Relação entre a distribuição da posse da terra e o uso de fatores de produção na agricultura Brasileira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1971 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-151213/ |
Resumo: | Este trabalho estuda o uso relativo dos fatores, de produção em estabelecimentos agrícolas do Brasil, de conformidade com estratos de área. Os fatores de produção estudados foram: terra, mão-de-obra, tração animal e mecânica, inversões de capital, crédito e fertilizantes. O objetivo do estudo é verificar que tipo de empresa agrícola, conforme a área, está utilizando de forma mais adequada os recursos produtivos, do ponto de vista social. Utilizamos basicamente os dados do Censo Agrícola de 1960 publicados pelo IBGE e, para a análise estatística, os modelos de regressão simples linear e quadrática. Os resultados obtidos sobre o uso da terra mostram que: a) a intensidade do uso da terra no Brasil é muito grande nos estabelecimentos pequenos, caindo drasticamente quando aumenta a área média dos estabelecimentos. Nos estabelecimentos com área inferior a 10 hectares a área cultivada é superior a 60%; nos de tamanho médio esta porcentagem está em torno de 20%; e nos grandes, com área superior a 10.000 hectares, esta porcentagem baixa para 3,48%. b) em geral, os Estados do Sul tem uma agricultura muito mais intensiva, isto é, a porcentagem da área cultivada é relativamente maior nestes Estados, quando comparados com Estados do outras regiões. O Estado de São Paulo se destaca com uma elevada proporção da área cultivada em todos os estratos de área dos estabelecimentos. c) a área de terras incultas em porcentagem sobre a área cultivada é irrisória nos estabelecimentos com área inferior a 5 hectares, onde não atinge a 10%; nos de 100 a 200 hectares esta porcentagem é de 55,37%; e nos estabelecimentos com área superior a 5.000 hectares esta porcentagem é altíssima, superior a 100%. d) em quase todos os Estados, as terras incultas têm maior extensão do que as terras cultivadas em alguns dos estratos de grandes estabelecimentos. Fogem à regra apenas os Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. Quanto ao uso de força animal ou mecânica nos estabelecimentos rurais, os resultados mostram que: a) nos estabelecimentos com menos de 5 hectares cultivados o uso de força animal ou mecânica se restringe a pequeno número do estabelecimentos: mais de 80% deles só empregam força humana. Nos estabelecimentos com mais de 200 hectares cultivados a porcentagem dos que não empregam força animal ou mecânica não vai além de 32%. b) nos Estados do Nordeste é muito alta a porcentagem dos estabelecimentos sem uso de força animal ou mecânica, principalmente quando comparados com os do Sul. c) tanto nos estabelecimentos com área inferior a 5 hectares, como naqueles com área superior a 10.000 hectares a porcentagem dos que não empregam arado é maior do que 80%; é naqueles com área entre 20 e 50 hectares que esta porcentagem ó menor, pouco abaixo de 70%. d) nos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina os estabelecimentos que fazem maior uso de arado são aqueles com área compreendida entre 200 e 1. 000 hectares, 10 o 100 hectares, 20 e 100 hectares, respectivamente. e) os valores ajustados para o Brasil sugerem que são os estabelecimentos médios que fazem maior uso de arado. f) o valor dos veículos, máquinas, instrumentos agrários e maquinaria em porcentagem sobre o valor da terra é muito baixo em todos os estabelecimentos rurais do Brasil. Com exceção dos grandes, com área superior a 10.000 hectares, esta porcentagem situa-se em torno de 8%. Sôbre o emprego do mão-de-obra nos estabelecimentos agrícolas os resultados revelam que: a) o emprego da mão-de-obra no Brasil é mais intensivo nos estabelecimentos com área inferior a 2 hectares, o:dstindo uma relação aproximada do 3 homens por hectare cultivado; nos incluídos na categoria de médios esta relação se aproxima de um homem para cada 5 hectares cultivados; e nos grandes, um homem para cada 16 hectares cultivados. b) no tocante à mão-de-obra assalariada comparada com a mão-de-obra total, a relação entre as duas cresce com a área média dos estabelecimentos. Nos pequenos estabelecimentos a mão-de-obra assalariada atinge até um terço da total; nos médios esta proporção se eleva para pouco mais da metade; e nos grandes a razão se eleva a mais de dois terços. c) na maior parte dos Estados a predominância da