Afiliação religiosa e decisões de cuidado à saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borges, Marcelo
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-18012023-183154/
Resumo: Objetivos: Investigar a influência da afiliação religiosa nas decisões de vida, incluindo hábitos e vícios e cuidados de saúde. Investigar a religiosidade organizacional, não organizacional a religiosidade intrínseca e a religiosidade extrínseca e sua influência nas decisões de vida, incluindo hábitos e vícios e cuidados de saúde. Métodos: Foi analisado um banco de dados, com um total de 1.252 pessoas acima de 18 anos, oriundas de um painel de respondentes de uma empresa de pesquisa (Qualtrics) que preencheram um questionário de opinião pública, online, auto administrado, com indivíduos não identificados. A pesquisa de opinião foi encomendada pela instituição brasileira Coalizão Inter-fé para Saúde e Espiritualidade (coalizaointerfe.org). A amostra tem as mesmas distribuições da população brasileira em relação a gênero, idade, classe social, e distribuição geográfica do censo Brasil 2010 e o tamanho da amostra foi determinado por sistema de cotas não probabilísticas, garantindo assim que subgrupos distintos da população e suas características estejam representados. Resultados: Dos 1.252 participantes que iniciaram o questionário, 1.131 (90.3%) completaram as questões selecionadas. A composição desta amostra é de 536 (47.4%) homens e 595 (52.6%) mulheres, com média de idade de 40.5 anos. 57.9% dos participantes são casados e 37.8% possui uma renda mensal entre 3 e 7.6 salários mínimos. Em relação à afiliação religiosa, a amostra foi categorizada em 6 grupos: Católicos (43.9%), Evangélicos (18.7%), Espiritualistas (12.8%), Outros cristãos (6.6%), Outras denominações (6.1%) e sem religião (11.9%). A maioria dos participantes (66.5%) considera que a sua afiliação religiosa exerce de moderada a alta influencia em suas decisões de vida. As maiores influências foram nas decisões de casar (62.7%), em realizar doações (60.1%), em trabalho voluntário (55%), em amizades (53.9%) e em trabalho (50.5%). Considerando as decisões relacionadas à saúde, a influência foi alta em uso de drogas (45.2%), aceitar recomendações médicas (45%) e em tabagismo (43.2%). A maioria 270 (25.7%) dos participantes frequenta igreja, templo ou outro encontro religioso algumas vezes por ano. 201 (19.1%) frequentam uma vez por semana e mais do que uma vez por semana 148 (14.1%). A frequência com que os participantes dedicam seu tempo a atividades religiosas individuais foi de diariamente 389 (37%), duas ou mais vezes por semana 155 (14.8%) e uma vez por semana 63 (6%). O nível de influência da afiliação religiosa em tomar decisões é impactado pela frequência religiosa organizacional mediado pelo nível médio de religiosidade intrínseca. Conclusões: A afiliação religiosa influencia a vida cotidiana e as decisões relacionadas à saúde em diferentes níveis influenciada pela frequência religiosa e pela religiosidade intrínseca. Os profissionais de saúde podem abordar a dimensão espiritual/religiosa dos pacientes considerando como cada indivíduo vivencia essa dimensão, melhorando a compreensão de como a frequência religiosa organizacional, não-organizacional e a religiosidade intrínseca impactam não apenas na influência da afiliação religiosa em hábitos como dieta, tabagismo, uso/abuso de substâncias, mas também na adesão e recusa às recomendações médicas
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A pesquisa de opinião foi encomendada pela instituição brasileira Coalizão Inter-fé para Saúde e Espiritualidade (coalizaointerfe.org). A amostra tem as mesmas distribuições da população brasileira em relação a gênero, idade, classe social, e distribuição geográfica do censo Brasil 2010 e o tamanho da amostra foi determinado por sistema de cotas não probabilísticas, garantindo assim que subgrupos distintos da população e suas características estejam representados. Resultados: Dos 1.252 participantes que iniciaram o questionário, 1.131 (90.3%) completaram as questões selecionadas. A composição desta amostra é de 536 (47.4%) homens e 595 (52.6%) mulheres, com média de idade de 40.5 anos. 57.9% dos participantes são casados e 37.8% possui uma renda mensal entre 3 e 7.6 salários mínimos. Em relação à afiliação religiosa, a amostra foi categorizada em 6 grupos: Católicos (43.9%), Evangélicos (18.7%), Espiritualistas (12.8%), Outros cristãos (6.6%), Outras denominações (6.1%) e sem religião (11.9%). A maioria dos participantes (66.5%) considera que a sua afiliação religiosa exerce de moderada a alta influencia em suas decisões de vida. As maiores influências foram nas decisões de casar (62.7%), em realizar doações (60.1%), em trabalho voluntário (55%), em amizades (53.9%) e em trabalho (50.5%). Considerando