Cola adesiva cirúrgica no reparo de lacerações perineais de primeiro grau no parto normal: ensaio clínico aleatorizado controlado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Thaís Trevisan
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-16102024-131308/
Resumo: Introdução: O trauma perineal apresenta uma alta prevalência e pode estar relacionado a traumas físicos e psicológicos, as evidências científicas apontam que a técnica e o material mais adequados para o seu reparo são a sutura contínua e o fio poliglactina 910 de rápida absorção, entretanto, o reparo com o fio de sutura está relacionado a dor. As colas cirúrgicas apresentaram-se como uma das alternativas aos métodos tradicionais de reparo cirúrgico, o que parece se apresentar como uma alternativa eficaz no reparo perineal. Objetivo: Avaliar a efetividade da cola adesiva cirúrgica no reparo das lacerações perineais de primeiro grau decorrentes do parto normal, em comparação à sutura com fio. Métodos: Ensaio clínico randomizado, comparando a cola cirúrgica Epiglu® (etil- 2-cianoacrilato) com o fio Vicryl Rapide® (poliglactina 910) no reparo perineal, realizado no Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch, localizado na zona sul da cidade de São Paulo, SP. A amostra foi constituída por 84 mulheres com traumas perineais de primeiro grau com necessidade de reparo durante o parto normal, distribuídas no grupo experimental (GE; n=42; alocadas para o reparo com Epiglu®) e grupo controle (GC; n=42; alocadas para o reparo com Vicryl Rapide®). O desfecho primário foi a intensidade da dor perineal após o parto e os desfechos secundários foram o processo de cicatrização, a satisfação da mulher com reparo perineal e o tempo dispendido pelo profissional para o reparo. Os desfechos foram avaliados pela Escala Visual Numérica de 11 pontos para intensidade da dor perineal; Escala REEDA, para cicatrização perineal; Escala Visual Analógica para satisfação da mulher; cronômetro digital para contagem do tempo de reparo dispendido em ambas as técnicas. Os dados foram coletados em quatro etapas: até 2 horas pósparto, 12-14 horas, 36-48 horas e 10-20 dias pós-parto. Resultados: A média da intensidade da dor perineal foi significativamente menor nas mulheres no GE, em todas as etapas do estudo (p<0,001). A cicatrização perineal apresentou escores significativamente melhores na escala REEDA entre as mulheres no GE, em todas as etapas (p<0,05). A satisfação das mulheres com reparo perineal foi significativamente superior no GE em comparação com o GC (p<0,001). A média de tempo gasto para o reparo perineal foi 4,2 minutos no GE e 9,7 minutos no GC (p<0,001). Conclusão: O uso da cola cirúrgica promove menos dor, maior satisfação e mais rapidez no reparo, comparado ao uso do fio de sutura em mulheres com lacerações perineais de primeiro grau. Seu uso pode ser considerado no reparo deste tipo de laceração. Protocolo: O estudo foi registrado no Portal de Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos http://www.ensaiosclinicos.gov.br/rg/RBR-52y5tq/.