mão-de-obra assalariada é típica dos grandes estabelecimentos. Nos Estados do Ceará e Paraíba há predominância da mão-de-obra assalariada nos estabelecimentos referentes aos estratos de 200 a 2.000 hectares e 500 a 5.000 hectares, respectivamente. Os resultados alusivos ao emprego de capital sugerem que: a) o valor das inversões de capital feitas por hectare da terra cultivada durante o ano de 1959 foi muito baixo nos estabelecimentos rurais do Brasil, variando entre um a três cruzeiros, aproximadamente, nos diversos estratos de área. O valor mais elevado refere-se, na maioria das vezes, aos estabelecimentos pequenos. b) nos Estados do Sul e Centro-Oeste o valor das inversões por hectare cultivado é bastante elevado, comparativamente aos outros Estados. Porém, este valor é acentuadamente mais elevado nos estabelecimentos com área inferior a 2 hectares, elevando-se até 36 cruzeiros em alguns casos. c) uma pequena porcentagem dos estabelecimentos pequenos faz uso do crédito rural, mas esta porcentagem cresce com a área dos estabelecimentos. Nos estabelecimentos com área inferior a 2 hectares esta porcentagem está ao redor de 3%, supera 10% naqueles com área acima de 50 hectares e atinge mais de 20% no estrato do maior área. d) os grandes estabelecimentos referentes aos Estados de Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os maiores usuários de crédito, comparativamente com os da mesma categoria em outros Estados. e) dos estabelecimentos pequenos, usuários de crédito, uma porcentagem inferior a 46% usa o crédito institucional. Naqueles da área inferior a 10 hectares, os usuários do crédito agrícola institucional não atingem a 19%. Nos médios esta fração vai além de 50% e, nos grandes se eleva a mais de 70%. Sobre o uso de fertilizantes nossa pesquisa revelou que: a) ainda é muito baixa a porcentagem dos estabelecimentos rurais no Brasil que usam este insumo. A prática de adubação só atinge uma fração muito pequena dos estabelecimentos, especialmente dos pequenos e grandes. Nos de área inferior a 5 hectares é pouco menos de 10% a porcentagem dos estabelecimentos que empregam fertilizante do qualquer tipo; o mesmo fato se repete naqueles de área superior a 200 hectares. b) nos Estados do Nordeste e Centro-Oeste, é irrisória a porcentagem dos estabelecimentos que usam fertilizante de qualquer tipo, em qualquer estrato de área. Porém, em todos os Estados do Brasil os estabelecimentos de área entre 100 e 200 hectares se destacam pela fração mais alta dos que empregam este insumo, comparativamente aos outros estratos de área. |
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Relação entre a distribuição da posse da terra e o uso de fatores de produção na agricultura BrasileiraBRASILDISTRIBUIÇÃO DA POSSE DA TERRAPRODUÇÃO AGRÍCOLAEste trabalho estuda o uso relativo dos fatores, de produção em estabelecimentos agrícolas do Brasil, de conformidade com estratos de área. Os fatores de produção estudados foram: terra, mão-de-obra, tração animal e mecânica, inversões de capital, crédito e fertilizantes. O objetivo do estudo é verificar que tipo de empresa agrícola, conforme a área, está utilizando de forma mais adequada os recursos produtivos, do ponto de vista social. Utilizamos basicamente os dados do Censo Agrícola de 1960 publicados pelo IBGE e, para a análise estatística, os modelos de regressão simples linear e quadrática. Os resultados obtidos sobre o uso da terra mostram que: a) a intensidade do uso da terra no Brasil é muito grande nos estabelecimentos pequenos, caindo drasticamente quando aumenta a área média dos estabelecimentos. Nos estabelecimentos com área inferior a 10 hectares a área cultivada é superior a 60%; nos de tamanho médio esta porcentagem está em torno de 20%; e nos grandes, com área superior a 10.000 hectares, esta porcentagem baixa para 3,48%. b) em geral, os Estados do Sul tem uma agricultura muito mais intensiva, isto é, a porcentagem da área cultivada é relativamente maior nestes Estados, quando comparados com Estados do outras regiões. O Estado de São Paulo se destaca com uma elevada proporção da área cultivada em todos os estratos de área dos estabelecimentos. c) a área de terras incultas em porcentagem sobre a área cultivada é irrisória nos estabelecimentos com área inferior a 5 hectares, onde não atinge a 10%; nos de 100 a 200 hectares esta porcentagem é de 55,37%; e nos estabelecimentos com área superior a 5.000 hectares esta porcentagem