Humanização no processo de doação para transplante na perspectiva de enfermeiros de Unidades de Terapia Intensiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Senna, Lúcia Piva Cabral
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-18072014-122152/
Resumo: Introdução: O processo de doação de órgãos envolve assistência aos potenciais doadores e aos seus familiares. A humanização nesse contexto requer o envolvimento dos profissionais que participam das diversas atividades desenvolvidas e, dentre eles, os enfermeiros de Unidades de Terapia Intensiva. Objetivo: Conhecer a percepção de enfermeiros de unidades de terapia intensiva sobre a humanização no processo de doação de órgãos para transplante. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e de abordagem qualitativa. Para a coleta de dados, após a autorização da instituição e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, foram entrevistados 32 enfermeiros atuantes em Unidades de Terapia Intensiva e que possuíam experiência profissional com potenciais doadores de órgãos. Para a realização das entrevistas foram utilizadas as seguintes questões norteadoras: 1.O que você entende por humanização no processo de doação de órgãos?; 2.Como acontece a humanização no processo de doação de órgãos? e 3.O que você sugere para o aprimoramento da humanização no processo? Os discursos foram analisados segundo a análise de conteúdo proposta por Bardin. Resultados: Emergiram cinco categorias: 1) Significado da humanização no processo de doação de órgãos; 2) Percepção do processo de doação de órgãos; 3) Sentimento de não inserção no processo de doação de órgãos; 4) Fatores dificultadores para humanizar o processo de doação de órgãos e 5) Sugestões para aprimorar a humanização no processo de doação de órgãos. Foi evidenciado que os participantes percebem a humanização no processo de doação de órgãos como respeito ao doador e à família, referindo que a assistência deve ser sempre humanizada, independente do paciente estar em morte encefálica ou não, e de ser um potencial doador de órgãos ou não. Os enfermeiros evidenciam, também, um sentimento de não inserção no processo, referindo uma participação rápida e pontual, o que faz com que atribuam aos profissionais da Organização de Procura de Órgãos a responsabilidade de atuar mais ativamente com as famílias dos potenciais doadores. Relatam, como fatores que dificultam a humanização no processo de doação, a inadequação do espaço físico, a falta de tempo para darem atenção à família, a dinâmica de internação do paciente e a dinâmica da unidade. Apresentam sugestões para aprimorar a humanização no processo, como: informar as pessoas sobre a temática da doação de órgãos para melhorar a compreensão e clareza do conceito de morte encefálica, estimular a discussão sobre o assunto entre as famílias e proporcionar a elas um acompanhamento psicológico. Conclusões: A humanização no processo de doação de órgãos é percebida como sendo de muita importância, mas apresenta dificuldades e contradições e requer aprimoramento, tanto no que tange à humanização da assistência ao potencial doador, quanto na inserção do enfermeiro nesse processo.
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Para a coleta de dados, após a autorização da instituição e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, foram entrevistados 32 enfermeiros atuantes em Unidades de Terapia Intensiva e que possuíam experiência profissional com potenciais doadores de órgãos. Para a realização das entrevistas foram utilizadas as seguintes questões norteadoras: 1.O que você entende por humanização no processo de doação de órgãos?; 2.Como acontece a humanização no processo de doação de órgãos? e 3.O que você sugere para o aprimoramento da humanização no processo? Os discursos foram analisados segundo a análise de conteúdo proposta por Bardin. Resultados: Emergiram cinco categorias: 1) Significado da humanização no processo de doação de órgãos; 2) Percepção do processo de doação de órgãos; 3) Sentimento de não inserção no processo de doação de órgãos; 4) Fatores dificultadores para humanizar o processo de doação de órgãos e 5) Sugestões para aprimorar a humanização no processo de doação de órgãos. Foi evidenciado que os participantes percebem a humanização no processo de doação de órgãos como respeito ao doador e à família, referindo que a assistência deve ser sempre humanizada, independente do paciente estar em morte encefálica ou não, e de ser um potencial doador de órgãos ou não. Os enfermeiros evidenciam, também, um sentimento de não inserção no processo, referindo uma participação rápida e pontual, o que faz com que atribuam aos profissionais da Organização de Procura de Órgãos a responsabilidade de atuar mais ativamente com as famílias dos potenciais doadores. Relatam, como fatores que dificultam a humanização no processo de doação, a inadequação do espaço físico, a falta de tempo para darem atenção à família, a dinâmica de internação do paciente e a dinâmica da unidade. Apresentam sugestões para aprimorar a humanização no processo, como: informar as pessoas sobre a temática da doação de órgãos para melhorar a compreensão e clareza do conceito de morte encefálica, estimular a discussão sobre o assunto entre as famílias e proporcionar a elas um acompanhamento psicológico. Conclusões: A humanização no processo de doação de órgãos é percebida como sendo de muita importância, mas apresenta dificuldades e contradições e requer aprimoramento, tanto no que tange à humanização da assistência ao potencial doador, quanto na inserção do enfermeiro nesse processo.Introduction: The process of organ donation involves assisting the potential donors and their families. Humanization in this context requires the involvement of professionals who participate in the various activities that are developed and, among them, the nurses of the Intensive Care Units. Objective: To get to know the perception of nurses in intensive care units on the humanization in the donation of organs for a transplantation process. Method: This was an exploratory descriptive study of qualitative approach. The data was collected after an authorization of the institution and approved by the Research Ethics Committee. 32 respondents were nurses working in intensive care units and with professional experience with potential organ donors. For the interviews the following guiding questions were used: 1.What do you understand about the humanization of the organ donation process? 2.How does the humanization in the organ donation process happen? 3.What would you suggest to improve the humanization in the process? The reports were analyzed according to content analysis proposed by Bardin. Results: Five categories emerged: 1) Meaning of humanization in the organ donation process 2) Perception of the organ donation process 3) Feeling of non-inclusion in the organ donation process 4) Difficulty factors to humanize the process of organ donation and 5) Suggestions to improve the humanization of the organ donation process. It was shown that participants realize the importance of the humanization of organ donation in respect of the donor and family proceedings stating that the assistance must always be humane, to be independent of patient brain death or not, and being or not a potential organ donor. Nurses show a feeling of participation in the process, referring to a quick and timely participation which makes the professionals assign to the Organization of Organ Procurement the responsibility to act more actively with families of potential donors. Difficulty factors on humanization in the donation process were reported as the inadequacy of physical space, the lack of time to pay attention to the family, the dynamics of patient hospitalization and of the unit. Suggestions were made to improve the humanization of the process such as informing people about the issue of organ donation to improve understanding and clarity of the concept of brain death, stimulating discussion on the subject between families and providing psychological counseling. Conclusions: The humanization of the organ donation process is perceived as being of great importance but presents difficulties and contradictions. It requires improvement regarding the humanization of the potential donor as well as the inclusion of nurses in this process.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMassarollo, Maria Cristina Komatsu BragaSenna, Lúcia Piva Cabral2014-07-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-18072014-122152/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:54Zoai:teses.usp.br:tde-18072014-122152Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:54Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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