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Objetivo: Avaliar a efetividade da cola adesiva cirúrgica no reparo das lacerações perineais de primeiro grau decorrentes do parto normal, em comparação à sutura com fio. Métodos: Ensaio clínico randomizado, comparando a cola cirúrgica Epiglu® (etil- 2-cianoacrilato) com o fio Vicryl Rapide® (poliglactina 910) no reparo perineal, realizado no Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch, localizado na zona sul da cidade de São Paulo, SP. A amostra foi constituída por 84 mulheres com traumas perineais de primeiro grau com necessidade de reparo durante o parto normal, distribuídas no grupo experimental (GE; n=42; alocadas para o reparo com Epiglu®) e grupo controle (GC; n=42; alocadas para o reparo com Vicryl Rapide®). O desfecho primário foi a intensidade da dor perineal após o parto e os desfechos secundários foram o processo de cicatrização, a satisfação da mulher com reparo perineal e o tempo dispendido pelo profissional para o reparo. Os desfechos foram avaliados pela Escala Visual Numérica de 11 pontos para intensidade da dor perineal; Escala REEDA, para cicatrização perineal; Escala Visual Analógica para satisfação da mulher; cronômetro digital para contagem do tempo de reparo dispendido em ambas as técnicas. Os dados foram coletados em quatro etapas: até 2 horas pósparto, 12-14 horas, 36-48 horas e 10-20 dias pós-parto. Resultados: A média da intensidade da dor perineal foi significativamente menor nas mulheres no GE, em todas as etapas do estudo (p<0,001). A cicatrização perineal apresentou escores significativamente melhores na escala REEDA entre as mulheres no GE, em todas as etapas (p<0,05). A satisfação das mulheres com reparo perineal foi significativamente superior no GE em comparação com o GC (p<0,001). A média de tempo gasto para o reparo perineal foi 4,2 minutos no GE e 9,7 minutos no GC (p<0,001). Conclusão: O uso da cola cirúrgica promove menos dor, maior satisfação e mais rapidez no reparo, comparado ao uso do fio de sutura em mulheres com lacerações perineais de primeiro grau. Seu uso pode ser considerado no reparo deste tipo de laceração. Protocolo: O estudo foi registrado no Portal de Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos http://www.ensaiosclinicos.gov.br/rg/RBR-52y5tq/.Introduction: Perineal trauma has a high prevalence and may be related to physical and psychological trauma; scientific evidence indicates that the most suitable technique and material for its repair is continuous suture and fast-absorbing polyglactin 910 threads. However, repair with the suture is related to pain. Surgical glues presented themselves as one of the alternatives to traditional methods of surgical repair, which seems to be an effective alternative in perineal repair. Objective: To evaluate the effectiveness of surgical adhesive glue in repairing first-degree perineal tears resulting from a vaginal birth, compared to sutures with thread. Methods: Randomized clinical trial comparing Epiglu® surgical glue (ethyl-2-cyanoacrylate) with Vicryl Rapide® (polyglactin 910) thread in perineal repair, performed at the Dr. Moysés Deutsch Municipal Hospital, located in the south of the city of São Paulo, SP. The sample consisted of 84 women with first-degree perineal trauma needing a repair during vaginal birth, distributed in the experimental group (EG; n=42; allocated to repair with Epiglu®) and control group (CG; n=42; allocated to repair with Vicryl Rapide®). The primary outcome was the intensity of perineal pain after childbirth, and the secondary outcomes were the healing process, the woman\'s satisfaction with perineal repair, and the time taken by the professional for the repair. Outcomes were assessed using the 11-point Visual Numerical Scale for perineal pain intensity; REEDA scale for perineal healing; Visual Analog Scale for women\'s satisfaction; digital stopwatch for counting the repair time spent in both techniques. Data were collected in four steps: up to 2 hours postpartum, 12-14 hours, 36- 48 hours, and 10-20 days postpartum. Results: The mean intensity of perineal pain was significantly lower in women in the EG at all stages of the study (p<0.001). Perineal healing had significantly better scores on the REEDA scale among women in the EG at all stages (p<0.05). Women\'s satisfaction with the perineal repair was significantly higher in the EG compared to the CG (p<0.001). The average time taken for perineal repair was 4.2 minutes in the EG and 9.7 minutes in the CG (p<0.001). Conclusion: The use of surgical glue promotes less pain, greater satisfaction, and faster repair compared to the use of sutures in women with first-degree perineal tears. Its use can be considered in repairing this type of tears. Protocol: The study was registered on the Brazilian Registry of Clinical Trials platform http://www.ensaiosclinicos.gov.br/rg/RBR- 52y5tq/.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBellini, Maria Luiza Gonzalez RiescoTeixeira, Thaís Trevisan2022-03-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-16102024-131308/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-11-06T16:49:02Zoai:teses.usp.br:tde-16102024-131308Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-11-06T16:49:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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