é altíssima, superior a 100%. d) em quase todos os Estados, as terras incultas têm maior extensão do que as terras cultivadas em alguns dos estratos de grandes estabelecimentos. Fogem à regra apenas os Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. Quanto ao uso de força animal ou mecânica nos estabelecimentos rurais, os resultados mostram que: a) nos estabelecimentos com menos de 5 hectares cultivados o uso de força animal ou mecânica se restringe a pequeno número do estabelecimentos: mais de 80% deles só empregam força humana. Nos estabelecimentos com mais de 200 hectares cultivados a porcentagem dos que não empregam força animal ou mecânica não vai além de 32%. b) nos Estados do Nordeste é muito alta a porcentagem dos estabelecimentos sem uso de força animal ou mecânica, principalmente quando comparados com os do Sul. c) tanto nos estabelecimentos com área inferior a 5 hectares, como naqueles com área superior a 10.000 hectares a porcentagem dos que não empregam arado é maior do que 80%; é naqueles com área entre 20 e 50 hectares que esta porcentagem ó menor, pouco abaixo de 70%. d) nos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina os estabelecimentos que fazem maior uso de arado são aqueles com área compreendida entre 200 e 1. 000 hectares, 10 o 100 hectares, 20 e 100 hectares, respectivamente. e) os valores ajustados para o Brasil sugerem que são os estabelecimentos médios que fazem maior uso de arado. f) o valor dos veículos, máquinas, instrumentos agrários e maquinaria em porcentagem sobre o valor da terra é muito baixo em todos os estabelecimentos rurais do Brasil. Com exceção dos grandes, com área superior a 10.000 hectares, esta porcentagem situa-se em torno de 8%. Sôbre o emprego do mão-de-obra nos estabelecimentos agrícolas os resultados revelam que: a) o emprego da mão-de-obra no Brasil é mais intensivo nos estabelecimentos com área inferior a 2 hectares, o:dstindo uma relação aproximada do 3 homens por hectare cultivado; nos incluídos na categoria de médios esta relação se aproxima de um homem para cada 5 hectares cultivados; e nos grandes, um homem para cada 16 hectares cultivados. b) no tocante à mão-de-obra assalariada comparada com a mão-de-obra total, a relação entre as duas cresce com a área média dos estabelecimentos. Nos pequenos estabelecimentos a mão-de-obra assalariada atinge até um terço da total; nos médios esta proporção se eleva para pouco mais da metade; e nos grandes a razão se eleva a mais de dois terços. c) na maior parte dos Estados a predominância da mão-de-obra assalariada é típica dos grandes estabelecimentos. 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Nos estabelecimentos com área inferior a 2 hectares esta porcentagem está ao redor de 3%, supera 10% naqueles com área acima de 50 hectares e atinge mais de 20% no estrato do maior área. d) os grandes estabelecimentos referentes aos Estados de Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os maiores usuários de crédito, comparativamente com os da mesma categoria em outros Estados. e) dos estabelecimentos pequenos, usuários de crédito, uma porcentagem inferior a 46% usa o crédito institucional. Naqueles da área inferior a 10 hectares, os usuários do crédito agrícola institucional não atingem a 19%. Nos médios esta fração vai além de 50% e, nos grandes se eleva a mais de 70%. Sobre o uso de fertilizantes nossa pesquisa revelou que: a) ainda é muito baixa a porcentagem dos estabelecimentos rurais no Brasil que usam este insumo. A prática de adubação só atinge uma fração muito pequena dos estabelecimentos, especialmente dos pequenos e grandes. Nos de área inferior a 5 hectares é pouco menos de 10% a porcentagem dos estabelecimentos que empregam fertilizante do qualquer tipo; o mesmo fato se repete naqueles de área superior a 200 hectares. b) nos Estados do Nordeste e Centro-Oeste, é irrisória a porcentagem dos estabelecimentos que usam fertilizante de qualquer tipo, em qualquer estrato de área. Porém, em todos os Estados do Brasil os estabelecimentos de área entre 100 e 200 hectares se destacam pela fração mais alta dos que empregam este insumo, comparativamente aos outros estratos de área.This thesis studies the relative use of production factors on Brazilian farms that were classified according to farm size. The following factors were studied: land, labor, animal and mechanical power, capital investments, credit, and fertilizers. The objective of this