Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e epilepsia: eficácia e segurança do metilfenidato em crianças e adolescentes com crises epilépticas não controladas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Koneski, Júlio Amaro de Sá
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-19032010-121418/
Resumo: INTRODUÇÃO: O transtorno de déficit de atenção / hiperatividade (TDAH) é observado em 30-40% das crianças e adolescentes com epilepsia. Estudos recentes relataram a segurança do metilfenidato em pacientes com epilepsia controlada, porém há uma carência de estudos em pacientes com epilepsia não controlada. OBJETIVO: Estudar a eficácia e segurança do metilfenidato em crianças e adolescentes com diagnóstico de TDAH e epilepsia não controlada. MÉTODOS: Avaliação prospectiva de 24 pacientes de 7 a 16 anos, com diagnóstico de epilepsia e TDAH, no Ambulatório de Especialidades da Universidade da Região de Joinville (Univille), que preencham os seguintes critérios: pacientes com diagnóstico de epilepsia que tenham tido pelo menos duas crises epilépticas nos últimos seis meses; diagnóstico de TDAH com base nos critérios definidos pelo DSM-IV; que não tivesse recebido tratamento prévio com metilfenidato. RESULTADOS: A amostra foi composta de 24 pacientes, classificados pelo subtipo do TDAH em 41,7% desatento, 37,5% combinado e 20,8% hiperativo/impulsivo. Os pacientes apresentaram epilepsia parcial em 58,3% e epilepsia generalizada em 41,7%. A dose média do metilfenidato utilizada foi 0,52 mg/kg/dia (22,3 mg/dia). Tempo de seguimento foi de seis meses para todos os pacientes. Em 70,8% houve melhora dos sintomas do TDAH após seis meses de tratamento, e em 22 dos 24 pacientes (91,6%) não houve aumento da freqüência de crises epilépticas. CONCLUSÕES: metilfenidato demonstrouse efetivo no tratamento dos sintomas do TDAH em pacientes com epilepsia não controlada, e nos primeiros seis meses de estudo, não houve aumento significativo da freqüência das crises epilépticas.
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