Situação atual da prevalência de chagásicos entre doadores de sangue no Estado do Amazonas, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barnabe, Anderson Sena
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-20022020-141649/
Resumo: A Doença de Chagas (OC) é um dos maiores problemas de saúde na América Latina. A diversidade de vetores que a transmitem, a endemicidade da doença em vários países latinoamericanos e os mecanismos alternativos de transmissão evidenciam focos de reemergência dessa moléstia na atualidade. Na região amazônica a patologia sempre foi considerada indene, porém surtos focando a transmissão alimentar colocou-a como prioridade dos serviços de saúde e controle de endemias na região. Com o intuito de investigar a situação da prevalência de chagásicos que são diagnosticados em bancos de sangue ao se candidatarem a doação, objetivamos também um estudo sobre o risco da transmissão transfusional da patologia, considerado como o segundo maior problema e evidenciado também em áreas urbanas não só do Brasil mas também de vários outros países inclusive na América do Norte e Europa. Métodos: Foi efetuado um estudo verificando o número de doadores entre 2001 e 2005 no HEMOAM (Unidade Hemoterapica do Estado do Amazonas) órgão responsável por 100% dos processos envolvendo sangue e hemoderivados (incluindo coleta e separação de frações sanguíneas) no Estado. Efetuamos os cálculos de coeficientes de prevalência para observar a quantidade de doadores de repetição que apresentavam sorologia positiva, usando os modelos propostos por CANNUTII Jr (1998) e SILVA (2003), podendo assim estimar o número de chagásicos que são diagnosticados ao se candidatarem a doação de sangue. Com os dados de incidência entre candidatos a doação pela primeira vez, acompanhamos a ocorrência de casos de DC em área tida até então como indene. Resultados: Observamos uma inaptidão sorológica de 0,13%, sendo que 0,07% confirmados. O cálculo ajustado sobre os doadores de repetição visando a janela imunológica da OC nos anos em estudo foi de 1,16 em 250.000 doações, 1,02 em 250.000 doações, 0,0 em 2003 e 2004 e 1,08 em 450.000 doações em 2005. Dados muito inferiores ao observados por GONTIJO (1989) e SILVA (2003) em Minas Gerais e Santa Catarina respectivamente, porém se mostra uma variável importante como implicação ao risco de transmissão da OC por transfusão de sangue. Conclusões: Com a queda da transmissão natural da DC, outros mecanismos ficam evidenciados tais como a transfusional e a alimentar. Os trabalhos efetuados pelo HEMOAM no Estado do Amazonas diminuem o risco transfusionallevando qualidade e segurança aos procedimentos hemoterápicos, porém as autoridades sanitárias devem ficar atentas a emergência da DC no Amazonas seja tanto pela ocorrência de vetores silvestres como também o evidenciado risco da transmissão alimentar.
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