study was to find out the type of farm, classified by size, which utilizes its productive resources most eficiently from a social point of view. The data used were those of the Agricultural Census of 1960, published by the IBGE and for the statistical analysis the simple linear and quadratic regression models were utilized. The results obtained on the use of land show that: a) the intensity of use of land in Brazil is very great on small farms, however, it falls drastically as the average size of farms increases. On farms with less than 10 hectares more than 60% of the area is cultivated; on medium size farms this percentage is around 20%; and on large farms, with more than 10,000 hectares, this percentage falls to 3.48%. b) in general, the Southern States have a much more intensive agriculture, that is, the cultivated area is relatively larger in these States, as compared to the states of the other regions. The State of São Paulo is outstanding with a high percentage of cultivated area in all the farm size strata. e) the area os uncultivated land as a percentage of the cultivated area is insignificant on farms with less than 5 hectares, where it does not reach 10%; on farms ranging from 100 to 200 hectares, the percentage is 55.37%; and on farms with more than 5,000 hectares the p6rcentage is very high, more than 100%. d) in almost all of the States, there is a greater area of uncultivated land than of cultivated land in some of the strata for large farms. The States of São Paulo and Rio Grande do Sul are the only exceptions to this rule. With regard to the use of animal or mechanical power on farms, the results show that: a) on farms with less than 5 hectares of cultivated land. the use of animal or mechanical power is limited to a small number of farms; more than 80% of these employ only man power. On farms with more than 200 hectares of cultivated land, the percentage of those which do not employ animal or mechanical power does not exceed 32%. b) in the Northeastern States the percentage of farms that do not use animal or mechanical power is very high, especially as compared to the Southern States. c) the percentage of those that do not use a plow on farms with less tha11 5 hectares as well as on farms with more than 10,000 hectares, is higher than 80%; on farms rm1ging from 20 to 50 hectares this percentage is lower, a little less than 70%. d) in the States of Minas Gerais, Rio Grande do S1,ü and Santa Catarina, the farms that make a greater use of the r:ilmr are those with areas ranging from 200 to 1,000 hectares, 10 to 100 hectares, respectively. e) the regression adjusted for B:..'azil suggest that it is the medium sized farms that make the greater use of the plow. f) the value of vehicles, machinery, agricultural tools and equipment as a percentage of the land value is very low for all farms in Brazil. with the exception of the large farms, with an area of more than 10,000 hectares, this percentage is around 8%. With regard to labor employed on farms, the results show that: a) the use of labor in Brazil is more intensive on farms that have an area of less than 2 hectares, where the ratio is approximately 3 men per cultivated hectare. On those farms included in the medium size category, this ratio is about one man per 5 cultivated hectares; and on the large farms, one man per 16 cultivated hectares. b) Co11cer11ing the use of hired labor as compared to total labor, the ratio increases with the average size of farm. 0n small farms the hired labor is nearly one third of total labor; on medium size farms this ratio is a little more than half; and on large size farms the ratio is more than two thirds. c) in most States the predominance of hired labor is typical of the large size farms. In the States of Ceará and Paraiba hired labor predominates on farms ranging from 200 to 2,000 hectares and 500 to 5,000 hectares, respectively. The findings concerning the use of capital suggest that: a) the value of new capital investments per hectare of cultivated lanc1 made during 1S5S was very low on Brazilian farms ranging from about one to three cruzeiros in the various size strata. The highest value, as a general rule, refers to the smaller size farms. b) in the Southern and Midwestern States, the value of new investments made per cultivated hectare is fairly high, as compared to the other states. However, this value is much higher on enterprises with less than 2 hectares, where