Clonagem e caracterização da proteína 80K-H, possível substrato de proteína quinase C

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Malnic, Bettina
Data de Publicação: 1991
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/46/46131/tde-03042012-120043/
Resumo: Plaquetas apresentam um papel importante no desenvolvimento de metastases tumorais. Os eventos que levam à ativação plaquetária, como agragação e secreção de proteínas, podem significar etapas importantes neste papel. O agonista plaquetário trombospondina está envolvido no processo de agragação plaquetária. Com o intuito de clonar o receptor de trombospondina GpIIIb, produziu-se um soro policlonal contra uma banda eluída de SDS PAGE de extrato proteico de plaquetas, que apresentava peso molecular igual ao de GpIIIb (denominada banda 80kD). Uma biblioteca de cDNA de endotélio de cordão umbilical humano construída em lambda gt11 foi varrida com este soro anti-80kD. Dois clones diferentes foram isolados, seus insertos foram subclonados no vetor pGEM-3Z e sequenciados. Através de consulta ao Genbank observou-se que um dos clones não apresentou homologia significativa com nenhuma proteína até então clonada. O outro clone, por sua vez, apresentou 100% de homologia com a proteína 80K-H, substrato de proteína quinase C. Levando em consideração o fato de que as vias detransdução de sinal que utilizam PKC apresentam extrema importância nos processos de ativação plaquetária decidiu-se prosseguir com a caracterização de 80K-H. Para isto foi produzido um soro policlonal contra a proteína de fusão 80K-H, que foi utilizado em ensaios bioquímicos e imunoquímicos que permitiram caracterizar a proteína 80K-H quanto a alguns aspectos como distribuição em diferentes tipos celulares, localização celular e fosforilação. Além de estar presente em plaquetas, a proteína 80K-H foi encontrada em todas as linhagens celulares testadas, parecendo portanto ser uma proteína ubíqua. Os dados obtidos indicaram que, apesar de apresentar uma sequência N-terminal que é clivada \"in vivo\" muito semelhante a um peptídeo sinal, 80K-H não é secretada nem é de membrana plasmática, mas sim citoplasmática. Em ensaios de fosforilação \"in vivo\" não se detectou fosforilação de 80K-H. Portanto, apesar de 80K-H ser um bom substrato para PKC \"in vitro\", ela não o é \"in vivo\", ao menos nas células analisadas, ou é fosforilada de uma forma extremamente rápida e transiente.
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