Estudo comparativo entre nepafenaco 0,1% e dexametasona 0,1% no tratamento da inflamação pós facoemulsificação experimental em coelhos Nova Zelândia (Oryctolagus cuniculus)
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-24092012-125458/ |
Resumo: | As técnicas de remoção da catarata evoluíram consideravelmente nos últimos anos. No entanto, apesar do aprimoramento de novas técnicas e equipamentos, a inflamação resultante da manipulação e da remoção da lente é ainda uma das principais causas de complicações pós-operatórias. Desta forma novos anti-inflamatórios têm sido testados para o melhor controle da inflamação no sentido de aumentar o sucesso da cirurgia. O objetivo do presente trabalho foi comparar os efeitos anti-inflamatórios do nepafenaco 0,1% e da dexametasona 0,1% no tratamento da inflamação decorrente da facoemulsificação experimental em coelhos. Para tanto 21 coelhos foram submetidos à facoemulsificação do olho direito e distribuídos em três grupos: Grupo ST recebeu colírio de moxifloxacino 0,5% quatro vezes ao dia por 15 dias; Grupo CORT recebeu associação de colírios dexametasona 0,1% e moxifloxacino 0,5% quatro vezes ao dia por 15 dias; Grupo NEPA - recebeu associação de colírios nepafenaco 0,1% e moxifloxacino 0,5% quatro vezes ao dia por 15 dias. Os animais foram submetidos à avaliação clínica, mensuração de pressão intra-ocular, mensuração da espessura corneal e coleta de humor aquoso imediatamente antes do procedimento cirúrgico, 1, 2, 3, 7 e 15 dias após a cirurgia. As amostras foram armazenadas a -80°C para mensuração dos níveis de prostaglandina, proteína e ácido ascórbico. Com relação aos parâmetros clínicos, observou-se diferença para secreção ocular no momento T2 onde o grupo NEPA apresentou menor escore. O mesmo foi observado nos momentos T2 e T7 para hiperemia conjuntival, nos momentos T2 e T3 para opacidade corneal e no momento T3 para fibrina em câmara anterior. A paquimetria corneal não mostrou diferença significante entre os grupos, com exceção do momento T15 quando os grupos NEPA e CORT mostraram paquimetria inferior ao grupo ST. Os níveis de prostaglandina mostraram-se inferiores no grupo NEPA nos momentos T1 e T2 ainda que nos demais momento exista maior agrupamento de animais nos intervalos de menor concentração de PGE. Não se observou diferença entre os valores da pressão intra-ocular entre os grupos com exceção do momento T1 em que houve um pico de PIO no grupo CORT (35,7 ± 10,73 mmHg). Em relação à contagem de células não se observou diferença entre os grupos com exceção do momento T3 que mostrou menor número de células no grupo CORT. Os níveis de ácido ascórbico foram superiores no grupo NEPA em todos os momentos, porém apenas em T7 e T15 com diferença estatisticamente significante em relação ao CORT. O grupo CORT mostrou a concentração de proteína nos dois primeiros dias (T1 e T2) e a partir do momento T3 o grupo NEPA passou a apresentar concentrações de proteína discretamente menores. O grupo ST mostrou concentrações superiores em todos os momentos. O tempo de Ultra-som utilizado nos três grupos não diferiu estatisticamente. Desta forma podemos dizer que o nepafenaco foi eficiente na inibição da inflamação, redução da PCC e controle da PIO, sendo superior à dexametasona na inibição da formação de prostaglandina no HA e no restabelecimento dos níveis de ácido ascórbico na câmara anterior. |
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Estudo comparativo entre nepafenaco 0,1% e dexametasona 0,1% no tratamento da inflamação pós facoemulsificação experimental em coelhos Nova Zelândia (Oryctolagus cuniculus)Comparative effects of nepafenac 0,1% and dexametasone 0,1% eye drops after experimental phacoemulsification in rabbitsCataractCatarataCoelhosDexametasonaDexametasoneFacoemulsificaçãoNepafenacNepafenacoPhacoemulsificationRabbitsAs técnicas de remoção da catarata evoluíram consideravelmente nos últimos anos. No entanto, apesar do aprimoramento de novas técnicas e equipamentos, a inflamação resultante da manipulação e da remoção da lente é ainda uma das principais causas de complicações pós-operatórias. Desta forma novos anti-inflamatórios têm sido testados para o melhor controle da inflamação no sentido de aumentar o sucesso da cirurgia. O objetivo do presente trabalho foi comparar os efeitos anti-inflamatórios do nepafenaco 0,1% e da dexametasona 0,1% no tratamento da inflamação decorrente da facoemulsificação