it reaches up to 36 cruzeiros in some cases. c) a small percentage of the small size farms make use of rural credit, however this percentage increases with the size of farms. On farms with less than 2 hectares this percentage in around 3%; it is more than 10% on those farms with r:iore than 50 hectares and it exceeds 20% in the largest size strata. d) the large size farms in the States of Rio Grande do Norte, Paraiba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espirito Santo, São Paulo and Rio Grande do Sul were the greatest users of credit, as compared to those in the same size category in the other States. e) of the small farms that are users of credit 1 less than 46% use institutional credit. On those farms of less than 10 hectares, the users of institutional agricultural credit do not reach 19%. on medium size farms, this percentage exceeds 50% and on the large farms, it is more than. 70%. Concerning the use of fertilizer, our research has shown that: a) the percentage of Brazilian farms that used this input is still very low. The practice of fertilization reaches a very small percentage of the farms, especially on the large and small farm. In those with less than 5 hectares the percentage of farms that employ fertilizer of any type is less than 10%; the same is true of those with an area of more than 200 hectares. b) in the Northeastern and Midwestern States the percentage of farms that use fertilizers of any type is insignificant. Of those who use fertilizer in all states of Brasil the farms in the category between 100 and 200 hectares use a higher percentage, as compared to the other size strata.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPHoffmann, RodolfoCarlos, Maria Cleide Rodrigues1971-10-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-151213/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-03-14T15:24:05Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-151213Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-03-14T15:24:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Este trabalho estuda o uso relativo dos fatores, de produção em estabelecimentos agrícolas do Brasil, de conformidade com estratos de área. Os fatores de produção estudados foram: terra, mão-de-obra, tração animal e mecânica, inversões de capital, crédito e fertilizantes. O objetivo do estudo é verificar que tipo de empresa agrícola, conforme a área, está utilizando de forma mais adequada os recursos produtivos, do ponto de vista social. Utilizamos basicamente os dados do Censo Agrícola de 1960 publicados pelo IBGE e, para a análise estatística, os modelos de regressão simples linear e quadrática. Os resultados obtidos sobre o uso da terra mostram que: a) a intensidade do uso da terra no Brasil é muito grande nos estabelecimentos pequenos, caindo drasticamente quando aumenta a área média dos estabelecimentos. Nos estabelecimentos com área inferior a 10 hectares a área cultivada é superior a 60%; nos de tamanho médio esta porcentagem está em torno de 20%; e nos grandes, com área superior a 10.000 hectares, esta porcentagem baixa para 3,48%. b) em geral, os Estados do Sul tem uma agricultura muito mais intensiva, isto é, a porcentagem da área cultivada é relativamente maior nestes Estados, quando comparados com Estados do outras regiões. O Estado de São Paulo se destaca com uma elevada proporção da área cultivada em todos os estratos de área dos estabelecimentos. c) a área de terras incultas em porcentagem sobre a área cultivada é irrisória nos estabelecimentos com área inferior a 5 hectares, onde não atinge a 10%; nos de 100 a 200 hectares esta porcentagem é de 55,37%; e nos estabelecimentos com área superior a 5.000 hectares esta porcentagem é altíssima, superior a 100%. d) em quase todos os Estados, as terras incultas têm maior extensão do que as terras cultivadas em alguns dos estratos de grandes estabelecimentos. Fogem à regra apenas os Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. Quanto ao uso de força animal ou mecânica nos estabelecimentos rurais, os resultados mostram que: a) nos estabelecimentos com menos de 5 hectares cultivados o uso de força animal ou mecânica se restringe a pequeno número do estabelecimentos: mais de 80% deles só empregam força humana. Nos estabelecimentos com mais de 200 hectares cultivados a porcentagem dos que não empregam força animal ou mecânica não vai além de 32%. b) nos Estados do Nordeste é muito alta a porcentagem dos estabelecimentos sem uso de força animal ou mecânica, principalmente quando comparados com os do Sul. c) tanto nos estabelecimentos com área inferior a 5 hectares, como naqueles com área superior a 10.000 hectares a porcentagem dos que não empregam arado é maior do que 80%; é naqueles com área entre 20 e 50 hectares que esta porcentagem ó menor, pouco abaixo de 70%. d) nos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina os estabelecimentos que fazem maior uso de arado são aqueles com área compreendida entre 200 e 1. 