O cinema como tecnologia do tempo: diálogos contracolonialistas entre as Filipinas e o Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-09052024-151326/ |
Resumo: | A pesquisa busca investigar, a partir de uma perspectiva contracolonialista, a concepção do espaço e do tempo ancestrais presente em obras cinematográficas recentes realizadas nas Filipinas e no Brasil. Nossa hipótese é a de que esses filmes apresentam uma proposta de ruptura com as concepções de tempo hegemônicas, abrindo a possibilidade do resgate e manutenção de modos de vida das culturas originárias dos dois países. Isso os distancia da lógica produtiva/capitalista vigente, desconectando o tempo da economia para vivê-lo em confluência com os ciclos da natureza. As principais obras escolhidas para análise são Morte na Terra de Encantos (Kagadanan sa Banwaan ning mga Engkanto, Lav Diaz, 2007), Crianças da tempestade, Livro 1 (Mga Anak ng Unos, Unang Aklat, Lav Diaz, 2014), Nh Yãg M Yõg Hãm: Essa terra é nossa! (Isael Maxakali e Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero, 2020) e Konãgxeka: O Dilúvio Maxakali (Isael Maxakali, Charles Bicalho, 2016). Realizados em regiões antípodas no globo, sugerimos que esses filmes conjugam um mesmo gesto ao abrirem trilhas para pensar o fazer cinematográfico como uma prática orgânica, que se integra com culturas originárias e com a natureza. Desse modo, o cinema pode ser compreendido como uma ferramenta de denúncia da destruição e do desaparecimento, mas, ao mesmo tempo, como uma força de reconstrução. |
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