experimental em coelhos. Para tanto 21 coelhos foram submetidos à facoemulsificação do olho direito e distribuídos em três grupos: Grupo ST recebeu colírio de moxifloxacino 0,5% quatro vezes ao dia por 15 dias; Grupo CORT recebeu associação de colírios dexametasona 0,1% e moxifloxacino 0,5% quatro vezes ao dia por 15 dias; Grupo NEPA - recebeu associação de colírios nepafenaco 0,1% e moxifloxacino 0,5% quatro vezes ao dia por 15 dias. Os animais foram submetidos à avaliação clínica, mensuração de pressão intra-ocular, mensuração da espessura corneal e coleta de humor aquoso imediatamente antes do procedimento cirúrgico, 1, 2, 3, 7 e 15 dias após a cirurgia. As amostras foram armazenadas a -80°C para mensuração dos níveis de prostaglandina, proteína e ácido ascórbico. Com relação aos parâmetros clínicos, observou-se diferença para secreção ocular no momento T2 onde o grupo NEPA apresentou menor escore. O mesmo foi observado nos momentos T2 e T7 para hiperemia conjuntival, nos momentos T2 e T3 para opacidade corneal e no momento T3 para fibrina em câmara anterior. A paquimetria corneal não mostrou diferença significante entre os grupos, com exceção do momento T15 quando os grupos NEPA e CORT mostraram paquimetria inferior ao grupo ST. Os níveis de prostaglandina mostraram-se inferiores no grupo NEPA nos momentos T1 e T2 ainda que nos demais momento exista maior agrupamento de animais nos intervalos de menor concentração de PGE. Não se observou diferença entre os valores da pressão intra-ocular entre os grupos com exceção do momento T1 em que houve um pico de PIO no grupo CORT (35,7 ± 10,73 mmHg). Em relação à contagem de células não se observou diferença entre os grupos com exceção do momento T3 que mostrou menor número de células no grupo CORT. Os níveis de ácido ascórbico foram superiores no grupo NEPA em todos os momentos, porém apenas em T7 e T15 com diferença estatisticamente significante em relação ao CORT. O grupo CORT mostrou a concentração de proteína nos dois primeiros dias (T1 e T2) e a partir do momento T3 o grupo NEPA passou a apresentar concentrações de proteína discretamente menores. O grupo ST mostrou concentrações superiores em todos os momentos. O tempo de Ultra-som utilizado nos três grupos não diferiu estatisticamente. Desta forma podemos dizer que o nepafenaco foi eficiente na inibição da inflamação, redução da PCC e controle da PIO, sendo superior à dexametasona na inibição da formação de prostaglandina no HA e no restabelecimento dos níveis de ácido ascórbico na câmara anterior.The techniques of cataract removal have developed considerably in the last years. Despite of the improvement of new techniques and equipments, inflammation resultant from manipulation and lens extraction remain one of the main causes of post-operative complications. New anti-inflammatory drugs have been tested to better control inflammation and therefore increase success of the surgery. The purpose of the study was to compare the anti-inflammatory effects of nepafenac 0,1% and dexametasone 0,1% eye drops after experimental phacoemulsification in rabbits. Twenty one animals were submitted to phacoemulsification of the right eye and divide into three groups: Group ST - moxifloxacin 0,5% eye drops 4 times a day; Group CORT - dexametasone 0,1 % and moxifloxacin 0,5% eye drops 4 times a day; Group NEPA - nepafenac 0,1% and moxifloxacin 0,5% eye drops 4 times a day. Animals underwent clinical evaluation and values of intra-ocular pressure and central corneal pachimetry were assessed and a sample of aqueous humor was taken immediately before the surgical procedure and at days 1, 2, 3, 7 and 15 after surgery. The aqueous humor samples were storage at - 80°C and the levels of prostaglandins, protein and ascorbic acid were measured. No difference in blepharospasm was noted between groups. Group NEPA showed lower scores of ocular discharge only at day 2. The same was noted at days 2 and 7 for conjunctival hyperemia, at days 2 and 3 for corneal opacity and at day 3 for fibrin inside the anterior chamber. Corneal pachimetry showed no difference between groups except at day 15 when groups CORT e NEPA showed lower corneal pachimetry when compared to control group. Regarding the prostaglandin, NEPA group showed the lowest levels; however statistical difference was only observed at days 1 and 2. Values of intra-ocular pressure showed no statistical difference except at day 1 