Avaliação comparativa de diferentes aditivos na prevenção da acidose láctica ruminal em bovinos de corte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Francisco Leonardo Costa de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-28092018-145629/
Resumo: Objetivou-se compreender melhor o modelo de indução de acidose láctica ruminal (ALR) com sacarose destacando-se aspectos básicos da fermentação ruminal e suas consequências, assim como avaliação comparativa da eficácia de dois aditivos (Virginiamicina VM e Monensina MON), associados ou não, na prevenção desta enfermidade em bovinos adultos de corte. Para tal, foram utilizados 30 fêmeas da raça Nelore, providas de cânula ruminal, com cerca de 413 kg de peso corpóreo. Os animais foram mantidos em baias individuais e alimentados com dieta basal composta de 75% de feno de capim de coast-cross e de 25% de ração concentrada comercial, por 30 dias antes da indução de ALR. Durante esse período os bovinos foram distribuídos em cinco grupos iguais de seis animais cada, assim constituídos: controle (CON); MON 30 ppm; VM 25 ppm; VM 34 ppm e MON 30 ppm + VM 25 ppm. Os aditivos foram administrados numa mistura de 500 g fubá, antes do oferecimento do alimento. Em seguida, foi realizada indução individual de ALR com uso de sacarose de acordo com peso metabólico corrigido, administrada pela cânula ruminal. Foram obtidas amostras de conteúdo ruminal, sangue, urina e fezes, assim como realizado exame físico nos seguintes momentos: zero (basal) e após três, seis, 12 e 18 horas da indução. Foi realizada análise de variância (Teste F) dos dados que obedeceram à distribuição paramétrica, e utilizado o comando Proc mix para medidas repetidas no tempo de duas vias considerando os fatores tratamento, tempo e interação entre tratamento e tempo. Alguns dados foram submetidos ao teste T de Student. Os dados que não obedeceram a distribuição paramétrica foram avaliados pelos testes de Kruskal-Wallis e qui-quadrado. Para o estudo da relação entre duas variáveis foi determinado os índices de correlação e determinação. Ocorreu acidose ruminal intensa, por grande produção inicial de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), seguido de ácido láctico, com predomínio do isômero L sobre o D, os quais com a glicose gerada na fermentação provocaram aumento de osmolaridade nesse conteúdo. A acidose sistêmica foi de grau moderado em pequena parte dos bovinos, com presença de desidratação num expressivo número de animais. Boa parte dos bovinos tratados (n =15) apresentavam depressão nervosa e desidratação. Ocorreu pontualmente um quadro de hipertermia no auge da fermentação ruminal. Os melhores resultados preventivos da ALR foram obtidos com a associação VM + MON, a qual postergou a produção de ácido láctico, quer seja pela menor produção deste, como pela conversão de ácido láctico L em ácidos acético e propiônico. Ao término do experimento essa associação promoveu maior pH e menor acúmulo de ácido láctico L, assim como viabilizou que um menor número de animais necessitassem ser tratados, em relação ao grupo controle. As duas diferentes doses de VM tiveram resultados intermediários, seguidos da MON, a qual não se recomenda como único aditivo com fins de prevenção da ALR.