000 hectares, 10 o 100 hectares, 20 e 100 hectares, respectivamente. e) os valores ajustados para o Brasil sugerem que são os estabelecimentos médios que fazem maior uso de arado. f) o valor dos veículos, máquinas, instrumentos agrários e maquinaria em porcentagem sobre o valor da terra é muito baixo em todos os estabelecimentos rurais do Brasil. Com exceção dos grandes, com área superior a 10.000 hectares, esta porcentagem situa-se em torno de 8%. Sôbre o emprego do mão-de-obra nos estabelecimentos agrícolas os resultados revelam que: a) o emprego da mão-de-obra no Brasil é mais intensivo nos estabelecimentos com área inferior a 2 hectares, o:dstindo uma relação aproximada do 3 homens por hectare cultivado; nos incluídos na categoria de médios esta relação se aproxima de um homem para cada 5 hectares cultivados; e nos grandes, um homem para cada 16 hectares cultivados. b) no tocante à mão-de-obra assalariada comparada com a mão-de-obra total, a relação entre as duas cresce com a área média dos estabelecimentos. Nos pequenos estabelecimentos a mão-de-obra assalariada atinge até um terço da total; nos médios esta proporção se eleva para pouco mais da metade; e nos grandes a razão se eleva a mais de dois terços. c) na maior parte dos Estados a predominância da mão-de-obra assalariada é típica dos grandes estabelecimentos. Nos Estados do Ceará e Paraíba há predominância da mão-de-obra assalariada nos estabelecimentos referentes aos estratos de 200 a 2.000 hectares e 500 a 5.000 hectares, respectivamente. Os resultados alusivos ao emprego de capital sugerem que: a) o valor das inversões de capital feitas por hectare da terra cultivada durante o ano de 1959 foi muito baixo nos estabelecimentos rurais do Brasil, variando entre um a três cruzeiros, aproximadamente, nos diversos estratos de área. O valor mais elevado refere-se, na maioria das vezes, aos estabelecimentos pequenos. b) nos Estados do Sul e Centro-Oeste o valor das inversões por hectare cultivado é bastante elevado, comparativamente aos outros Estados. Porém, este valor é acentuadamente mais elevado nos estabelecimentos com área inferior a 2 hectares, elevando-se até 36 cruzeiros em alguns casos. c) uma pequena porcentagem dos estabelecimentos pequenos faz uso do crédito rural, mas esta porcentagem cresce com a área dos estabelecimentos. Nos estabelecimentos com área inferior a 2 hectares esta porcentagem está ao redor de 3%, supera 10% naqueles com área acima de 50 hectares e atinge mais de 20% no estrato do maior área. d) os grandes estabelecimentos referentes aos Estados de Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os maiores usuários de crédito, comparativamente com os da mesma categoria em outros Estados. e) dos estabelecimentos pequenos, usuários de crédito, uma porcentagem inferior a 46% usa o crédito institucional. Naqueles da área inferior a 10 hectares, os usuários do crédito agrícola institucional não atingem a 19%. Nos médios esta fração vai além de 50% e, nos grandes se eleva a mais de 70%. Sobre o uso de fertilizantes nossa pesquisa revelou que: a) ainda é muito baixa a porcentagem dos estabelecimentos rurais no Brasil que usam este insumo. A prática de adubação só atinge uma fração muito pequena dos estabelecimentos, especialmente dos pequenos e grandes. Nos de área inferior a 5 hectares é pouco menos de 10% a porcentagem dos estabelecimentos que empregam fertilizante do qualquer tipo; o mesmo fato se repete naqueles de área superior a 200 hectares. b) nos Estados do Nordeste e Centro-Oeste, é irrisória a porcentagem dos estabelecimentos que usam fertilizante de qualquer tipo, em qualquer estrato de área. Porém, em todos os Estados do Brasil os estabelecimentos de área entre 100 e 200 hectares se destacam pela fração mais alta dos que empregam este insumo, comparativamente aos outros estratos de área. |
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