when a peak was noted in CORT group (35,7 ± 10,73 mmHg). No difference between groups was noted in inflammatory cell counting but in day 3 CORT group showed less cells. The ascorbic acid levels of the NEPA group were higher in all days but statistical difference was only observed at days 7 and 15. Group CORT showed lower concentration of protein at days 1 and 2 and from days 3 to 15 NEPA showed slightly lower concentration. Group ST showed highest concentrations at all moments. Mean values of ultra-sound time were not statistically different between NEPA, CORT and ST groups. Nepafenac showed to be efficient in reducing CCP, controlling IOP and inflammatory clinical signs when compared to dexamethasone and was more efficient than dexamethasone 0,1% in the recovering of the of the humor ascorbic acid levels and inhibiting PGE2 production in aqueous humor.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPStopiglia, Angelo JoãoBarros, Luiz Felipe de Moraes2011-08-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-24092012-125458/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:35Zoai:teses.usp.br:tde-24092012-125458Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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As técnicas de remoção da catarata evoluíram consideravelmente nos últimos anos. No entanto, apesar do aprimoramento de novas técnicas e equipamentos, a inflamação resultante da manipulação e da remoção da lente é ainda uma das principais causas de complicações pós-operatórias. Desta forma novos anti-inflamatórios têm sido testados para o melhor controle da inflamação no sentido de aumentar o sucesso da cirurgia. O objetivo do presente trabalho foi comparar os efeitos anti-inflamatórios do nepafenaco 0,1% e da dexametasona 0,1% no tratamento da inflamação decorrente da facoemulsificação experimental em coelhos. Para tanto 21 coelhos foram submetidos à facoemulsificação do olho direito e distribuídos em três grupos: Grupo ST recebeu colírio de moxifloxacino 0,5% quatro vezes ao dia por 15 dias; Grupo CORT recebeu associação de colírios dexametasona 0,1% e moxifloxacino 0,5% quatro vezes ao dia por 15 dias; Grupo NEPA - recebeu associação de colírios nepafenaco 0,1% e moxifloxacino 0,5% quatro vezes ao dia por 15 dias. Os animais foram submetidos à avaliação clínica, mensuração de pressão intra-ocular, mensuração da espessura corneal e coleta de humor aquoso imediatamente antes do procedimento cirúrgico, 1, 2, 3, 7 e 15 dias após a cirurgia. As amostras foram armazenadas a -80°C para mensuração dos níveis de prostaglandina, proteína e ácido ascórbico. Com relação aos parâmetros clínicos, observou-se diferença para secreção ocular no momento T2 onde o grupo NEPA apresentou menor escore. O mesmo foi observado nos momentos T2 e T7 para hiperemia conjuntival, nos momentos T2 e T3 para opacidade corneal e no momento T3 para fibrina em câmara anterior. A paquimetria corneal não mostrou diferença significante entre os grupos, com exceção do momento T15 quando os grupos NEPA e CORT mostraram paquimetria inferior ao grupo ST. Os níveis de prostaglandina mostraram-se inferiores no grupo NEPA nos momentos T1 e T2 ainda que nos demais momento exista maior agrupamento de animais nos intervalos de menor concentração de PGE. Não se observou diferença entre os valores da pressão intra-ocular entre os grupos com exceção do momento T1 em que houve um pico de PIO no grupo CORT (35,7 ± 10,73 mmHg). Em relação à contagem de células não se observou diferença entre os grupos com exceção do momento T3 que mostrou menor número de células no grupo CORT. Os níveis de ácido ascórbico foram superiores no grupo NEPA em todos os momentos, porém apenas em T7 e T15 com diferença estatisticamente significante em relação ao CORT. O grupo CORT mostrou a concentração de proteína nos dois primeiros dias (T1 e T2) e a partir do momento T3 o grupo NEPA passou a apresentar concentrações de proteína discretamente menores. O grupo ST mostrou concentrações superiores em todos os momentos. O tempo de Ultra-som utilizado nos três grupos não diferiu estatisticamente. Desta forma podemos dizer que o nepafenaco foi eficiente na inibição da inflamação, redução da PCC e controle da PIO, sendo superior à dexametasona na inibição da formação de prostaglandina no HA e no restabelecimento dos níveis de ácido ascórbico na câmara anterior. |
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