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Durante esse período os bovinos foram distribuídos em cinco grupos iguais de seis animais cada, assim constituídos: controle (CON); MON 30 ppm; VM 25 ppm; VM 34 ppm e MON 30 ppm + VM 25 ppm. Os aditivos foram administrados numa mistura de 500 g fubá, antes do oferecimento do alimento. Em seguida, foi realizada indução individual de ALR com uso de sacarose de acordo com peso metabólico corrigido, administrada pela cânula ruminal. Foram obtidas amostras de conteúdo ruminal, sangue, urina e fezes, assim como realizado exame físico nos seguintes momentos: zero (basal) e após três, seis, 12 e 18 horas da indução. Foi realizada análise de variância (Teste F) dos dados que obedeceram à distribuição paramétrica, e utilizado o comando Proc mix para medidas repetidas no tempo de duas vias considerando os fatores tratamento, tempo e interação entre tratamento e tempo. Alguns dados foram submetidos ao teste T de Student. Os dados que não obedeceram a distribuição paramétrica foram avaliados pelos testes de Kruskal-Wallis e qui-quadrado. Para o estudo da relação entre duas variáveis foi determinado os índices de correlação e determinação. Ocorreu acidose ruminal intensa, por grande produção inicial de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), seguido de ácido láctico, com predomínio do isômero L sobre o D, os quais com a glicose gerada na fermentação provocaram aumento de osmolaridade nesse conteúdo. A acidose sistêmica foi de grau moderado em pequena parte dos bovinos, com presença de desidratação num expressivo número de animais. Boa parte dos bovinos tratados (n =15) apresentavam depressão nervosa e desidratação. Ocorreu pontualmente um quadro de hipertermia no auge da fermentação ruminal. Os melhores resultados preventivos da ALR foram obtidos com a associação VM + MON, a qual postergou a produção de ácido láctico, quer seja pela menor produção deste, como pela conversão de ácido láctico L em ácidos acético e propiônico. Ao término do experimento essa associação promoveu maior pH e menor acúmulo de ácido láctico L, assim como viabilizou que um menor número de animais necessitassem ser tratados, em relação ao grupo controle. As duas diferentes doses de VM tiveram resultados intermediários, seguidos da MON, a qual não se recomenda como único aditivo com fins de prevenção da ALR.The objective was to better understand the induction model of rumen lactic acidosis (RLA) with sucrose, highlighting the basic aspects of ruminal fermentation and its consequences, as well as comparative evaluation of the efficacy of two additives (Virginiamycin VM and Monensin MON), associated or not, in the prevention of acidosis in adult beef cattle. For this purpose, 30 Nellore ruminally-cannulated females were used, with average body weight of about 413 kg. The animals were kept in individual stalls and fed a basal diet composed of 75% coast-cross grass hay and 25% commercial concentrated feed for 30 days prior to RLA induction. During this period the cattle were distributed into five equal groups of six animals each, as follows: control (CON); MON 30 ppm; VM 25 ppm; VM 34 ppm and MON 30 ppm + VM 25 ppm. The additives were provided in a 500 g corn meal before the feed was offered. Subsequently, individual RLA induction with sucrose was performed according to corrected metabolic weight, via ruminal cannula. Samples of rumen contents, blood, urine and feces were collected, and physical examination at: zero (baseline) and after three, six, 12 and 18 h after induction. Variance analysis (Test F) of the data that obeyed the parametric distribution was performed, and the Proc mix command was used for repeated measurements in two-way time considering the factors treatment, time and interaction between treatment and time. Some data were submitted to Student\'s t-test. The data that did not obey the parametric distribution were evaluated by the Kruskal-Wallis and chi-square tests. The correlation and determination indices were determined for the study of the relationship between two variables.. A severe ruminal acidosis occurred due to the large initial production of short chain fatty acids (SCFA), followed by lactic acid, with predominance of the L over D-isomer, which with the glucose generated in the fermentation caused an increase in osmolarity in this content. Systemic acidosis was moderate in a small number of cattle, with dehydration in an expressive number of animals. Most treated cattle (n =15) presented nervous depression and dehydration. A temporary hyperthermia occurred at the peak of ruminal fermentation. The best results of RLA prevention were obtained from VM + MON association, which postponed the lactic acid production, either by its lower production, or by the conversion of L-lactic acid in in acetic and propionic acids. At the end of the experiment, this association promoted greater pH and lower L-lactic acid accumulation, and a smaller number of animals needed to be treated, compared to the control group. The two different doses of VM had intermediate results, followed by MON, which is not recommended as a single additive for the RLA prevention.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPOrtolani, Enrico LippiOliveira, Francisco Leonardo Costa de2018-04-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-28092018-145629/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-04-09T23:21:59Zoai:teses.usp.br:tde-28092018-145629Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-04-09T23:21:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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