as decisões relacionadas à saúde, a influência foi alta em uso de drogas (45.2%), aceitar recomendações médicas (45%) e em tabagismo (43.2%). A maioria 270 (25.7%) dos participantes frequenta igreja, templo ou outro encontro religioso algumas vezes por ano. 201 (19.1%) frequentam uma vez por semana e mais do que uma vez por semana 148 (14.1%). A frequência com que os participantes dedicam seu tempo a atividades religiosas individuais foi de diariamente 389 (37%), duas ou mais vezes por semana 155 (14.8%) e uma vez por semana 63 (6%). O nível de influência da afiliação religiosa em tomar decisões é impactado pela frequência religiosa organizacional mediado pelo nível médio de religiosidade intrínseca. Conclusões: A afiliação religiosa influencia a vida cotidiana e as decisões relacionadas à saúde em diferentes níveis influenciada pela frequência religiosa e pela religiosidade intrínseca. Os profissionais de saúde podem abordar a dimensão espiritual/religiosa dos pacientes considerando como cada indivíduo vivencia essa dimensão, melhorando a compreensão de como a frequência religiosa organizacional, não-organizacional e a religiosidade intrínseca impactam não apenas na influência da afiliação religiosa em hábitos como dieta, tabagismo, uso/abuso de substâncias, mas também na adesão e recusa às recomendações médicasObjectives: To investigate the role of religious affiliation in general (ordinary), daily life, and health-related decisions, including habits, vices, and health care. To investigate the organizational religious activity, non-organizational religious activity, and intrinsic religiosity and their influence in general (ordinary), daily life, and health-related decisions, including habits, vices, and health care. Methods: A database with 1.252 participants 18 years old or more was carried out from a panel of respondents from a research company (Qualtrics) who completed a self-administered online public opinion questionnaire with unidentified individuals. It was sponsored by the \"Interfaith Coalition on Spirituality and Health\" (coalizaointerfe.org). The sample size was determined by non-probability quota samples, thereby assuring that distinct subgroups of the population and their characteristics were represented according to social class distribution, age, gender, and geographic location, so the population surveyed could meet the same profile of the general adult population in Brazil, according to the 2010 census. Results: From 1252 participants, 1131 (90.3%) completed the selected questions. The sample was composed of 536 (47.4%) men, and 595 (52.6%) women, with a mean age of 40.5. 57.9% of the participants were married, and 37.8% had a monthly family income between 3 and 7.6 reference salary. The sample was categorized into six religious groups: Catholics (43.9%), Evangelicals (18.7%), spiritualists (12.8%), other Christians (6.6%), other denominations (6.1%), and non-religious (11.9%). Most participants (66.5%) believe that their religious affiliation has a moderate to high influence on their general decisions. The influence of religious affiliation is high on marriage (62.7%), donations (60.1%), volunteering (55%), friendship (53.9%), and work (50.5%). Concerning health-related decisions, the influence is high on drug use (45.2%), accept medical recommendations (45%), and tobacco consumption (43.2%). Most participants 270 (25.7%) attend church, temple, or other religious gatherings a few times a year. 201 (19.1%) attend once a week and more than once a week 148 (14.1%). The frequency with which participants dedicate their time to individual religious activities is daily 389 (37%), two or more times a week 155 (14.8%) and once a week 63 (6%). The level of influence of religious affiliation in making decisions is impacted by organizational religious attendance mediated by the average level of intrinsic religiosity. Conclusions: Religious affiliation influences daily life and health-related decision making to different levels influenced by religious attendance and intrinsic religiosity. Healthcare providers need to consider religious aspects of patients lives to consider how a patients religious affiliation may affect their health, not only because of religion influences habits such as diet, smoking, drinking, and drug use, but also regarding adherence to medical recommendationsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPeres, Mario Fernando PrietoBorges, Marcelo2022-08-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-18012023-183154/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-01-19T17:23:25Zoai:teses.usp.br:tde-18012023-183154Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-01-19T17:23:25Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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