica pode ser uma alternativa à sutura do trauma perineal no parto normal. Estudo financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).Introduction: The effectiveness of surgical glue in perineal repair in natural childbirth should be studied, as this material is used in several health areas and may bring benefits to the woman. Objectives: To compare the intensity of perineal pain, the healing process and the satisfaction of the woman with the repair of perineal trauma during normal delivery, with the use of surgical glue or surgical thread. Method: This is a cross-sectional study coupled with a clinical trial. The sample was composed of 110 women without previous vaginal delivery who underwent natural childbirth in the Zoraide Eva das Dores Emergency Room and Municipal Maternity, located in Itapecerica da Serra, São Paulo. The data were collected between 10 and 20 days after delivery, using the Visual Numerical Scale (VNS) to assess pain intensity (score 0 = no pain to score 10 = unbearable pain), and REEDA scale (score 0 = best result to score 15 = worst result) to assess the perineal healing process, besides the five-point Likert-type scale to check the womans satisfaction with perineal repair. The outcomes were analyzed in line with the distribution of the women in the experimental group (EG: perineal repair with Glubran 2® surgical glue, n=55) and in the control group (CG: Vicryl® thread perineal repair; n=55). We performed descriptive analysis with frequency, mean and standard deviation (s.d.), and inferential, with chi-square test (approximated by the Monte Carlo test) and ANOVA (adjusted for multiple comparisons). This study was approved by the Research Ethics Committee of the School of Nursing of the University of São Paulo. Results: Regarding the sociodemographic and clinical-obstetric characteristics of the 110 assessed women, CG and EG were homogeneous, with no statistical difference for the following variables: maternal age, skin color, educational level, occupation, marital status, nutritional status, gestational age and newborns weight. The intensity of the perineal pain assessed by VNS showed a lower score among the women of EG (mean=0.2; s.d. =0.9) compared to those of CG (mean=1.3; s.d.=2.1) (p<0.001). Regarding pain intensity, classified as without pain, mild, moderate or severe pain, the results were favorable to EG (94.6% without pain, 1.8% mild pain, 3.6% moderate pain) compared to CG (63.6% without pain, 18.2% mild pain, 16.4% moderate pain, 1.8% severe pain) (p<0.001). When analyzing the subgroups, there was a statistically significant difference only among women with first-degree perineal laceration, with a higher proportion of women without pain or with mild pain among those of EG (p=0.004). As for perineal healing, when performing the overall analysis of REEDA scale (redness, oedema, ecchymosis, discharge, approximation of the wound edges (coaptation), there was no significant difference regarding the type of repair. When analyzing the subgroups, the healing process showed a better result among women with first-degree laceration (mean=0.3; s.d.=0.6) compared to those with second-degree laceration or episiotomy (mean=0.8; s.d.=0.9), regardless of the type of repair (p<0.001). Nevertheless, the analysis of subgroups showed that, among women with second-degree laceration or episiotomy, the healing was better when the repair was conducted with surgical thread (p=0.007), especially the edge coaptation (p <0.001). Regarding the satisfaction of the woman with perineal repair, most in EG showed to be satisfied (54.5%) and none reported being dissatisfied or very dissatisfied. On the other hand, among the women of CG, 9.1% reported being dissatisfied or very dissatisfied (p= 0.035). The lowest satisfaction was among women with second-degree laceration or episiotomy who underwent perineal repair with surgical thread (p=0.022). Conclusion: The perineal repair with Glubran 2® surgical glue showed that the pain was lower than with the use of Vicryl® thread. The healing process has obtained good results with both repair methods. The satisfaction of the women was higher when the repair was conducted with surgical glue. Surgical glue can be an alternative to suturing perineal trauma in natural childbirth. Study funded by the Foundation for Research Support of the State of São Paulo (FAPESP) and the National Council for Scientific and Technological Development (CNPq).Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBecker, Adriana CarociMarks, Percela Moscoso Tence2018-12-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-12122019-174526/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-01-07T23:42:01Zoai:teses.usp.br:tde-12122019-174526Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-01-07T23:42:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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